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No divã, a racionalidade do A3 contra a singularidade do V40

Hatches, premiuns e com motor de 180 cv dão um toque de individualidade à sua garagem

04/09/2013 - Anelisa Lopes / Fotos: Anelisa Lopes e Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Audi A3 1.8 Sportback e Volvo V40 T4 vão além da existência singular como meios de transporte. Enquanto a nova geração do modelo de origem alemã constitui sua essência por meio de desempenho, o descendente sueco compõe seu conjunto a partir de uma grande oferta de tecnologias. No divã, os dois hatches premiuns mostram porque justificam sua escolha sendo tão distintos.

A nova geração do A3 é fruto da plataforma modular MQB da Volkswagen, da qual derivam propostas variadas, como Golf, Up! e os futuros Taigun e A3 Sedan. Este tipo de produção compartilhada torna a fabricação mais barata e, dessa forma, proporciona maior oferta de tecnologia ou variações de motor para um mesmo veículo. Desta linha de montagem, surgem três opções para o A3: Attraction Sportback (R$ 94.700), com motor de 1,4 litro TFSI de 122 cv de potência, e Ambition, com um 1.8 TFSI de 180 cv sob o capô. No último caso, dá para escolher pela carroceria com duas portas (R$ 115 mil) ou Sportback (R$ 124.300).

Sucessor do C30, o V40 não transmite a bipolaridade do hatch antecessor. O senso comum o classificaria como um carro discreto à primeira vista, que transpira a identidade da marca sueca na dianteira. A ousadia está na traseira, com a área envidraçada em contraste com as lanternas em forma de bumerangue. Para brigar de frente com os modelos alemães, o V40 empacotou uma série de tecnologias, além de ter se armado com um motor potente. Produzido na Bélgica, é vendido em duas versões: T4 com motor de 2,0 litros turbo de 180 cv (R$ 119.950) e T5 com um bloco de 2,5 litros e 254 cv de potência (R$ 135.950).

Objetivo, A3 emociona pelo desempenho

Num primeiro contato, o visual do A3 Ambition Sportback não surpreende com muita novidade em relação à geração antecessora. A cabine se mostra bem acabada, mas, sobretudo, funcional. Os mostradores são grandes e legíveis, sem variação de cor. Na parte central, uma tela com as funções do carro, quando recolhida, dá espaço a duas saídas de ar circulares, a uma régua de comandos e ao sistema de ar-condicionado de duas zonas, operado por botões. Para completar o elementar, os bancos são de tecido. Todas as operações são realizadas de forma simples por meio de peças discretas. Falta alguma coisa? Sim, sensor de estacionamento traseiro e GPS de série.   

A Audi reservou o que há de melhor longe dos olhos. É nas engrenagens que a racionalidade dá lugar ao abalo afetivo. A começar pelo motor de 1,8 litro, com comando variável de válvulas e turbo, que substituiu o antigo 2.0. Com 180 cv (20 cv a menos que o anterior) e menor capacidade volumétrica, justifica o melhor desempenho pelo emprego de mais tecnologia e leveza no bloco e pela união a um câmbio de dupla embreagem com sete velocidades que, com a alavanca deslocada para a posição S da caixa, avança até os 6.000 giros para efetuar a troca.

Para ganhar mais agilidade, é só mudar marcha pelas borboletas atrás do volante. Você só vai perceber que elas avançam ou reduzem pelo ruído do motor ou pelo ponteiro do conta-giros. A perda de força é imperceptível, lembrando que a partir dos 1.500 rotações, o torque máximo de 25 kgfm já está disponível e permanece a todo vapor na faixa dos 2.500 rpm.

A partir de um botão no painel (Drive Select), o motorista pode escolher entre quatro modos de condução: Individual, Dynamic, Comfort e Efficiency. Em cada um, a leveza da direção, resposta do acelerador e velocidade da mudança de marcha se modificam para tornar a performance do carro mais esportiva, macia, econômica ou ainda se adaptada ao gosto do motorista. O conjunto da suspensão é rígido, mas filtra as irregularidades da via e torna a viagem confortável, sem perder a audácia do apelo esportivo.

Reservado, V40 exibe tecnologia

Diferentemente do rival, o V40 trabalha a atenção dos passageiros com inúmeros detalhes, a começar pelos mostradores, cujos ponteiros e dados técnicos são projetados no computador de bordo. O painel central tem uma tela, seguido por um sem-número de botões e controles. Dissecados com mais tempo, controlam as funções do carro, o sistema de som e o ar-condicionado, que mantém a mesma temperatura para motorista e passageiro. Até a manopla do câmbio é exibida, com uma cobertura de acrílico e sinalização da posição da alavanca na cor verde.

O V40 acomoda os passageiros tão bem quanto o A3, com a vantagem de oferecer bancos com revestimento de couro e uma pequena desvantagem no espaço traseiro para pernas e capacidade do porta-malas (335 l contra 380 litros). Outro item que vale considerar na cabine também é que o teto solar do A3 é tradicional, enquanto o do V40 é um vidro panorâmico e não abre.

Quando recheado com todos os opcionais, o Volvo se torna praticamente um carro forte, com tantos alertas e sistemas de segurança. Só que tanta proteção custa caro e pode elevar o preço do carro em quase R$ 40 mil. Fazem parte da lista o pacote Sport (teto de vidro panorâmico, faróis de xenônio adaptativos para curva e rodas de liga leve de 18 polegadas), High Tech (sistema de GPS com câmera traseira e auxílio para manobra) e, por último, o Safety (leitura de placas de sinalização, alerta de ponto cego e sonolência, detecção e airbag para pedestre, piloto automático adaptativo e sistema que acusa mudança involuntária de faixa).

Deixando o conjunto de elementos de lado, após dar a ignição por meio de um botão, quem faz companhia ao motorista é um motor de 2,0 litros turbo, que geram os mesmos 180 cv de potência do A3. Acompanhado dele há uma câmbio automático de dupla embreagem com seis velocidades, uma a menos que o do rival. Somando este benefício ao fato de o A3 ser mais leve (1.355 kg contra 1.474 kg), o A3 chega mais rápido da imobilidade aos 100 km/h, cravando 7,3 s, enquanto o V40 leva 8,5 segundos, segundo dados dos fabricantes.

Escolha de Anelisa Lopes - eleger a preferência quando dois modelos se mostram tão qualificados sugere que o gosto pessoal deva ser levado em consideração, principalmente no que diz respeito à aparência e à disposição e decoração da cabine. Deixando a subjetividade de lado, o A3 oferece uma experiência mais agradável de condução, em razão de o motor ser mais rápido no trânsito e o motorista ter mais agilidade para troca de marchas com as borboletas atrás no volante (recurso não oferecido no V40).

Além disso, o conjunto da a suspensão do A3 filtra melhor as oscilações da via. Com o V40, todo cuidado para passar por buracos e valetas é pouco, já que a carroceria rebate com uma batida seca. No fim, desviar dos obstáculos acaba virando uma prova constante de slalom. Por fim, uma caracterísca comum aos dois modelos é o sistema Start Stop, que desliga o motor quando o freio é acionado em um congestionamento ou semáforo e o liga quando o pedal não é mais pressionado. A operação acontece em segundos e possibilita uma economia significativa no consumo. O destaque ficou com o A3 que marcou 9,2 km/l de gasto instantâneo em congestionamento.

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