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Com 208, Peugeot se arma contra Fiat Punto

Na disputa entre os hatches premiuns, Fiat tem posição consolidada; Peugeot busca espaço com o 208

25/07/2013 - Anelisa Lopes / Fotos: Aline Dumelle e Aline França / Fonte: iCarros

Voltar quase seis anos na história automotiva dá a impressão de ser um retrocesso de mais de década, levando-se em conta que, naquela época, o mercado brasileiro ainda não estava maduro, as novidades de fora custavam a chegar, além de a concorrência ser escassa entre os modelos.

Foi neste contexto que surgiu o Punto, como uma aposta da Fiat no mercado de hatches premiuns para um público que tinha como referência, por exemplo, o Volkswagen Polo. Por outro lado, no mesmo segmento, a Peugeot consolidava sua presença no Brasil com o 206, primeiro veículo da marca de origem francesa a ser fabricado em território nacional.

Em 2013, os dois fabricantes voltam a se encontrar. Dessa vez, com um Punto que foi re-estilizado no ano passado e com um novo hatch premiun da Peugeot, o 208, que tem como missão repetir o mesmo sucesso do 206. Nas versões Sporting e Griffe, ambas com câmbio manual, os modelos custam R$ 47.900 e R$ 50.690, respectivamente.

Mesmo datado, Punto chama mais atenção

Com a atualização no ano passado, o Punto ganhou vigor para continuar com a média de venda de 3.500 unidades mensais. E, apesar da idade do projeto, chama mais atenção nas ruas que o concorrente. A explicação está no apelo visual esportivo desta versão. Com rodas de liga leve de 16 polegadas em tom escuro, farois com lentes escurecidas, minissaias laterais, saída dupla do escapamento e cintos de segurança na cor vermelha, parece muito mais invocado do que realmente é.

O 208 não ficou muito atrás no termômetro popular, mas por se tratar de um modelo que segue a tradição da Peugeot em construir carros com design refinado, é mais moderno que esportivo. Fileira de leds no farol, teto solar panorâmico, rodas com design inusitado, além de um punhado de vincos no capô que dão profundidade ao carro são os diferenciais. Na ponta da tabela, no entanto, o 208 está sendo responsável por cerca de 1.320 veículos/mês, de acordo com a Fenabrave.

Mecânica favorece o Peugeot

A versão Sporting do Punto é a única a oferecer o motor de 1,8 litro flex de 132 cv (a) e 18,9 mkgf (a) de torque na linha. A configuração Griffe do 208 abriga um 1.6 também bicombustível de 122 cv e 16,4 mkgf quando abastecido com etanol - neste caso, a versão tem tecnologia que "esquenta" o etanol no tanque, dispensando o tanquinho de partida a frio. Junto deles, há à disposição um câmbio manual de cinco velocidades.

Apesar da pouca diferença na potência e no torque dos dois modelos, o comportamento dos carros é bem distinto quando se fala em desempenho urbano e rodoviário. Isso porque, o 208 deve em velocidade final na estrada e o Punto deixa a desejar nas saídas, principalmente em ladeiras, exigindo o uso do freio de mão. O contrário também é perceptível, uma vez que o Punto embala com mais facilidade quando o conta-giros sobe, enquanto o 208 é mais ágil e menos cansativo em razão dos engates precisos do câmbio.

Em relação ao conforto sugerido pela suspensão, o Punto é mais macio; o 208 é um pouco mais rígido, mas sem ser desconfortável. Já a direção hidráulica do Punto é mais pesada nas manobras que a elétrica progressiva do 208, que fica mais resistente só quando o veocímetro sobe.

Internamente, a cabine do Punto é bem cuidada para não destacar falhas nem rebarbas, mas mesmo com o facelift em 2012, já passa a sensação de estar defasada. O 208 se destaca pelo aro da direção menor e pela tela sensível ao toque no painel. O GPS do modelo vem de série e é bem prático. Espaço para quatro adultos é semelhante nos dois modelos: confortável, mas sem muita folga. Assim como a (pouca) capacidade do porta-malas: 280 l no Punto e 285 litros no 208. 

A diferença no preço entre eles é justificada pela oferta de equipamentos de série. Os dois trazem airbag duplo, freios ABS, travas e retrovisores elétricos, ar-condiconado (duas zonas no Peugeot), sistema de som com entrada USB e rodas de liga leve de 16 polegadas. O 208 soma à lista vidros traseiros elétricos, teto solar, sensor de acendimento dos farois, de estacionamento e de chuva, limitador de velocidade e alarme. Para receber os mesmos itens do rival, o Punto fica aproximadamente R$ 3.300 mais caro.

Escolha de Anelisa Lopes - com um projeto que casa bem desempenho e oferta de equipamentos, o 208 supera o Punto. O Fiat tem a seu favor um design ainda atraente, a possibilidade de escolha de opcionais individualmente e uma rede de concessionárias maior, mas a idade já está pesando contra seu custo-benefício. O 208 ainda é um novato e não deverá ter a mesma performance em vendas que o concorrente, mas a Peugeot desenvolveu seu novo modelo nacional com qualidades para quem busca mais que uma proposta popular: desempenho, beleza e tecnologia.
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