Mercedes-Benz GLK: feito para a cidade

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O Mercedes-Benz GLK é vendido no Brasil em duas versões: 220 e 220 Sport

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A versão avaliada, a Sport, custa R$ 222.900

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SUV ocupa posição intermediária na linha da Mercedes-Benz

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Boa opção de compra, modelo esbarra no preço elevado

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O GLK mede 4,53 m de comprimento, 1,72 m de altura e 2,75 m de entre-eixos

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Rodas são de liga leve aro 19

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Detalhe das lanternas

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Faróis são bixenônio

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Há duas saídas de escapamento

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Motor é o 2.1 biturbo a diesel de 170 cv de potência. Torque desde as baixas rotações é destaque no SUV

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Porta-malas é amplo e leva 450 litros

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O acabamento interno é impecável, como esperado de um Mercedes

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O volante e o banco do motorista contam com ajustes elétricos, incluindo regulagem lombar

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Espaço no banco traseiro é muito bom, acomodando três pessoas sem problema

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Há saídas de ar para o banco traseiro

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Teto solar elétrico panorâmico vem de série

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Desenho do interior é sóbrio, mas elegante. Saídas de ar lembram turbinas de avião

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Detalhe do quadro de instrumentos. Tela no centro exibe um gráfico que ajuda a conduzir de modo econômico

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Comandos ficam todos à mão do condutor

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Central multimídia possui conexão Bluetooth e GPS integrado, mas tela não é sensível ao toque

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Desenho dos controles do rádio são antigos e mereciam uma renovação. Ar-condicionado tem duas zonas de temperatura

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Comandos de memória e de regulagem do banco do motorista ficam na porta

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Alavanca de câmbio fica atrás do volante. É possível ver também as borboletas para trocas de marcha manuais

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Volante traz comandos de áudio e do computador de bordo

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Partida se dá pela chave. Não há partida por botão no GLK

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O GLK nem sempre é lembrado como opção entre os modelos da Mercedes-Benz, ainda mais depois do lançamento do GLA. Os números de venda ainda comprovam este esquecimento: em 2014, foram comercializadas 523 unidades do SUV no Brasil, um volume baixo perto do rival BMW X3, que emplacou 1.303 unidades. Mas parece que a Mercedes não se importa com isso: “o volume do GLK foi planejado para atender à demanda do seu segmento”,  disse o gerente de marketing de produto da empresa, Evandro Bastos, ao iCarros.

Na verdade, o cliente encontra cinco modelos de utilitários esportivos no catálogo da Mercedes: GLA, GLK, GL, ML e G. São opções para todos os gostos, bolsos e anseios ao volante – há variantes da divisão esportiva AMG também. Falando especificamente do GLK, ele é maior que o novato GLA, se posicionando acima dele na linha da Mercedes-Benz. E quem compra o GLK? Segundo Bastos, o público desse SUV é tradicional e atraído por tecnologia. “O GLK atinge principalmente homens, com idade média de 50 anos, que procuram um automóvel espaçoso e bastante urbano”, explicou o executivo.

É, a verdade é que ele atinge exatamente esses dois pilares: espaçoso e urbano. O GLK mede 4,53 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,72 m de altura, com entre-eixos de 2,75 m – para comparar, um Toyota Corolla tem 2,70 m. Até aqui é possível perceber que espaço não é um problema no SUV, que leva três pessoas numa boa no banco traseiro. Quem vai no meio precisa apenas lidar com o túnel central alto, mas nada que chegue a incomodar. Ah, e o porta-malas? São 450 litros para colocar muita bagagem.

Preços e impressões

O GLK é vendido em apenas duas versões no Brasil: GLK 220, que custa R$ 190.900, e GLK 220 Sport, que sai por R$ 222.900 – esta última a avaliada por iCarros. Ambas são oferecidas apenas com motor 2.1 biturbo a diesel de 170 cv de potência e 40,7 kgfm de torque entre 1.400 e 2.800 rpm. O que isso significa? Que o SUV anda muito e ainda bebe pouco. Sua aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,8 segundos, o que é muito bom, considerando o porte do veículo (ele pesa 1.880 kg). Quer outra comparação? O GLA 200, que tem motor 1.6 turbo e 156 cv, pesando 1.435 kg, cumpre essa aceleração no mesmo tempo.

