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Bravo x Cruze Sport6: hatches que estão um passo à frente

Chevrolet CruzeSport6 e Fiat Bravo, ambos reestilizados, travam duelo de automático e automatizado

02/06/2015 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Gabriel Aguiar / Fonte: iCarros

Você está ganhando mais. Ou a família aumentou. E chega a hora de subir um degrau em direção aos hatches médios. Procura as opções no mercado e descobre que o Chevrolet Cruze Sport6 e o Fiat Bravo sofreram mudanças visuais recentemente. Os dois são 1.8, mas o Chevrolet vende mais, enquanto o Fiat parece mais moderno. Está pensando se vale a pena investir em um desses modelos? O iCarros te ajuda qual escolher.

Variedade de preços

O Cruze Sport6 é vendido em duas versões de acabamento: LT manual (R$ 72.450) ou automática (R$ 79.690) e LTZ (R$ 89.750) – esta última a avaliada por iCarros. Já o Bravo oferece uma maior variedade de configurações: Essence manual (R$ 63.170) ou Dualogic (R$ 66.612), Sporting manual (R$ 69.280) ou Dualogic (R$ 72.722), Blackmotion manual (R$ 70.300) ou Dualogic (R$ 73.742) e T-Jet (R$ 79.980). No caso do Bravo, a versão testada é a Blackmotion Dualogic. Ou seja, considerando as versões com equipamentos similares, temos R$ 79.690 num Cruze versus R$ 73.742 do Bravo. 

Ok, no preço, o Bravo sai na frente, oferecendo opções mais em conta que o concorrente da Chevrolet. Mas não esqueça que, para dar uma folga para seu pé esquerdo, você leva um câmbio automatizado, enquanto o Cruze traz um automático. E o que isso muda?

Automático x automatizado Dualogic

O câmbio automatizado Dualogic da Fiat possui cinco marchas e é como um manual convencional, só que o acionamento da embreagem é feito por um sistema hidráulico. Por isso, sua fabricação e manutenção são mais baratas que de uma transmissão automática. Porém, ele exige que o motorista se adapte ao seu funcionamento para evitar os incômodos trancos nas trocas de marcha. Como fazer isso? Quando o ponteiro do conta-giros se aproximar das 2.500 rpm ou quando você sentir que o carro fará a troca de marcha, alivie a pressão sobre o acelerador. Se você adotar um estilo agressivo de direção, pisando fundo, vai sentir os trancos, pode ter certeza.

Outra dica é fazer as reduções de marcha manualmente na alavanca ou nas borboletas atrás do volante – que sempre acompanham essa transmissão no Bravo. Assim, você evita os engasgos nessa condição. E vale destacar que o câmbio do hatch é o Dualogic Plus, ou seja, a versão melhorada, que reduziu bastante os inconvenientes comuns de um automatizado. Um proprietário chegou a dizer “o câmbio Dualogic melhorou muito comparado à versão anterior”.

Outro “porém” é que o Dualogic não possui a função “Hill Holder”, que segura o carro por alguns segundos em uma ladeira, evitando que o carro desça até que você possa acelerar. Por isso, é recomendado utilizar o freio de mão em subidas muito íngremes para evitar sustos. Por outro lado, ele conta com o sistema "Creeping", que coloca o carro lentamente em movimento ao tirar o pé do freio, como num automático. Isso ajuda principalmente em manobras, seja para frente ou com a ré engatada.

O automático do Cruze Sport6, de seis velocidades, é bem diferente, sem embreagem (funciona por meio de um conversor de força). Ele é bem mais suave e segura o carro em ladeiras, mas trocas manuais só na alavanca de câmbio. As práticas borboletas atrás do volante não são nem opcionais. Os “contras” desse tipo de transmissão são o custo mais alto de produção e de manutenção.

Especificamente no hatch, esse câmbio parece não ter casado muito bem, vacilando para escolher a marcha correta em alguns momentos, principalmente nas retomadas. Isso deixa as respostas mais lentas, então, não espere pisar fundo e ser jogado contra o banco. Aliás, no novo modelo, o câmbio foi retrabalhado, ganhando funcionamento mais progressivo e com reduções de até três marchas. Mas esse câmbio tem uma grande vantagem: ele se adapta ao seu estilo de condução – e não o contrário, como no Fiat. Segundo a fabricante, após rodar cerca de 30 minutos ele entende que o condutor mudou e adequa as trocas de marcha ao modo de dirigir do novo motorista. Sendo assim, no conjunto geral, o Chevrolet vence nesse ponto.

Qual o consumo?

Os dois hatches têm motor 1.8 16V flex. O Chevrolet rende 140 cv e 17,8 kgfm com gasolina e 144 cv e 18,9 kgfm com etanol, com o torque máximo disponível a 3.800 rpm. O Fiat tem potência menor, mas entrega mais torque com o combustível derivado do petróleo, desenvolvendo 130 cv e 18,4 kgfm com gasolina e 132 cv e 18,9 kgfm com etanol a 4.500 rpm.

Aqui você deve estar imaginando que o Cruze Sport6 acelera de 0 a 100 km/h em menos tempo. Certo? Errado. Ele faz em 10,2 segundos com etanol, frente aos 9,9 segundos do Bravo com o mesmo combustível, segundos os dados das duas fabricantes. E não adianta culpar a balança. O peso de ambos está em torno de 1.400 kg: 1.450 kg no Cruze LTZ e 1.416 kg no Bravo Blackmotion – as configurações avaliadas.

