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Novidade, Trailblazer encara o Hilux SW4

Para entrar na briga entre os SUVs é preciso ter motor a diesel e espaço suficiente para levar sete passageiros

01/03/2013 - Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Um carro com sete lugares, motor a diesel e disposição para encarar qualquer terreno não se encontra aos montes no Brasil. Se você não tem os mais de R$ 243 mil que a Land Rover cobra pelo Discovery, fica mais difícil. Antigas concorrentes no segmento, Toyota, com o Hilux SW4, e a Mitsubishi, com o Pajero Dakar, se revezavam na briga. Isso mudou quando, no final de 2012, a Chevrolet apresentou o substituto do antigo Blazer, o TrailBlazer. Por R$ 175.450 é mais barato que Hilux SW4, que sai por R$ 181.000 nessa configuração. Mas será que o novato tem o que é preciso para superar um concorrente estabelecido?

Além dos itens já citados, ambos oferecem tração 4x4 com caixa de redução, pneus de uso misto, ar-condicionado automático com saída para as três fileiras de bancos, acabamento em couro, ajustes elétricos para o motorista, rebatimento elétrico dos espelhos e tela de toque com GPS. Tudo o que é necessário para uma aventura com (muita) companhia.

TrailBlazer e SW4 também são similares nas dimensões, mas o Chevrolet leva vantagem em todas, sendo 4,9 m contra 4,7 m, respectivamente, no comprimento, 1,9 m contra 1,85 m de altura e 1,9 m contra 1,8 m de largura.

Propostas parecidas, execuções diferentes

Um exemplo de como Toyota e Chevrolet tomam caminhos diferentes para o mesmo resultado está no sistema para acionar a tração integral. O Hilux usa uma alavanca mecânica que, apesar de passar uma sensação de robustez, tem operação mais difícil que no TrailBlazer, que lança mão de um processo eletrônico operado por um botão no console.

O câmbio em si também evidencia as soluções mais convencionais no Toyota, já que a unidade é automática de apenas quatro velocidades, enquanto a Chevrolet utiliza uma caixa de seis marchas.

Esse pensamento se estende ao interior, onde o SW4 exibe um desenho antigo, mas que, de tão simples, torna a operação dos botões fácil e cômoda. Já o TrailBlazer optou por um painel moderno com temas circulares para o ar-condicionado, mas tem uso mais complexo. O mesmo vale para as telas de toque, ambas de sete polegadas. Os botões de iluminação verde do Toyota parecem arcaicos, mas os comandos são simples e rápidos, enquanto o Chevrolet é mais bonito, mas tem botões físicos pequenos e o sistema operacional demora a acatar à vontade do motorista. A qualidade dos materiais e da montagem é superior no Hilux, sem aparência frágil ou rebarbas. O TrailBlazer é mais belo, mas os materiais são mais rígidos e riscam com facilidade.

Por dentro, cinco passageiros se acomodam com facilidade, com ligeira vantagem para o TrailBlazer, que possui assoalho rebaixado na terceira fileira e permite uma melhor acomodação. Além disso, os bancos se rebatem com facilidade. Ao puxar de uma fita, a terceira fileira se transforma em espaço para bagagem e, assim, transportam-se 878 litros. O SW4 leva 900 litros assim, mas, além de ter menos espaço para os passageiros, os bancos têm difícil operação e ficam literalmente pendurados, ocupando espaço físico do bagageiro.

Quem for sentado no porta-malas conta com uma facilidade extra no Chevrolet, já a segunda fileira se rebate com apenas um movimento. O Toyota exige a operação de duas alavancas. Nenhum é complexo, mas o sistema do TrailBlazer é mais cômodo.

Vantagem no papel, não na rua

Com motor 3.0 turbodiesel, o Hilux desenvolve 171 cv, enquanto o Trailblazer consegue tirar 180 cv de um bloco 2.8 com igual configuração. Com mais marchas que o rival, fica difícil explicar porque o TrailBlazer não tem a mesma disposição do Toyota. Talvez seja o maior tempo de experiência da marca de origem japonesa no ramo, mas o fato é que o Hilux acelera com mais disposição e, num trecho 2/3 urbano e 1/3 rodoviário, marcou um consumo de 8,1 km/l, contra 6,8 km/l do TrailBlazer na mesma situação. Apesar de mais forte, o motor do Chevrolet precisou lidar com um câmbio indeciso, como se não soubesse o que fazer com tantas engrenagens, trocando de marchas a menor alteração de pressão no acelerador. O arcaico câmbio de quatro marchas da Toyota, porém, cumpriu seu papel sem sequer ser notado.

Confiabilidade é um item intangível e não basta para cravar que o Hilux é melhor que o concorrente. Mas, sendo menor, é mais fácil em manobras. A suspensão, mais macia que a do TrailBlazer, faz o carro rolar em curvas, mas transforma qualquer rua esburacada em terreno transponível. Basta lembrar que a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), a tropa de elite da Polícia Militar paulista, substituiu os antigos Blazer por uma versão anterior a do atual SW4.

As belas formas externas do TrailBlazer garantem um passeio em que o motorista é o centro das atenções, mas a visibilidade é prejudicada pelas linhas altas das laterais. Com amortecedores mais rígidos, o Chevrolet faz curvas melhor, mas transmite solavancos ao interior.

Escolha de Thiago Moreno - Mais moderno, barato, potente e prático que o rival, o TrailBlazer é o melhor negócio do comparativo. Ao Hilux SW4, restam os compradores que buscam um veículo mais simples, resistente e fácil de dirigir.

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