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De bicicleta no aniversário de São Paulo

Capital paulista completa 459 anos com trânsito caótico e transporte público ineficiente. Que tal mudar de ares?

24/01/2013 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Aos 459 anos de idade, a cidade de São Paulo já viu vários modais de transporte serem utilizados: dos barcos no rio Tietê aos modernos trens que cortam o município. Nesse aniversário paulistano, comemorado em 25 de janeiro, que tal dar uma folga ao trânsito da cidade e pedalar?

Para começar a ver a cidade por detrás de um guidão, a tarefa não parece ser das mais simples. O relevo da cidade é acidentado e ainda não há uma fiscalização efetiva para coordenar o trânsito de carros e bicicletas. Porém, há formas de amenizar a situação. Vista o capacete, dê um toque na buzina e se apoie no pé de vela: é hora de ver como é possível ver São Paulo a bordo de uma bicicleta.

Mobilidade compartilhada

Caso você não tenha sua própria “magrela”, o Itaú oferece por meio do programa Bike Sampa um sistema de compartilhamento de bicicletas. São 98 pontos na cidade de São Paulo (SP), onde os veículos ficam estacionados. Para pegar uma, basta fazer um cadastro no site do programa, o que exige um cartão de crédito válido, e o pagamento de uma taxa de R$ 10.

Após isso, basta ligar nos telefones de atendimento indicados no site ou baixar um aplicativo para smartphones, informar em qual estação você está e qual bicicleta você escolheu. Automaticamente, a estação liberará a informada e você terá 30 minutos para andar com a bike do jeito que achar melhor e sem pagar nada a mais. O cliente pode utilizar quantas vezes quiser o serviço sem custo adicional, mas, se o passeio durar mais de meia hora, serão cobrados R$ 5 a mais para cada 30 minutos extras do cartão de crédito registrado. A devolução pode ser feita em qualquer estação, não só naquela em que a bicicleta foi retirada.

A bike do programa, identificada pela cor laranja, possui cestinha para carregar objetos, banco com regulagem de altura, para-lamas, buzina e sinalização reflexiva. O quadro é feito em alumínio para reduzir o peso da bicicleta, que possui rodas com 26 polegadas de aro. Para amenizar o esforço em aclives, ela utiliza um câmbio de três marchas.

Eletrificando o passeio

Para quem pretende andar de bicicleta todos os dias, não só por recreação, a Velle oferece o modelo Elétrika 1000, uma bike que é assistida por um motor elétrico de 250 Watts. Como o propulsor só entra em ação quando o ciclista pedala, além de não tirar a diversão do exercício, essa bicicleta não precisa ser emplacada como uma motocicleta elétrica e pode rodar em ciclovias normalmente.

A Velle é a linha de bicicletas elétricas da CRZ E-Power, divisão de veículos elétricos da chinesa CR Zongshen, que também opera no segmento de motos com a marca Kasinski. Pela Elétrika 1000, a Velle cobra R$ 2.290, valor que pode parecer alto em termos absolutos, mas entrega o benefício de uma locomoção barata, eficiente e mais importante - que não polui nem gera trânsito. Segundo a marca, uma carga completa da bateria leva de quatro a cinco horas, dando uma autonomia que pode variar de 15 a 25 km, dependendo do peso do condutor, do terreno e da quantidade de auxílio escolhido para pedalar. Quanto mais peso, inclinações e nível de ajuda do motor elétrico, menos autonomia. A Elétrika 1000, porém, traz velocímetro digital e um indicador do nível da bateria para se monitorar a carga e o câmbio de sete velocidades, quando bem usado, pode levá-la mais longe.

A posição de guiar é confortável como numa bicicleta estilo Mountain Bike, de onde o quadro foi inspirado, mas a Elétrika 1000 é um pouco mais comprida para acomodar a bateria de chumbo ácido. Em troca pelo conforto de fazer pouco esforço nas subidas, o auxílio elétrico aumenta o peso da bicicleta, porém. Fica mais difícil carregá-la ou manobrá-la e, em terrenos acidentados, a bike pula bastante.

Bicicletas nas ruas e no transporte público

Quem for andar de bicicleta no feriado do aniversário da capital paulista poderá contar tanto com o Metrô como com os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Ambas empresas autorizam os usuários a levarem suas bikes dentro dos trens em datas comemorativas e finais de semana. A única exigência é que aqueles com bicicletas utilizem apenas o último vagão, sendo que apenas quatro bikes são autorizadas por viagem. Para ver o regulamento completo, que também contém instruções para os dias úteis, basta acessar o site do Metropolitano e da CPTM.

Ciclofaixas, ciclorotas e ciclovias - Na cidade de São Paulo (SP), há três tipos de caminhos para bicicletas onde elas são prioridade. A mais conhecida é o que a prefeitura chama de ciclovias, faixas separadas dos carros e exclusivas para bikes que funcionam todos os dias. As principais estão nas avenidas Sumaré, na zona Oeste, e Brigadeiro Faria Lima, na zona Sul. Além delas, há uma na marginal do Pinheiros que beira o rio de mesmo nome.

Já as ciclorotas são trechos sinalizados e afastados das vias de grande movimento onde as bicicletas têm toda a preferência. Elas foram feitas para viabilizar o uso das “magrelas” como alternativa de transporte e estão presentes nos bairros do Brooklin, Moema, Mooca e Lapa.

As mais recentes são as ciclofaixas de lazer. Iniciativa da prefeitura de São Paulo que bloqueia alguns trechos das principais avenidas da cidade para uso exclusivo das bicicletas. Além de pessoas para sinalizar o trajeto, as vias contam com apoio em caso de pneus furados ou correntes que soltam no meio do caminho. O trajeto é demarcado por faixas no asfalto e cones. O funcionamento acontece em domingos e feriados das 7h às 16h e, nesse período, os automóveis são obrigados diminuir a velocidade para manter a segurança dos ciclistas.

World Bike Tour -  uma das comemorações de amanhã será a edição paulistana do World Bike Tour, evento para a conscientização do uso da bicicleta como meio de lazer e transporte não-poluente. Para a edição 2013 do evento, está prevista a participação de cerca de 8.000 ciclistas que passarão por um percurso de aproximadamente dez quilômetros, saindo da Ponte Octávio Frias filho, a “ponte estaiada”, até o velódromo da USP via Marginal Pinheiros.

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