Gol, o rei há 23 anos, agora tem o Uno em sua cola
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O Volkswagen tem desenho conservador e o Fiat resolveu ousar
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Gol vem com rodas de 14 polegadas, mas de aço com calotas
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O Uno tem aro 13 e rodas de liga-leve são vendidas como opcional
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Uno abusa dos quadrados com pontas arredondadas
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Gol usa a grade lisa que caracteriza a linha Volkswagen
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Gol de 1980 vem à mente de quem olha o Gol G5
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Traseira do Uno tem um que de Punto
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Painel do Gol é bem acabado e pode ter comandos do rádio no volante
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Painel completo assim é opcional no Gol. De série, falta o conta-giros
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Bancos do Gol vieram do Gol de quarta "geração"
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Porta-malas do Gol leva 285 litros
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Painel do Uno tenta remeter ao 500 e agrada pelos materiais
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Instrumentos do Uno básico também não tem conta-giros, mas conta com o econômetro
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Bancos do Uno são confortáveis e o espaço é bom
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Porta-malas do Uno leva 290 litros
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Era uma vez, um mercado automobilístico em um País chamado Brasil. Nele, o rei Volkswagen Gol assumiu o trono em 1987 e não mais deixou o posto. É claro que, em alguns meses, perdeu a soberania para os Fiat Tipo e Palio, mas, no final do ano, lá estava ele no topo novamente. A Fiat, porém, não desistiu de alcançar o primeiro lugar de vendas entre os modelos e ameaça agora o reinado com o novo Uno.
Desde que foi lançado, em maio, o Uno diminuiu a vantagem do Gol em relação ao Palio, então segundo colocado. Em abril, o Volkswagen, em suas duas gerações vendidas, somou 22.175 unidades contra as 13.381 do rival. O Mille, sozinho, vendeu 13.081. Com a chegada do Uno, que soma suas vendas com as do Mille, o placar foi favorável ao líder em 24.236 a 14.161. Em julho, a diferença foi somente de 2.258. Na primeira quinzena de agosto, a perseguição continua, mas ainda favorável ao Gol, com 12.170 a 10.679.
Para cativar o consumidor, a Fiat bebeu na mesma fonte da Volkswagen quando trocou a geração do Uno. Assim como o Gol, o novo modelo remete ao antigo, mas com um desenho muito mais moderno. Ao contrário do sisudo e metido a esportivo rival, o Fiat adotou um desenho lúdico e temático, espalhando o quadrado com as pontas arredondadas por toda a carroceria, da grade assimétrica aos refletores traseiros. Por dentro, eles estão na escala da temperatura do controle de ar e na estampa dos bancos.
O Gol foi feito para lembrar a sua primeira versão, lançada em 1980. A traseira tem uma caída mais suave e lanternas pequenas nas extremidades da carroceria. O estilo, como em todo Volkswagen, é mais conservador, o que tende a dividir menos as opiniões, ao contrário do Uno.
Os reis estão nusPara chegar ao topo com o novo Uno, a Fiat mirou na parte mais sensível do ser humano: o bolso. Deixou o Mille como o modelo mais barato de sua linha (R$ 23.780) e lançou o Uno abaixo do Gol. A nova geração custa R$ 27.590. O Gol G5 sai por R$ 30.880. No duelo com o Mille, a Volkswagen tem o Gol G4, que custa R$ 27.530.
Voltando às versões mais novas de Gol e Uno, os preços não são exatamente baixos, ainda mais quando olhamos para a lista de itens de série. As montadoras rechearam os catálogos com calotas integrais, porta-luvas com tampa e hodômetro digital, mas o fato é que os dois vêm pelados. O único que leva vantagem é o Gol, por ter para-choques pintados na cor da carroceria e rodas de 14 polegadas. O Uno tem econômetro no painel. Itens como limpador e desembaçador do vidro traseiro, ar quente e conta-giros, só pagando à parte.