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Entre os populares, March é racional, enquanto Palio emociona

Apesar de populares, recém-chegados ao mercado são bem diferentes

21/12/2011 - Texto e fotos: Anelisa Lopes / Fonte: iCarros

Nissan March e Fiat Palio são dois produtos frescos na prateleira dos populares. O March fez a estreia da Nissan do segmento de compactos com motor de 1,0 litro em setembro e o Palio chegou à segunda geração em novembro, 14 anos após o seu lançamento. A tarefa dos dois é clara: o primeiro veio para ser o carro de volume da Nissan e será o responsável por trocar o rótulo da montadora de marca premium para popular. O segundo quer recuperar o posto no pódio dos modelos mais vendidos, já que perdeu colocação para o novo Uno, lançado no ano passado.

A linha do mexicano March parte de R$ 27.790, com ar quente, airbag duplo e regulagem de altura do banco do motorista entre os principais equipamentos de série. Com limpador e desembaçador traseiro, além de regulagem interna do retrovisor, vai para R$ 28.490. Já com estes equipamentos mais ar-condicionado e direção elétrica, custa R$ 31.990. Nesta configuração, briga com o Palio Attractive que, por R$ 30.990, oferece alerta do limite de velocidade, direção hidráulica, desembaçador traseiro e comando interno do retrovisor.

Com mais válvula por cilindro, mecânica do March se destaca

O March é servido por um motor de 1,0 litro 16 válvulas de 74 cv de potência a 5.850 giros e 10 mkgf de torque a 4.350 rpm, tanto com álcool como com gasolina. Associado ao câmbio manual de cinco velocidades, o motor não desaponta e encara a rotina com agilidade. As duas primeiras marchas são mais curtas, fazendo com que o desempenho na arrancada seja bem satisfatório. O motor é compartilhado pela Renault, mas sofreu alterações para oferecer mais desempenho em baixas rotações, condição em que um carro normalmente trafega em trânsito urbano. O porém fica por conta do rúído do conjunto mecânico, que invade a cabine, o que sugere pouca preocupação com o isolamento acústico, ao menos na configuração de entrada do modelo.

Com o ar-condicionado ligado, o March consegue subir ladeira em segunda marcha, feito que o Palio não conseguiu realizar. Aliás, força é o que falta ao 1.0 do Fiat, já que perde no número de válvulas: 8v. Para fazer o bloco funcionar, é preciso duas tentativas do motorista na ignição. Depois disso, algumas falhas são perceptíveis no funcionamento do motor, ainda mais se o ar estiver ligado. O Palio tem 73cv/74 cv a 6.250 giros e 9,5 mkgf/9,9 mkgf a 3.850 rpm, com gasolina e álcool, respectivamente.

Palio usa plataforma do Uno para crescer

A segunda geração do Palio passou a usar a plataforma do Uno. Com 3,87 metros de comprimento, 1,67 m de largura, 2,42 m de entre-eixos (5 cm a mais que o Palio antigo) e 280 litros de capacidade no bagageiro, oferece um pouco mais de espaço na parte de trás. Além disso, é possível sentir que o conjunto da suspensão deixou de ser tão macio quanto na geração anterior, apesar de ainda não estar firme e oscilar a carroceria quando o carro faz curvas e percorre vias esburacadas. O engate do câmbio, por sua vez, continua com folga.

O March partilha do mesmo tipo de suspensão que o Palio (independente na dianteira e eixo de torção na traseira), mas o ajuste é mais rígido, o que faz com que a carroceria balance menos, principalmente para os passageiros de trás. O compacto tem 3,78 metros de comprimento, 1,66 m de largura e 2,45 m de entre-eixos. O porta-malas carrega 265 litros.

Não há dúvidas de que que o Palio ficou mais atraente com esta última atualização, apesar de a herança do friso cromado do 500 e os farois semelhantes aos do Punto terem tirado um pouco da sua identidade. Por dentro, o acabamento excessivo de plástico situa o passageiro no mundo dos populares. Com o March não é muito diferente. O carrinho da marca japonesa ainda exagera na simplicidade do painel. Nenhuma das duas unidades avaliadas, no entanto, apresentavam rebarba de plástico ou peça mal-encaixada.

Veredicto de Anelisa Lopes - Palio e March são duas ofertas bem distintas na cesta dos carros populares. Enquanto o descendente de italino emociona pela beleza e pela possibilidade de personalização (são vários acessórios e diversos opcionais que podem ser somados ao bolso do comprador), o de ascendência oriental foi desenvolvido para oferecer racionalidade: o design não surpreende, mas a dirigibilidade é agradável, possui três anos de garantia, além de assistência técnica 24 horas por dois anos e pacote de revisões tabelado. No segmento dos 1.0, em que a razão se sobressai sobre a emoção, o March sai vitorioso.

 
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