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XF x 328i x Classe C: trinca de luxo

O luxo não é para poucos. Entre o Jaguar XF Luxury, o BMW 328i Sport GP e o Mercedes-Benz C250 Sport, qual é o melhor?

20/01/2015 - Texto: Thiago Moreno / Fotos: Thiago Moreno e Gabriel Aguiar / Fonte: iCarros

Bem-vindo a uma fatia do mercado que, se ínfima, ao menos não sofre com palavras que são ditas com muita discrição nesse segmento, como “opcionais” ou “financiamento”. Estamos falando de sedãs de luxo, mas não aqueles mais acessíveis com bancos de tecido que um dia talvez, quem sabe, sejam fabricados aqui. Quando o Jaguar XF Luxury, o BMW 328i Sport GP e o Mercedes-Benz C250 Sport entram na disputa, a discussão é para ver quem tem mais couro por metro quadrado da cabine, quem tem mais sistemas eletrônicos de segurança ou quem consegue chegar a 250 km/h (em tese, claro).

Como nesse mercado os interessados não pagam pouco, eles exigem muito. Os três rivais entregam o trivial para o segmento: motorização turbo, câmbio automático, ar-condicionado digital de duas zonas, bancos com regulagens elétricas e memória e todos os controles de tração e estabilidade possíveis. Aqui, não há dúvidas se os vidros elétricos são itens de série, mesmo porque os preços são dignos de uma boa entrada numa residência nova. O XF Luxury custa R$ 231.700, mas a Jaguar está liquidando as versões 14/15 por R$ 199 mil; O C250 custa R$ 189.900; e o 328i é o mais caro: R$ 203.950.

Quer luxo? Vá de Jaguar

Tão inglês quanto a rainha, o chá das cinco e o Big Ben, o Jaguar XF Luxury te faz sentir-se mal por chegar atrasado aos compromissos. E o “Luxury” não é de enfeite, pois o sedã é o que traz o couro mais macio entre os três e o que mais faz o motorista se sentir especial. Culpa de diversos mimos eletrônicos que fazem os passageiros terem certeza de estarem num carro de outro nível logo de cara.

O mais emblemático foi o sistema de abertura e fechamento das saídas de ar. Com o carro desligado, o painel parece não ter saída alguma. Mas basta ligar o contato para que elas se revelem com o poder da eletricidade e acompanhadas por sonoros “ooooh” dos passageiros. Se há uma crítica, fica apenas para o sistema multimídia, cujo software tem a aparência mais antiga entre os três carros.

E o sedã faz isso sem apelar para soluções fora do convencional. Seu visual é bem discreto e só se revela bonito a partir de uma segunda olhada, já que dá trabalho ser discreto medindo 5 m de comprimento, 2 m de largura, 1,5 m de altura e 2,9 m de entre-eixos (é o maior dos três rivais em todas as dimensões). São linhas sublimes e caimentos suaves que fazem do XF um carro especial também para olhar.

O seu 2.0 turbo a gasolina gera 240 cv e só perde para o BMW por 5 cv. A tração é traseira e o câmbio é automático de oito marchas como no 328i. Mas o Jaguar não está disposto a adotar as infantilidades do sedã bávaro: mesmo com pé fundo no acelerador não há trancos na arrancada muito menos em trocas de marchas. Você só percebe que está prestes a perder sua habilitação por velocidade excessiva se olhar o velocímetro, pois, até lá, irá jurar que não tinha passado de 80 km/h.

Essa capacidade de andar a ritmos velozes sem deixar o motorista perceber é fruto de um isolamento acústico digno de ser usado no quarto do pequeno príncipe George sem que lhe atrapalhem o sono real. E também graças ao acerto de suspensão, com mais curso que nos rivais germânicos, que permitiu um sistema mais suave, mas que controla bem os nada modestos 1.735 kg do carro.

Maior em todas as dimensões, mesmo no porta-malas de 500 litros, o Jaguar XF foi também o que levou melhor os cinco ocupantes, ou quatro mais seu pet exótico de médio porte. O espaço interno é mais que o suficiente para todos, tanto para pernas quanto cabeças.

