Fiat Linea ainda tenta um lugar ao sol

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O Fiat Linea foi reestilizado em abril deste ano

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Sedã é oferecido em duas versões de acabamento

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Grade, faróis, capô e para-choques mudaram na reestilização apresentada no começo do ano

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Na traseira, a placa saiu do para-choque e agora fica posicionada na tampa do porta-malas

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Sedã mede 4,6 m de comprimento, 1,7 m de largura, 1,5 m de altura e 2,6 m de entre-eixos

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Roda aro 17 que equipa o modelo das fotos é acessório

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Linea vem de série com direção hidráulica, bancos revestidos parcialmente de couro e volante com comandos de áudio

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Espaço no banco traseiro é muito bom, compatível com a média no segmento de sedãs médios

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O porta-malas do Linea tem capacidade para 500 litros

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Interior com acabamento em dois tons dá um ar elegante ao carro, mas falta uma central multimídia mais moderna com tela sensível ao toque

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Câmbio automatizado Dualogic de cinco marchas vem de série na versão topo de linha

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Motor é 1.8 16V flex que rende 132 cv de potência com etanol e 130 cv com gasolina

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É verdade que, quando chegou ao mercado brasileiro em 2008, o Fiat Linea era muito caro pelo que oferecia, perdendo espaço para os concorrentes. A Fiat chegou a assumir que errou no preço. Hoje, porém, a situação é outra. Com a reestilização apresentada em abril deste ano, ele oferece tamanho de sedã médio com preço de compacto.

Isso quer dizer que, se ele brigaria em proporções com Honda Civic (entre R$ 68.400 e R$ 75.900) e Toyota Corolla (entre R$ 68.290 e R$ 94.390), em preço, ele se aproxima mais das versões topo de linha de modelos menores como Chevrolet Cobalt (de R$ 49.300 a R$ 53.500), Hyundai HB20S (de R$ 50.100 a R$ 60.075) e Toyota Etios Sedã (de R$ 42.470 a R$ 51.780).

Mas o caminho a percorrer é longo. Com rivais de peso, o Linea amarga a 10ª posição no ranking de vendas no segmento, segundo dados da Fenabrave (associação de revendedores). Ele está atrás de Nissan Sentra, Citroën C4 Lounge, Ford Focus Sedan e Renault Fluence. E na lista geral de veículos mais vendidos no Brasil, ele está em 50º lugar.

Sedã bem equipado

O Linea é oferecido em duas versões: Essence (R$ 56.630) e Absolute Dualogic (R$ 67.380). Pode parecer caro ainda, mas antes o modelo tinha preços iniciais acima dos R$ 60.000. O iCarros avaliou a configuração topo de linha, que traz de série ar-condicionado digital, direção hidráulica, sensor de estacionamento, rádio com entrada USB, Bluetooth e comandos no volante, controlador de velocidade (o popular piloto automático), trio elétrico, computador de bordo, faróis de neblina, volante revestido de couro com regulagem de altura e profundidade, bancos parcialmente revestidos de couro e rodas de liga leve aro 17.

O custo-benefício não está nada mal, mas falta um rádio mais moderno com tela sensível ao toque. A lista de opcionais inclui airbags laterais e de cortina, sistema multimídia com GPS e comandos de voz e kit com retrovisor interno antiofuscamento, sensor de chuva e acendimento automático dos faróis.

Mudanças ficam no visual

Além da redução nos valores, o sedã recebeu visual atualizado, com grade, faróis, lanternas, capô e para-choques novos. Na traseira, se destaca também a placa, que saiu do para-choque e agora fica posicionada na tampa do porta-malas. No geral, o Linea continua conservador, mas ao menos está mais elegante.

Nas dimensões, nada mudou. Ele segue com 4,6 m de comprimento, 1,7 m de largura, 1,5 m de altura e 2,6 m de entre-eixos. Com isso, o porta-malas também está idêntico, com capacidade para 500 litros.

Por baixo do capô, o sedã traz o mesmo motor 1.8 16V flex que rende 132 cv de potência com etanol e 130 cv com gasolina. Na versão Absolute avaliada, o câmbio é automatizado Dualogic, mas a configuração de entrada é equipada com transmissão manual, ambas de cinco velocidades.

O Dualogic – agora chamado de Plus - foi melhorado, mas ainda apresenta um defeito característico dos automatizados: o tranco ao mudar de marchas. Ele tira um pouco da agilidade do sedã e, às vezes, parece não saber qual marcha engatar. Além disso, o consumo se mostrou elevado durante a avaliação do iCarros, com média de 5 km/l na cidade e 9 km/l na estrada com álcool no tanque.

Com a reestilização, o Linea também recebeu novo acerto da suspensão, o que deu mais firmeza e mais estabilidade ao carro. Isso melhorou consideravelmente a dirigibilidade num modelo que já oferece bom acabamento e amplo espaço interno.

Veredito de Anamaria Rinaldi – Com a mudança, o Fiat Linea passa a ser uma opção interessante no segmento de sedãs médios, pois oferece o mesmo conforto a bordo por um preço mais camarada. Infelizmente, o câmbio Dualogic não ajuda. Ele é muito prático no trânsito, mas deixa o carro mais lento. Além disso, seus rivais adotam transmissões automáticas ou do tipo CVT (continuamente variável), que têm desempenho melhor. Fato é que o Linea melhorou - e bastante. 

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