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Comprar um carro hoje é muito mais barato do que há 25 anos

Em 1994 você precisava ser muito mais rico para comprar um Ford Escort do que hoje precisaria para ter um Mustang

25/04/2019 - João Brigato / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

O constante aumento de preços dos carros no Brasil faz com que muitos estejam já acostumados a reclamar do quanto comprar um modelo 0km por aqui é custoso. De fato, não há como negar que nossos carros são caros, mas a situação já foi bem pior. Em 1994, primeiro ano do plano real, era preciso muito mais dinheiro para ter um carro novo na garagem.

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Mustang ou Escort?

Quer um exemplo? Um Ford Escort XR3 conversível custava R$ 36.683 em 1994. O preço pode até parecer convidativo, afinal é um valor que em 2019 é possível comprar apenas um subcompacto dos mais baratos. Mas quase R$ 37 mil de ontem não valem a mesma coisa hoje: é preciso adicionar a inflação.

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Com valores corrigidos de acordo com o índice IPCA, o Escort custaria hoje R$ 187.826. Um valor bastante alto para uma versão esportiva derivada de um hatch médio. Como o Focus, sucessor do Escort, nunca teve versão conversível ou esportiva no Brasil, comparemos ele ao Mustang.

Custando R$ 315.900, ele demanda exatos 316,5 salários mínimos para ser comprado hoje. Já para ter um Escort XR3 em 1994, era preciso nada menos do que 524,1 salários mínimos da época. Nesse caso, o valor do XR3 não foi atualizado com o índice IPCA, usando comparação direta com salário e preço do carro em valores da época. Hoje o salário mínimo é de R$ 998, enquanto em 1994 era de R$ 70.

O carro mais barato do Brasil

Já que preço alto é a preocupação, comparemos o carro mais barato do Brasil de hoje com o seu equivalente de 1994. Há 25 anos, o Volkswagen Fusca 1600 era a maneira menos custosa de ter quatro rodas e um motor andando nas ruas. Saindo por R$ 6.743, na época, hoje ele não custaria menos de R$ 34.525.

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Com os valores ajustados de acordo com o índice IPCA, o Fusca custa R$ 7.035 a mais que um Chery QQ Smile, o atual carro mais barato do Brasil. O QQ 0 km custa por R$ 27.490, necessitando de 27,5 salários mínimos para ser comprado. Já o Fusca, demandava 96,3 salários mínimos em 1994.

O rei dos importados de 1994

Com a reabertura das importações pelo governo Collor em 1990, o Brasil foi inundado por carros importados. Um dos grandes destaques era o BMW Série 3. Na época, era preciso desembolsar R$ 61.746 por um 325i. Barato não? Um valor hoje equivalente a um Chevrolet Prisma.

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Mas reajustado de acordo com o índice IPCA, o Série 3 do passado deixa de ser uma bagatela. Seria preciso pagar R$ 314.772 em dinheiros de hoje. Para ter um na garagem, seriam gastos 878,3 salários mínimos. Um Série 3 na versão 330i GP Sport recém lançada custa R$ 269.950, ou o equivalente a 270,5 salários mínimos de 2019.

Popular impopular

A faixa de preços dos carros populares hoje no Brasil é consideravelmente alta. A maioria dos modelos nessa categoria está na seara dos R$ 45 mil. Um Chevrolet Onix Joy, por exemplo, não sai por menos de R$ 46.590, equivalente a 46,7 salários mínimos. Seu antepassado, o Corsa Wind 1.0 cobrava R$ 7.350, ou R$ 37.633 em valores atualizados. Em salários mínimos da época, representa 105 pagamentos.

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Na Fiat, a porta de entrada no mundo dos populares era o Mille Eletronic de R$ 7.254. Hoje o posto é ocupado pelo Mobi Easy, ao custo de R$ 32.990. Ele é mais barato que o Mille, que após atualização de valores bate os R$ 37.142. Mesmo em equivalência de salários, o Mobi desprende 33 pagamentos, enquanto o Uno pedia 103,7 salários mínimos.

Esportivos nacionais

Se você queria um hatch esportivo em 1994, tinha como opção VW Gol GTI e Chevrolet Corsa GSi. O Gol saia por R$ 22.801, enquanto o Corsa batia os R$ 21.500. Populares esportivos, certo? Mas hoje, esses mesmos modelos custariam, respectivamente, R$ 116.746 e R$ 110.085. Apenas reflita o quão absurdo soaria hoje pagar mais de R$ 100 mil em um hatch pequeno.

No mercado brasileiro atual teríamos o Polo GTS como sucessor do Gol GTI. Mas como ele não chegou ainda, a comparação será com o Golf GTI. Ele sai por R$ 146.290, mais caro que o Gol mesmo com valores atualizados. Porém, ele demanda 146,6 salários mínimos para ser comprado, enquanto o Gol da época exigia 325,8 salários mínimos.

No caso do Corsa GSi, não há um modelo na Chevrolet com a mesma pegada. Usemos como exemplo então o Peugeot 208 GT, que estaria na mesma categoria. O 208 apimentado é mais barato: R$ 87.290, ou 87,5 salários mínimos. O Corsa GSi, por outro lado, precisava de 307,2 salários mínimos para ser comprado em 1994.

Médios sempre acima dos R$ 100 mil

Pensar em pagar menos de R$ 30 mil em um hatch ou sedã médio parece um sonho possível somente em mercados de usados. Só que em 1994, para levar um Chevrolet Vectra GLS para casa, era preciso desembolsar R$ 29.223. Um Kadett GLS saia por R$ 18.020, enquanto o VW Logus na versão esportiva GLSi 2000 custava R$ 27.267.

Hoje, seus equivalentes estão sempre acima dos R$ 100 mil. O Cruze, sucessor do Vectra, na versão LTZ 1 parte de R$ 108.290, enquanto sua versão hatch mais completa (Sport6 LTZ 2), que substituiria o Kadett, vai a R$ 119.690. No lugar do Logus, temos o Jetta R-Line por R$ 119.990.

No entanto, com valores atualizados, os velhinhos eram bem mais caros. O Vectra não sairia por menos de R$ 146.629, enquanto o Logus bateria R$ 139.614. Apenas o Kadett ficaria abaixo dos seis dígitos: R$ 92.267. Mas vale lembrar que ele já era um carro bastante ultrapassado na época.

Em comparações de salário mínimo, temos um Logus saindo por 389,5 pagamentos contra 120,3 do Jetta. Entre os Chevrolet, o Vectra demandava 417,5 salários mínimos, contra 108,5 pedidos pelo Cruze. Por fim, temos o Kadett que, mesmo mais barato, era preciso juntar 257,5 salários mínimos em 1994 para comprá-lo, enquanto o Cruze Sport 6 pede 119,9 salários mínimos de 2019.

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