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XL1: quando a VW criou e vendeu um carro que fazia 111 km/l

Idealizado pela Volkswagen para se tornar o carro mais econômico do mundo, o XL1 realmente foi vendido ao público

15/08/2018 - João Brigato / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Em abril de 2002 durante a conferência anual da Volkswagen, o então presidente do grupo, Ferdinand Piëch, apresentou o conceito 1-Litre. Apesar do visual estranho e futurista, a promessa era de produzir um carro que consumisse apenas 1 litro de combustível a cada 100 km. A ideia demorou para ser concretizada e apenas em 2013 a Volkswagen atingiu seu objetivo e lançou o XL1, que marcava impressionantes 111,1 km/l.

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O 1-Litre apresentado em 2002 era totalmente diferente do XL1 que chegou a ser vendido em 2013. Originalmente, o modelo conceitual usava um minúsculo motor 0.3 de apenas um cilindro movido a diesel com 8,4 cv. A transmissão era automatizada de embreagem única com seis marchas, tendo seletor atrás do volante. Pesando apenas 290 kg, o 1-Litre teve sua produção anunciada até o fim da primeira década dos anos 2000, algo que não aconteceu.

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A Volkswagen retomou a ideia de um modelo extremamente frugal em 2009. Batizado de L1, o conceito foi apresentado no Salão de Frakfurt com uma nova receita. O motor de um cilindro dava lugar a um 0.8 turbo diesel dois cilindros (literalmente um 1.6 TDI usado em Polo e Golf europeus, só que cortado ao meio) atrelado a um motor elétrico que operava apenas em distâncias curtas. A potência declarada era de 27 cv ou 39 cv com o modo Sport ativo.

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Assim como o conceito original, o VW L1 era pequeno: apenas 3,81 m de comprimento, 1,14 m de altura e 1,2 m de largura. O peso de 381 kg era atingido apenas graças ao uso de materiais leves como alumínio e fibra de carbono. Outra herança do primeiro conceito era o posicionamento dos bancos: por ser extremamente estreito, o L1 colocava o passageiro sentado atrás do motorista.

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A versão de produção do Volkswagen que faz 111,1 km/l só apareceu em 2011 no Salão do Qatar. Mais próximo de um carro comum, ainda que conservasse muito do visual exótico, o VW XL1 mudou drasticamente para chegar às ruas. O motor era o mesmo 0.8 dois cilindros turbo diesel, porém remanejado para render 48 cv. Junto a ele estava um propulsor elétrico de 27 cv que poderia atuar em conjunto ao diesel ou de maneira totalmente independente por até 35 km, com velocidade máxima de 80 km/h (a partir daí o motor diesel entra em ação).

Associado ao motor diesel estava a transmissão automatizada de dupla embreagem com sete marchas. As medidas eram mais generosas que as do L1, mas ainda assim bastante restritas. O comprimento de 3,97 m é praticamente o mesmo de um Gol (3,89 m), enquanto a largura de 1,68 m e apenas 4 cm maior que a de um up!. O que impressiona é sua altura, de míseros 1,18 m, a mesma do clássico VW SP2, um carro reconhecido por ser extremamente baixo.

O estilo era, inegavelmente, de um carro conceito. A carroceria era mais larga na dianteira que na traseira, tudo em nome da aerodinâmica. A preocupação com o arrasto do vento era tão grande que o segundo par de rodas era coberto e os retrovisores foram substituídos por câmeras. As minúsculas entradas de ar dianteiras só eram abertas caso de extrema necessidade de refrigeração do motor. Além disso, as luzes eram feitas totalmente de LED para serem mais leves e finas quanto possível.

O modelo deixava claro o uso de materiais leves como alumínio e fibra de carbono, essa última exposta por toda cabine. Do subcompacto up! vinha o painel de instrumentos, parte central do volante e a tela multimídia (Maps & More). Para deixar a largura a menor possível, o Volkswagen XL1 tinha o banco traseiro deslocado 20 cm para trás do dianteiro. Os assentos, inclusive, eram extremamente finos e possuíam poucos ajustes. Direção hidráulica e vidros elétricos? Nada disso: sacrifícios tiveram que ser feitos para manter os 795 kg na balança.   

A produção teve início em meados de 2013 e durou até o segundo quadrimestre de 2014. Foram feitos apenas 250 Volkswagen XL1, sendo que 200 foram vendidos a pessoas selecionadas pela marca. O preço proibitivo de R$ 489 mil (€111,000) fez dele um dos carros mais caros da Volkswagen já vendidos na Europa e raramente um desses é visto no mercado de usados.

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