entre ou cadastre-se

mais serviços

mais serviços

JAC T6 chama o veterano Hyundai ix35 para a briga

Disputando o mesmo segmento, SUV chinês que chegou neste ano ao País aposta no preço para roubar espaço do Hyundai

15/07/2015 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Gabriel Aguiar / Fonte: iCarros

A JAC aposta no tamanho de SUV médio e no preço de compacto para fazer sucesso com o T6, lançado no mercado brasileiro em abril. Ele é vendido em versão única por R$ 69.990, mas chega a R$ 75.670 com todos os opcionais. Nesta faixa, brigaria com Ford EcoSport, Renault Duster e as novidades Honda HR-V, Jeep Renegade e Peugeot 2008.

Acontece que o T6 mede 4,5 m de comprimento, 1,8  m de largura, 1,7 m de altura e 2,6 m de entre-eixos. Ou seja, é maior que os rivais listados acima. É neste ponto da história que entra o Hyundai ix35, que tem dimensões muito similares: são 4,4 m, 1,8 m, 1,6 m e 2,6 m, respectivamente. Também oferecido em versão única, o modelo da marca sul-coreana é bem mais caro, saindo por R$ 99.990.

Mais pelado?

Importado da China, o JAC traz de série direção elétrica, ar-condicionado, alarme, trio elétrico (inclusive nos vidros traseiros), sensor de estacionamento traseiro, acendimento automático dos faróis, volante e banco do motorista com ajuste de atura, faróis e lanternas de neblina e rodas de liga leve aro 17. Mas ele vem com volante revestido de couro, inexistente no rival. Os pacotes opcionais acrescentam R$ 5.680 ao valor do carro, agregando itens como barras longitudinais no teto, retrovisores com rebatimento elétrico, câmera de ré e central multimídia com tela sensível ao toque.

O ix35 é nacional, fabricado em Anápolis (GO). Ele vem com todos os itens do JAC, mais partida por botão, rodas de liga leve aro 18, volante com regulagem de profundidade, controlador de velocidade, bancos parcialmente revestidos de couro e GPS. Aí estão parte dos R$ 24.320 cobrados a mais pelo Hyundai. A pintura metálica custa R$ 1.000.

Ambos são 2.0

O T6 é equipado com motor 2.0 flex que rende 155 cv e 20 kgfm com gasolina e 160 cv e 20,6 kgfm com etanol. Sua única opção de tração é dianteira e de câmbio é o manual de cinco marchas. Existe a possibilidade de o T6 contar com uma transmissão automatizada de dupla embreagem no futuro, mas isso ainda não está confirmado pela fabricante chinesa, o que é uma pena.

O Hyundai também traz um 2.0 flex, mas que entrega números mais altos.  São 169 cv de potência e 20,4 kgfm de torque com gasolina e 178 cv e 21,8 kgfm com etanol. A tração também é dianteira e o câmbio é automático de seis marchas – mais um item que ajuda a justificar o valor mais alto cobrado pelo carro.

O ix35 já dá a entender que terá desempenho melhor. E tem. Ele trabalha bem em giros baixos, arrancando com agilidade para um carro tão grande, alto e pesado. É preciso apenas calcular com parcimônia ao fazer ultrapassagens, pois ele leva um tempinho para deslanchar após você pisar fundo no acelerador. Já o T6 trabalha melhor em giros altos, acima de 3.000 rpm, o que exige aceleradas vigorosas para colocar o carro em movimento. Além de isso aumentar o nível de ruído dentro da cabine. Na estrada, o JAC se sai melhor que na cidade.

O câmbio manual do JAC dá mais agilidade à condução, mas os engates são imprecisos e é possível ouvir o barulho das engrenagens trabalhando. O automático do Hyundai, por sua vez, garante conforto especialmente na cidade, com trocas suaves mesmo em retomadas. E há a possibilidade de fazer as mudanças manuais na alavanca – não há borboletas atrás do volante.

Pensando um pouco mais no bolso, o JAC fez média de 6,6 km/l na cidade com etanol, conforme registrado no computador de bordo. Não foi possível usar a mesma medida para o ix35, pois seu computador de bordo não exibe informações de consumo, uma falha grave. Considerando os dados do Inmetro, ele faz 6,8 km/l em uso urbano com o mesmo combustível – é o SUV mais econômico do País segundo o instituto.

A suspensão é mais confortável no Hyundai, que encara as ruas brasileiras sem problemas, inclusive em valetas ou pisos irregulares. Pena que a carroceria oscile um pouco demais em curvas. O JAC não filtra tão bem as imperfeições do solo, mas nada que chegue a incomodar.

Para levar a família

SUVs são carros familiares, então o espaço interno é fundamental. Os dois modelos possuem 2,6 m de entre-eixos, o que garante bastante espaço para as pernas de quem vai atrás – parece até uma sala de estar graças ao assoalho plano. Quanto ao porta-malas, o ix35 é um pouco menor: são 591 litros, contra os 610 litros do JAC.

O que o T6 perde pontos é no acabamento interno, bem mais simples do que no rival, tanto em desenho quanto na escolha dos materiais. Mas o Hyundai também recebe puxões de orelha devido ao freio de estacionamento por pedal, solução abandonada pela maioria dos modelos por não ser muito prática.

Escolha de Anamaria Rinaldi – no geral, o ix35 é mais carro – e por isso é bem mais caro. Ele oferece mais equipamentos de série e melhor conjunto mecânico. O único destaque do T6 é o preço, embora o SUV não seja uma má escolha. Ele peca pela calibração do motor e pelo câmbio. Talvez a transmissão de dupla embreagem no futuro sirva para modernizar o modelo. Em resumo, o Hyundai vence o comparativo e é a melhor opção se você está buscando um carro completo. Mas se você precisa de bastante espaço e não pode gastar R$ 100 mil, tem a possibilidade de levar para casa o JAC.

Veja também a opinião dos donos no iCarros:
Hyundai ix35
JAC T6

 

Acompanhe as novidades do mundo automotivo pelo iCarros no:

Facebook (facebook.com/iCarros)
Instagram (instagram.com/icarros_oficial)
YouTube (youtube.com/icarros)

  • Compartilhe esta matéria:
 

Faça seu comentário

  • Seguro Auto

    Veja o resultado na hora e compare os preços e benefícios sem sair de casa.

    cotar seguro
Ícone de Atenção
Para proteger e melhorar a sua experiência no site, nós utilizamos cookies e dados pessoais de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao navegar pela nossa plataforma, você declara estar ciente dessas condições.