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Esporte e aventura afastam Montana e Strada

Versões top de linha das picapes da Fiat e da Chevrolet trilham caminhos diferentes, mas focam no mesmo público

02/02/2011 - Texto e fotos: Fernando Pedroso / Fonte: iCarros

Quando um carro tem uma nova geração, o normal é que a tecnologia avance com o uso de uma nova plataforma e mecânica melhor. Com a Chevrolet Montana foi o contrário. A antiga picape era baseada no Corsa de terceira geração. A nova vem do Agile, baseado na segunda fase do compacto, a mesma plataforma de Celta e Classic (a primeira geração do Corsa não foi vendida no Brasil). Mas nada disso impede que ela tenha a maior capacidade de carga do segmento, 758 quilos.

Do outro lado, a líder de mercado, Fiat Strada, veterana que está na mesma geração desde 1998 usando a base do Palio e suspensão traseira de feixe de molas, mais prática para carga, mas menos confortável para passageiros. Como a versão avaliada é a top de linha Adventure, vendida apenas com cabine estendida, a capacidade de carga é de 685 kg. Se fosse com cabine simples, teria 705 kg, ainda abaixo da rival.

Nestas versões top das picapes, a capacidade de carga não é o mais importante, uma vez que o foco está em buscar um cliente que queira um visual diferenciado na garagem; aquele que, em vez de usar a picape como transporte de carga, seja fã do segmento. Falemos de preço, então. A Chevrolet pede R$ 44.568 na Montana Sport com direção hidráulica, ar condicionado, airbag duplo, freios ABS, CD player, faróis de neblina e rodas de liga leve de 15 polegadas. Não há opcionais.

A picape da GM perdeu o motor de 1,8 litro e vem somente com o 1,4 de 97 cv com gasolina e 102 cv com etanol a 6.000 giros. O torque máximo é de 13,2 kgfm (g) e 13,5 kgfm (e) a 3.200 rpm. O câmbio é manual de cinco velocidades. A suspensão traseira tem molas helicoidais com uma calibragem mais dura.

A Fiat Strada Adventure, como já foi dito, vem com cabine estendida por R$ 48.620. Para equiparar o pacote de acessórios é preciso incluir o airbag duplo e os freios ABS, além do CD player. Dessa forma, o valor sobe para R$ 51.989. Os R$ 7.421 de diferença se justificam quando falamos do que há debaixo do capô da picape.

A Strada vem com o novo propulsor de 1,8 litro 16V de 130 cv com gasolina e 132 cv com etanol a 5.250 rpm e torque máximo de 18,4 kgfm e 18,9 kgfm, respectivamente, a 4.500 giros. Com cabine estendida, a tração autoblocante Locker é de série. Se a opção for pela cabine dupla (R$ 50.860), o item é opcional.

Versões apelam para o visual

Entre os termos Sport e Adventure, a mais honesta é a Fiat. A Strada tem excesso de plásticos, mas ao menos conta com uma suspensão elevada e pneus de uso misto, além do já citado sistema Locker. Na essência, o apelo visual é mais forte que o técnico.

O mesmo acontece com a Montana, com rodas de liga leve e peças pintadas na cor da carroceria, além de um aerofólio integrado ao santantônio. De esportiva, só a lembrança - já que não há alterações no motor ou na suspensão - e no adesivo lateral, o mesmo da geração antiga.

Por dentro das picapes

Ao sentar no banco do motorista, percebe-se a idade avançada dos projetos. Na Chevrolet, o acabamento simples conta com plásticos finos e ásperos. O para-brisa fica muito próximo ao motorista e o volante é deslocado para a direita. O visual agrada, com a organização dos instrumentos igual ao Agile e ar-condicionado com visor digital, mas com comandos manuais.

Por ter cabine simples, ou “Max Cab”, como a Chevrolet gosta de chamar, o espaço atrás dos bancos é menor, mas conta com dois práticos porta-objetos e uma rede para segurar a carga. É possível levar ali duas mochilas, por exemplo. O rádio fica em posição mais baixa, mas permite que os difusores de ar fiquem em posição adequada. Acima deles, um suporte para aparelho de GPS.

A Strada tem praticamente o mesmo interior há alguns anos. O acabamento é honesto, com botões bem localizados e materiais de qualidade razoável para a categoria da família Palio. Na cabine estendida, o espaço atrás dos bancos é generoso, embora isso prejudique a caçamba. Há falhas como os difusores de ar baixos e o banco do motorista alto demais e sem ajuste.

Entre os opcionais, a Strada pode ter entradas USB e para iPod dentro do porta-luvas e teto solar manual. Só a Fiat dispõe do equipamento entre as picapes no Brasil, mas a peça fica muito atrás, quase no fim da cabine, e não acima da cabeça dos passageiros como é comum. Também não há forração para reduzir a luz que entra na cabine.

Veredicto de Fernando Pedroso – A Chevrolet Montana tem um bom pacote de equipamentos pelo preço, mas o projeto antigo prejudica a dirigibilidade e o motor. Embora não seja decepcionante, fica aquém do desempenho da rival. A Fiat Strada, apesar de também ter suas falhas com o peso da idade, compensa o dinheiro gasto a mais com mais conforto e mecânica superior.

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