A Abeiva (Associação Brasileira dos Importadores de Veículos Automotores) anunciou queda nas vendas de 10,58% no mês de setembro entre os seus parceiros (BMW, Chana, Chrysler, CN Auto, Dodge, Effa Motors, Ferrari, Jeep, Kia Motors, Maserati, Pagani, Porsche, Ssangyong e Suzuki). As vendas destas marcas, em setembro, contabilizaram 3.549 unidades. O número é menor que as 3.969 comercializadas em agosto. A participação das filiadas foi de 1,39% no total de veículos de passageiros e comerciais leves no mês passado.
Com a crise financeira global e a as altas do dólar e do euro, a Abeiva diz que tal instabilidade pode vir a impactar o setor de importação de veículos, mas, apesar disso, a associação mantém a previsão de comercializar 32 mil unidades até o fim de 2008, sendo que faltam 7 mil vendas para que se atinja a meta.
Com a recente entrada da CN Auto e da Suzuki na Abeiva, a entidade diz que as filiadas estimam vender ao menos mais 10 mil veículos até o fim do ano, mesmo que haja alterações consideráveis nas cotações das moedas internacionais.
A associação avalia que ainda é cedo para se prever os efeitos concretos da valorização das moedas, mas já se vê uma diminuição na oferta de crédito e uma tendência de alta nos juros, que podem prejudicar as vendas.
Para diminuir os efeitos da crise, a entidade reivindica a taxa de importação zero, igual a que é praticada atualmente com os veículos trazidos do México e dos países que compõem o Mercosul. Atualmente, a alíquota de importação para veículos trazidos de outras regiões é de 35%.
Sem a taxa alfandegária, a Abeiva diz que os carros de suas filiadas poderiam ficar entorno de 7% mais baratos. Marcel Visconde, vice-presidente da associação, diz que, em comparação com os modelos trazidos do México e do Mercosul, os filiados da entidade levam uma desvantagem inconcebível, em especial nesses momentos de volatilidade das moedas estrangeiras, com as quais trabalhamos.