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Fit e Sonic mostram os dois lados da moeda

Ambos têm o conforto do câmbio automático e preço na faixa dos R$ 50 mil. Só que não poderiam ser mais diferentes

30/11/2012 - Thiago Moreno / Fonte: iCarros

 

“Tenho R$ 50 mil para comprar um carro, qual devo escolher?”. Esta pergunta é frequente entre os leitores do iCarros que buscam no catálogo de veículos a resposta para uma das perguntas com mais opções no cenário automotivo brasileiro. Nesta faixa de preço, há desde hatches, passando por picapes até monovolumes. O iCarros avaliou os dois lados da moeda: o Chevrolet Sonic LTZ, importado da Coreia do SUl, e o Honda Fit LX, fabricado em Sumaré (SP). Nestas versões, os dois têm preços similares e dispensam a embreagem. Não poderiam, porém, entregar experiências mais diferentes...

Face a face

Mais barato, o Sonic LTZ custa R$ 53.600 e traz de série itens como bancos em couro, sensor de ré e piloto automático. Sem contar os mais triviais encontrados em carros no mesmo valor, como direção hidráulica, ar-condicionado e acionamento elétrico para vidros, espelhos e travas de porta. Além de mais cara, R$ 54.500, a versão LX do Fit não sai dessa trivialidade, pois o acabamento em couro só vem de série na versão topo de linha, EXL, de R$ 62.660.

Mecânica também não é um fator que vire o jogo a favor do Honda, já que o motor 1.4 16V flex de 101 cv com etanol e 100 cv com gasolina desenvolve menos potência que o 1.6 16V do Chevrolet, que entrega 120 cv e 116 cv, respectivamente. No câmbio, outra desvantagem. Enquanto o Fit tem cinco velocidades, o Sonic já conta com uma caixa de seis marchas.

Assim, o Chevrolet tem tudo para ser um estouro de vendas, certo? Só que a história não segue a lógica e, em outubro, o Sonic hatch vendeu 77 unidades, enquanto a Honda emplacou 4.334 no mesmo mês, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional  da Distribuição de Veículos Automotores). Aparentemente, nem a moderna plataforma global de compactos da GM, a GSV, está salvando o Sonic contra um Fit que passou por dois facelifts sem trocar de geração.

Sem compromisso ou meio termo

Em nome do conforto e da comodidade, o Fit LX tem um visual mais simples. No interior, há uma profusão de porta-trecos e os bancos traseiros fazem malabarismo para acomodar qualquer tipo de carga. Com 384 litros, o bagageiro do Honda é maior que o do rival, que leva apenas 265 litros. Se você precisa de um transporte, o Fit vai bem e é um motivo para explicar suas vendas: é versátil em função das diversas possibilidades de arranjo dos bancos. Se você quer um pouco de emoção em troca de seus R$ 50 mil, o carro, porém, vai mal.

A direção de assistência elétrica variável é leve demais, mesmo em velocidades mais altas, e demora à responder, além de não transmitir às mãos do motorista o que se passa nas rodas. O câmbio opera suavemente, porém, mesmo em modo manual, exige paciência do motorista para trocar de marcha. Se você quiser as trocas manuais feitas por borboletas no volante, terá de desembolsar R$ 60.810 pela versão EX, como o das fotos que ilustram a matéria.

Ao contrário do modelo de origem japonesa, o Sonic é mais arrojado. Os bancos não se desdobram em favor da carga, o espaço traseiro é justo, o porta-malas é menor e a interatividade com o interior não é tão simples, mas ele coloca o comprador em seu lugar de direito: o de motorista. A direção hidráulica pode até cansar os braços em manobras de baixa velocidade, mas o volante tem uma pegada firme e precisa, enquanto as respostas são transmitidas rapidamente às rodas. À menor pressão no acelerador, o câmbio já reduz de marcha e, com mais potência, está sempre disposto a ganhar velocidade e, o mais importante, entretém enquanto faz isso.

Dinamicamente, ambos fazem curvas sem sustos e absorvem bem os buracos, sendo que o Sonic tem batidas pouco mais secas em superfícies irregulares. A questão é que o consumidor vai ter de escolher entre se divertir enquanto dirige ou ter um carro mais versátil. Entre Sonic e Fit, não há meio termo.

É preciso dirigir ambos os carros para entender como são diferentes. No papel, nenhuma pista, já que Fit e Sonic possuem as mesmas dimensões, 1,5 m de altura, 1,7 m de largura, 2,5 m de entre-eixos. O Chevrolet é mais comprido, com 4 m, e mais pesado, 1.224 kg, uma vez que o Honda tem, respectivamente, 3,9 m e 1.130 kg. O nível de acabamento interno é similar, mas o Sonic se permite mais ousadia, enquanto o rival tem o uso facilitado por botões grandes e de fácil manuseio.

Veredicto de Thiago Moreno – como num jogo de cara ou coroa, as faces estão na mesma moeda, mas só uma pode ganhar. Versátil e fácil de conviver, o Honda Fit cobra caro por seus benefícios e deixa de lado a emoção ao dirigir. Com boa lista de equipamentos pelo preço e uma dinâmica envolvente, o Chevrolet Sonic leva a melhor, só falta saber o por quê de suas vendas ainda não terem deslanchado.

 

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