Em suma, é o carro para quem busca conforto e não quer chamar a atenção.

Quer apenas esportividade? BMW

O conforto do Jaguar te deu sono? Então se prepare para mudar de ritmo com o BMW 328i ActiveFlex Sport GP (esse é o nome inteiro). É o mais potente do trio com um 2.0 turbo flex de 245 cv quando abastecido com etanol e também o que mais mostra uma veia esportiva.

Ele não é pequeno nem leve, tem 1.578 kg, 4,6 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,4 m de altura e 2,8 m de entre-eixos. Mas é o que mais gruda o motorista contra o banco nas acelerações, principalmente no modo Sport Plus que deixa tudo mais firme e arisco nas respostas do carro. Nesse acerto, o câmbio automático de oito velocidades dá um soco nas costas motorista a cada troca e a direção fica pesada para passar mais firmeza nas curvas.

Em mudanças de direção, foi o mais prazeroso. Apesar ter tração traseira e suspensão independente nas quatro rodas como os demais rivais, foi o que menos oscilou em curvas e o que as contornou de maneira mais rápida e segura.

Mas nem tudo são flores. O carro é o mais caro do trio e o que tem o visual mais simples tanto externa quanto internamente, e não de uma maneira elegante como no Jaguar. Dos três, é também o que tem o acabamento mais simples e, se procurar bem, vai encontrar plásticos rígidos nas porções mais inferiores do painel.

O espaço traseiro também é o menor, com as caixas de rodas proeminentes sobre o encosto, fazendo com que três caronas se apertem, sendo que o do meio ainda precisa lidar com um alto túnel de transmissão que corta o assoalho. Além disso, a elogiada dinâmica do carro cobra seu preço em conforto, pois, nos buracos, é o que mais transmite os solavancos para a cabine.

Numa linha, o 328i é um carro para cruzar as Autobahns, as alemãs, sem limite de velocidade. Não confundir com brasileira Autoban que cuida da Rodovia dos Bandeirantes.

Tá na dúvida? Mercedes

Ficou na dúvida? É libriano? Quer o luxo do Jaguar com o desempenho do BMW? Então fique com o Mercedes-Benz C250 Sport.  Seu visual é mais refinado que o do 328i e, com 1.480 kg, é quase 100 kg mais leve que o rival bávaro. Isso compensa o fato de o seu motor 2.0 turbo a gasolina ser o mais fraco do trio, com 211 cv, e por ter uma marcha a menos em seu câmbio automático.

A carinha de “mini Classe S” caiu bem ao sedã, que consegue se destacar no trio de rivais sem chamar muita atenção. O interior segue a mesma filosofia, com linhas elegantes, mas mais modernas que as do Jaguar e acabamento melhor que o do BMW. O banco traseiro sofre com a mesma limitação do 328i: os carros possuem as mesmas medidas com exceção ao comprimento, que é de 4,7 m no Mercedes, e três no banco traseiro se apertam. Tanto O C250 quanto o 328i levam 480 litros de bagagem no porta-malas.

Rodando, o Mercedes consegue andar tão bem quanto o BMW e ser quase tão confortável quanto o Jaguar. Está um pouco mais firme que o XF, mas o isolamento acústico da cabine é tão bom quanto.

Resumindo: elegante e confortável como o XF, o C250 também não fica muito para trás do BMW em desempenho.

Veredicto de Thiago Moreno - Ao contrário de carros populares, onde basta saber qual é o mais barato ou qual é melhor equipado pelo preço, com esses três sedãs luxuosos a resposta é bem mais pessoal e varia de acordo com a prioridade do comprador. Mas o Mercedes-Benz C250 Sport sai vitorioso por ser mais em conta e mandar bem em todos os quesitos, não se destacando apenas pelo luxo e conforto (XF) ou pela esportividade (328i). Isso e porque ele satisfaz os librianos indecisos (como eu) de plantão.
 

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