No embate dos 1.4, novo Fit encontra Punto

Solteiro, recém-formado, com um emprego estável e um bom salário. Casado, sem filhos, deseja um modelo com mais potência que o cansado 1.0 que está na garagem. Segundo carro da família, possivelmente emprestado ao filho mais velho. E a disponibilidade de gastar aproximadamente R$ 50 mil com um carro 1.4. Se você faz parte de um dos perfis acima, as chances de ficar no dilema por um Fiat Punto ou Honda Fit são grandes.

No segmento hatch, ambos os projetos têm atributos para conquistar este consumidor: desempenho satisfatório para a cidade, motor bicombustível e um projeto moderno. Deixam a desejar no espaço para bagageiro, mas para quem esta necessidade não é primordial, os dois modelos acomodam com conforto, com vantagem para o Fit, cuja segunda geração foi baseada em um desenho que priorize a aerodinâmica e o espaço dos ocupantes.

Vamos ao bolso. Na versão de entrada 1.4 LX, o Fit custa R$ 51.845. Nesta faixa de preço, o Punto pode ser adquirido com motor 1.4 em uma versão superior à de entrada, a ELX, avaliada em R$ 42.166. No embate, os dois carros se apresentam bem e quase vão a empate em função da dirigibilidade do Fit e do custo-benefício do Punto. O Honda, porém, apesar de mais caro, agrada mais aos passageiros.

Fit ganhou airbag em toda linha

A segunda geração do Fit, inspirada no Jazz vendido na Europa, chegou no fim do ano passado. Mais comprido e com aparência mais robusta, o modelo trouxe algumas soluções que contam ponto positivo para a compra: maior número de portaobjetos no interior, capacidade do bagageiro ampliada de 380 litros para 384 litros, além de linhas angulosas que deram mais personalidade ao veículo. No início, porém, o posicionamento da coluna A pode causar um ponto cego ao fazer as curvas, mas nada com que o condutor não se acostume. Boa notícia no quesito segurança: todas as versões trazem airbag do motorista de série.

O Punto não deixa a desejar. Design inovador, compatível ao Grande Punto europeu, e acabamento esmerado na cabine são os pontos altos do modelo que teve um bom índice de vendas durante 2008. No portamalas e no espaço traseiro para pernas, porém, economia: no bagageiro são apenas 280 litros, e se o motorista ou passageiro forem mais altos que 1,85m, prepare-se para encolher as pernas atrás.  

Punto com opcionais é mais barato que Fit

Se o comprador optar por equipar o Punto com os mesmos equipamentos disponíveis de série no Fit (retrovisores externos elétricos, airbag com freios ABS, rodas de liga leve e vidros traseiros elétricos), o Punto ainda sai mais em conta: R$ 46.216 – neste caso, somente os freios ABS não são oferecidos no modelo da Honda, que não dispõe de para as suas linhas. Se o Punto leva no custo-benefício, por que a vitória para o Fit, então?