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Freemont e CR-V distinguem crossover de utilitário esportivo

De um lado, o visual. Do outro, a versatilidade. Acompanhe o embate entre o Honda CR-V e o Fiat Freemont

26/07/2012 - Thiago Moreno / Fotos: Anelisa Lopes e Divulgação / Fonte: iCarros

Foi-se o tempo em que o utilitário esportivo era a escolha para quem precisava de um carro versátil. O crossover, cuja carroceria é resultado da mistura de diversos segmentos, acabou com esta unanimidade, fazendo com que a disputa pelo seu bolso se acirrasse. Dessa forma, o comprador que optar por um Honda CR-V também pode levar em consideração na compra o Fiat Freemont. 

Com apelo visual, o SUV mexicano da Honda custa R$ 86.915 na versão LX 4x2. Com uma ampla oferta de espaço para até sete passageiros, o crossover da Fiat na configuração Precision sai por R$ 89.990. Nesta disputa de conforto e espaço interno, CR-V e Freemont deixam mais difícil a escolha de quem busca um carro familiar. A decisão, no entanto, é mais simples que parece: basta saber o que você quer do carro.

Dupla dinâmica

Com uma estrutura rígida e bem construída, o Honda CR-V tem a comodidade do câmbio automático de cinco marchas como opcional na versão LX. Apesar de o seu visual até inspirar uma condução off-road, o modelo foi feito mesmo para a cidade. A vocação urbana se comprova com o botão "Econ" no painel, que altera o mapeamento da posição do acelerador e outras funções para deixar o carro mais econômico. Com linhas arrojadas e cintura alta, o que dá a impressão de o veículo ser maior, o Honda é a definição do "aventureiro urbano". Mesmo com a tecnologia, o consumo não foi animador: 6,5 km/l no computador de bordo na cidade.

Com o peso similar ao de um sedã de porte médio (1.516 kg), a dinâmica de condução do CR-V se assemelha muito a de um automóvel de passeio. Parte deste mérito é da suspensão traseira, do tipo multilink, que absorve os buracos das ruas, e não compromete o desempenho nas curvas, mesmo com a altura de 1,69 m e 4,5 metros de comprimento do veículo. No bagageiro vão 589 litros de malas, mas o assoalho é alto e exige mais esforço para carregá-las. Quanto à flexibilidade do espaço, o SUV da Honda faz pouco mais que um hatch: o banco traseiro é bipartido e essa é toda a modularidade do seu interior.

Equipado com um motor 2.0 16V a gasolina com comando variável de válvulas, entrega 155 cv de potência e 19,4 mkgf de torque. Na rua, esses números se traduzem numa condução sem esforço no arranque, como na saída de farol, por exemplo. Porém, o CR-V sente mais o peso da carga que carrega, fazendo com que o câmbio automático fique em constante estado de troca de marchas para manter o passo. 

O Freemont entrega um 2.4 16V a gasolina um pouco mais forte , com 172 cv de potência e 22,4 mkgf de torque, e câmbio automático de quatro velocidades. A questão é que, ao contrário do peso do Honda, o Fiat pesa 1.809 kg. As proporções de tamanho também são maiores: 1,7 m de altura, 1,8 m de largura e 4,8 metros de comprimento.

Na condução, a transmissão passa a força do motor rapidamente às rodas e deixa o Freemont arisco nas saídas, coisa que leva tempo a se acostumar. Só que, ao contrário do Honda, o crossover da Fiat faz pouco caso do peso. Carregado ou não, o desempenho em pouco se altera. Aproveitando o torque extra e as relações longas de marcha, o Freemont cruza as ruas oferecendo conforto.

Todos os sete lugares do Fiat acomodam adultos e cada fileira de bancos tem sua própria saída de ar-condicionado. O espaço interno conta com bancos elétricos para o motorista (item ausente no CR-V) e, ao puxar de algumas correias, o Freemont se transforma numa van de carga. A última fileira se recolhe no assoalho com bancos individuais. A do meio desliza para frente permitindo o acesso do sexto e sétimo passageiros e ainda contam com um útil "booster" (assento infantil) de série. Com todos os bancos levantados, são apenas 145 litros de porta-malas. Com a última fileira recolhida, são 580 litros, pouco menos que o CR-V, mas que podem chegar a 2.301 litros se somente o banco do motorista for deixado no lugar. Dessa maneira, o Honda pode levar até 2.064 litros de bagagem.

Com uma traseira longa e várias janelas, o Fiat transmite a sensação de transporte coletivo. O carro passa bem pelas imperfeições da via, mas torce um pouco nas curvas, devido ao tamanho. É na estrada, porém, que o Freemont acha o seu lugar: os bancos acomodam melhor os passageiros em viagens longas e, com um tanque de 78 litros (são 58 litros no CR-V), está atrás de um longo passeio. Ao contrário do rival, o Fiat tem um silêncio absoluto na cabine mesmo em velocidade mais alta. No CR-V, o barulho da rolagem dos pneus invade o habitáculo sem compromisso.

Ambos os carros possuem o trivial para o segmento: direção assistida, vidros e espelhos elétricos, rodas de 17 polegadas, freios com ABS e EBD e controle de tração. O interior do Honda é bem acabado, mas é mais espartano, com bancos em tecido com regulagens mecânicas e sistema de áudio sem interatividade com o telefone. No Fiat, há uma grande tela de toque no console central para organizar os comandos do rádio, ar-condicionado e aquecimento dos bancos, que são todos revestidos em couro (detalhe que se repete nas portas, na alavanca do câmbio e no volante).

O ar-condicionado automático do Honda é superado pelo equipamento do Fiat que, além de automático, possui três zonas de controle de temperatura, sendo um para o motorista, outro para o passageiro e o terceiro para as duas fileiras de banco traseiras. Itens de segurança também são encontrados em maior quantidade no Freemont que traz airbags laterais e de cortina, não presentes no CR-V.

Veredito de Thiago Moreno - A maior disparidade entre os carros é a versatilidade do interior e a maneira com a qual os carros tratam seus ocupantes. Mais ousado por fora, mas simples por dentro, o CR-V se apoia no visual externo. O Freemont tem um desenho mais conservador, mas cuida em tratar bem os passageiros durante a condução, seja em conforto ou desempenho. Com uma lista de equipamentos um pouco mais farta e mais espaço interno, o Fiat Freemont leva a vitória para o time dos crossovers. 

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