04/12/2015 - Thiago Moreno / Foto: iCarros / Fonte: iCarros
No acumulado do ano, somando-se as vendas entre janeiro e novembro, foram vendidas 2.259.684 unidades, contra 2.975.455 no mesmo período de 2014; a queda foi de 24,2%. “Quando estudamos os números do acumulado do ano, vemos que o número de vendas voltou aos patamares de 2007”, afirma Luiz Moan, presidente da associação. Porém, o executivo acredita num início de estabilidade: “Nós conseguimos estancar a queda e mantivemos números similares de venda em outubro e novembro”.
Vendas se estabilizam; produção continua em queda
Com altos níveis de automóveis estocados - Anfavea reconhece que, em média, um carro em novembro levou 50 dias entre ser fabricado e comprado pelo consumidor final - as vendas podem até ter se estabilizado, mas a produção continua apresentando quedas significativas. Em novembro foram construídos 169.617 veículos de passeio e comerciais leves, contra 197.037 unidades em outubro. A queda foi de 13,9%. Na comparação com novembro de 2014 a retração foi de 32,5%, pois naquele mês foram produzidas 251.208 unidades.
Mesmo no acumulado do ano, que poderia absorver pequenas variações ao longo dos meses, houve queda de 20,9% na comparação entre 2015 e 2014. Somando-se os veículos fabricados entre janeiro e novembro, foram 2.195.054 unidades nesse ano contra 2.942.357 em 2014.
Exportações sobem pouco - Apesar de uma alta de 40,5% em relação a novembro de 2014, graças em parte a recente desvalorização do real, as exportações de veículos montados totalizaram apenas 33.373 unidades em novembro de 2015, contra 23.749 no mesmo mês do ano passado. Houve queda de 9,9% na comparação com outubro de 2015, quando 37.060 unidades foram exportadas.
Empregos em ritmo de queda
O número de pessoas empregadas na indústria automotiva - somando-se também os trabalhadores dos segmentos de caminhões, ônibus, implementos rodoviários e máquinas agrícolas - totalizou 131.190 em novembro de 2015. No mesmo mês de 2014 eram 146.161 pessoas. A queda foi de 10,2%.
E mesmo assim os números não são totalmente corretos: “do total, cerca de 40 mil trabalhadores estão no PPE (Programa de Proteção ao Emprego) e outros seis mil em algum tipo de férias coletivas”, afirmou Luiz Moan. Assim, pouco mais de 85 mil pessoas estão trabalhando em tempo integral na indústria automotiva.
O PPE é um programa do governo federal que permite às indústrias diminuir as jornadas de trabalho e, proporcionalmente, o salário de funcionários em até 30% com intuito de evitar mais demissões, sendo que o governo arca com um incremento de até 15% sobre o salário reduzido usando recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Previsão para 2015 não é otimista
De acordo com a Anfavea, a expectativa é de que o número total de produção de veículos de passeio e comerciais leves encerre 2015 com um total de pouco mais de 2.418.000 unidades, enquanto o licenciamento deve ficar em cerca de 2.540.000. Na comparação com 2014, que produziu 3.146.000 e comercializou 3.498.000, as quedas podem chegar a 23,2% e 27,4%, respectivamente.
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