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Tora! Tora! Tora!

A Nissan dispara o míssil Sentra SE-R Spec V para incendiar o mercado de carros esportivos no Brasil

02/10/2008 - Eduardo Hiroshi (Car and Driver) / Fotos: Wagner Menezes/M2 / Fonte: iCarros

Você não é obrigado a entender o significado do título desta reportagem. Nem largar a revista para descobrir no Google que ‘Tora! Tora! Tora!’ foi o código que os japoneses usaram para iniciar o ataque à base americana de Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941. Traduzida ao pé-da-letra, tora significa tigre. E está formada a analogia: o que você verá neste comparativo é a investida de dois tigres japoneses, cada qual ao seu modo, empenhados em marcar território. O que as feras pretendem é abocanhar o pouco explorado naco de mercado local dos esportivos que cabem nos bolsos mais apertados. A equação é básica: lucro e prestígio para quem fabrica, diversão e prestígio para quem compra. Até aqui, o Honda Civic Si dominava o pedaço: era a única opção de sedã quatro portas nervoso. Era – já que, a partir de mais alguns meses, passará a dividir forças com o Nissan Sentra SE-R Spec V que, por enquanto, apenas está sondando a área. A Nissan diz que não tem planos de trazer o carro, que a única unidade disponível é para estudos de mercado e et cetera. Traduzindo o dialeto, o carro virá, pois a marca sabe que este tipo de modelo fará bem para a imagem da empresa, ainda muito associada aos utilitários 4x4. E quem afirmar que o preço do SE-R estará próximo dos R$ 99.500 cobrados pelo Si, corre o sério risco de estar certo. Bem, mas o que fazer com um carro que nos foi cedido pela marca por alguns dias ‘apenas para sondar o mercado’? Convocar o outro tigre e colocar as duas feras na arena para brigar, é claro! Prepare-se, pois: o que o amigo verá a seguir é apenas uma prévia do que teremos nas ruas nos próximos meses. Honda Civic Si Dirigir um Civic Si é um permanente exercício de autocontrole. É um daqueles carros que exige que o motorista pise fundo no pedal direito – no caso, um acelerador tipo prancha, colado no assoalho, como nos esportivos de antigamente. Ao girar a ignição, o painel acende em vermelho, não no azul relaxante do Civic normal: sinal de que há um coração nervoso prestes a disparar. Os bancos com largas abas laterais e revestimentos de camurça, como nos carros de competição, o belo volante de três raios e a ótima posição de dirigir completam o ambiente. Pé no fundo, o carro ganha velocidade rapidamente. Quando o conta-giros chega às 6.000 rotações, faixa em que a maioria dos carros começa a perder fôlego, o Civic dá um pequeno coice: é o momento em que o comando variável do motor entra em ação, mudando o regime de cruzamento das válvulas. A potência máxima de 192 cavalos é atingida a 7.800 giros, um pouco antes da faixa vermelha que começa em 8.000 rpm. A potência específica é de 96,1 cv/l, relação típica de carro turbinado. Como comparação, o Sentra tem 81 cv/l. O comportamento do carro é referência. Um exemplo: o fotógrafo Wagner Menezes pediu para que entrássemos forte em uma curva fechada. O Civic não saiu do foco das lentes, dobrou com tranqüilidade e equilíbrio. O Sentra saiu desfocado: o Nissan entrou na curva brigando com o motorista, exigindo correções no volante para manter o traçado e o nariz apontado para o raio da curva. O comportamento neutro do Honda é mérito da suspensão traseira independente, da calibragem mais dura de molas e amortecedores e da maior rigidez da carroceria.
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