É, as aparências enganam. Se você achava que o Chevrolet teria melhor desempenho, é bom rever os cálculos. Daria para arriscar agora um palpite de quem bebe mais? A Chevrolet não disponibiliza seus carros para os testes do Inmetro, então vamos ficar com as médias urbanas durante a avaliação do iCarros: 5,8 km/l no Cruze Sport6 e 5,2 km/l no Bravo, ambos com etanol no tanque. Com esse "quase" empate, o Fiat leva o ponto pelo desempenho superior, enquanto o Chevrolet leva meio ponto apenas pelo consumo levemente melhor.

Prazer ao volante

O Cruze Sport6 e o Bravo têm direção elétrica. O Chevrolet tem a função progressiva, que varia a rigidez conforme a velocidade do carro, enquanto no Bravo há um botão ao lado do rádio que permite alterar entre dois modos ("Normal" e "City", sendo que este último deixa a direção mais leve, mas só atua até a velocidade de 46 km/h, sendo ideal para estacionar ou em congestionamentos). Além disso, as versões com o Dualogic contam com o modo "Sport" do câmbio, que  aumenta a sensibilidade do pedal do acelerador, estica as marchas (retarda as trocas) e deixa a direção com a rigidez do modo "Normal", caso você esteja com o "City" ligado.

A suspensão é firme nos dois hatches, mas oferece um pouco mais de conforto no Cruze, filtrando melhor as imperfeições do terreno e com ótima estabilidade. O problema do Chevrolet é o curso da suspensão mais curto, que faz o carro “bater” se você abusar um pouco mais em lombadas. Já o Bravo traz um acerto esportivo, o mesmo presente no Sporting e no T-Jet. Ainda assim, o conjunto faz com que o carro pule mais ao passar por pisos com irregularidades e permite que a carroceria incline mais nas curvas. Ou seja, mais um ponto para o Cruze Sport6.

Equipamentos, muitos equipamentos

Aí você ganhou um aumento ou tem uma graninha guardada e quer um carro mais equipado - ou mais moderno - que o atual. O Bravo Blackmotion vem de série com ar-condicionado com duas zonas de temperatura e saída para o banco traseiro, alarme, bancos revestidos parcialmente em couro, computador de bordo, faróis de neblina, sistema isofix para cadeiras infantis (fixação no chassi), controlador de velocidade, rodas de liga leve aro 17, sensor de estacionamento traseiro, volante com regulagem de altura e profundidade, trio elétrico (nos vidros dianteiros e traseiros) e sistema multimídia com tela sensível ao toque de 5 polegadas, GPS e comandos no volante. Essa configuração traz ainda adesivos laterais, saída dupla de escapamento, soleiras personalizadas e rodas exclusivas (emprestadas da antiga série especial Wolverine).

São opcionais airbags laterais, de cortina e de joelho para o motorista (R$ 3.713), teto solar elétrico panorâmico (R$ 5.564) e um pacote com câmera de ré, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, retrovisor interno antiofuscante e sensor de estacionamento dianteiro (R$ 3.546). Com tudo equipado, o preço do Bravo subiria para R$ 86.565, chegando bem próximo do valor do rival na configuração topo de linha com uma lista muito próxima.

O Cruze Sport6 LTZ justifica os R$ 16 mil que cobra a mais acrescentado de série, além dos itens do Bravo Blackmotion, airbags laterais e de cortina, controle de tração e de estabilidade, sistema de alarme e abertura das portas por sensor de aproximação (sem ser preciso apertar o botão na chave), partida remota do veículo (que aciona o ar-condicionado se ele estiver ligado), partida por botão, acendimento automático dos faróis, câmera de ré, retrovisor interno antiofuscante, espelhos externos com rebatimento elétrico, sensor de chuva, teto solar elétrico e bancos dianteiros com ajuste lombar.

Diferentemente do Fiat, porém, o ar-condicionado possui apenas uma opção de temperatura e não há saída para o banco traseiro. Mas seu sistema multimídia traz tela de 7 polegadas, o que facilita – e muito – na hora de digitar um endereço no GPS, por exemplo.

Conforto a bordo

Ao entrar em qualquer um dos hatches, você se sentirá em casa. A posição de dirigir é confortável, com regulagens no banco, no volante e no cinto de segurança. Os comandos estão todos à mão do condutor, com botões de áudio no volante. Pena que a tela do Bravo seja muito pequena – os gráficos também poderiam ser melhores. No geral, o acabamento em dois tons do Cruze (presente somente na versão topo de linha LTZ) deixou o hatch com um visual mais requintado, enquanto o Bravo Blackmotion apela para um estilo mais esportivo.

O Bravo também se mostrou pior que o concorrente no espaço interno: quem vai no banco traseiro tem menos espaço para as pernas graças ao entre-eixos menor (2,60 m contra os 2,68 m do Chevrolet). Por outro lado, o Chevrolet dificulta a vida de pessoas mais altas devido ao caimento da linha do teto. Por isso, pessoas com maior estatura vão melhor no banco traseiro do Fiat. As dimensões do Bravo são 4,37 m de comprimento, 1,79 m de largura e 1,48 m de altura, contra os 4,51 m, 1,79 m e 1,47 m, respectivamente, do Cruze Sport6. Se no seu caso a procura por um carro maior é motivada pela chegada de um novo membro na família, é bom saber que o porta-malas é equivalente entre os dois modelos, com 400 litros no Bravo e 402 litros no Cruze Sport6.

Escolha de Anamaria Rinaldi – Agora com um visual bem mais moderno e atraente, o Fiat Bravo parece uma opção mais interessante nesse segmento. Mas as mudanças estéticas, infelizmente, não foram suficientes para o modelo vencer o Chevrolet Cruze Sport6. Ele oferece um conjunto melhor, embora cobre mais caro por isso.

Quer saber mais? Clique aqui e veja as opiniões de donos de Fiat Bravo ou clique aqui e veja o que acha quem possui um Chevrolet Cruze Sport6.


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