É exatamente no motor que a Mercedes aposta suas fichas para convencer os clientes a levar para casa o GLK. “Um dos pontos fortes é a motorização exclusiva a diesel, já que seus principais concorrentes não possuem esse tipo de tecnologia”, defendeu Bastos. Para adotar essa estratégia, a antiga versão V6 a gasolina saiu do catálogo desde 2013.

O câmbio automático de sete marchas ajuda a dar agilidade à condução, com funcionamento suave, sem trancos.  Ele conta ainda com borboletas atrás do volante para fazer as trocas de marcha manualmente. Com ótimo torque desde as baixas rotações, o GLK vai muito bem, especialmente em seu hábitat: o asfalto. Ele arranca com rapidez e não há atrasos consideráveis em retomadas de velocidade – numa ultrapassagem por exemplo. Claro que você ainda irá ouvir o ruído característico dos motores a diesel, mas o isolamento acústico do GLK merece elogios. 

O modelo possui sistema Start/Stop, que ajuda a reduzir o consumo. Durante a avaliação do iCarros, o SUV registrou média de 8,4 km/l na cidade. Nada mal. Um problema observado é o tranco que o carro faz quando o sistema entra em ação e desliga o motor. Parece que o carro “morreu” – quando você solta o pedal da embreagem com o carro engatado em um modelo manual. Com o tempo, você se acostuma, mas causa uma impressão ruim num primeiro momento. Há também um gráfico exibido na tela do quadro de instrumentos que ajuda a adotar uma condução mais econômica.

A suspensão é macia num nível bastante confortável, filtrando bem as imperfeições do piso. O outro lado disso é que a carroceria inclina um pouco nas curvas. Seu lado fora de estrada fica por conta da tração integral permanente, que não pode ser ligada ou desligada pelo condutor. O sistema distribui automaticamente a força entre as rodas ao notar perda de tração em uma delas. Claro que esse sistema também é útil em uso urbano, por exemplo, ao encarar pisos molhados ou com baixa aderência como paralelepípedos. Além disso, há controlador de velocidade em descidas. Isso significa que, embora o GLK seja feito para a cidade e dificilmente seu dono faça uso do carro em trilhas, ele tem vocação off-road.

Recheio é completo

A lista de equipamentos de série do GLK 220 Sport é vasta, com direção elétrica, ar-condicionado com duas zonas de temperatura, assistente de estacionamento (basta pressionar os pedais do acelerador e do freio que o carro manobra sozinho), luzes diurnas de LED, faróis bixenônio, seis airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa, banco do motorista com ajustes elétricos, regulagem lombar e três memórias, sensor de chuva, teto solar elétrico panorâmico, controlador de velocidade, volante revestido de couro com regulagem elétrica e comandos de áudio, rack de teto, rodas de liga leva aro 19 com pneus 235/50 e central multimídia com Bluetooth e GPS integrado. A tela não é sensível ao toque, com os comandos localizados entre as saída de ar e os botões do ar-condicionado.

O GLK traz sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, mas uma câmera de ré seria bem-vinda. Para piorar, o sensor traseiro – com gráficos de barras que vão do amarelo ao vermelho conforme a proximidade dos objetos – fica no teto, um tanto fora do campo de visão do retrovisor interno. Por dentro, você encontra o padrão alemão de acabamento: impecável. Todos os comandos estão à mão, com um visual “clean”. Mas como não existe nada que não possa melhorar, o desenho do painel poderia se modernizar. Mesmo que o carro seja focado num cliente mais conservador, uma renovação não seria má ideia.

Importado da Alemanha, o GLK é um bom SUV e reúne todas as características que você espera de um carro nesse segmento. Mas ele esbarra no preço elevado e no estilo conservador, tanto por dentro quanto por fora. Suas linhas quadradas pouco mudaram desde o seu lançamento no Brasil em 2009, quando era oferecido apenas na versão 280 com motor V6 a gasolina por altos R$ 225.000. Veja abaixo algumas opções na mesma faixa de preço do GLK: 

BMW X3: o X3 varia de R$ 206.950 a R$ 221.950 com motor 2.0 turbo de 184 cv e 27,5 kgfm de torque. Há ainda a versão M Sport, de R$ 289.950, que possui propulsor 3.0 turbo de 306 cv e 40,8 kgfm.

Audi Q5: o Q5 custa entre R$ 221.990 e R$ 244.990 com motor 2.0 turbo de 225 cv e 35,6 kgfm de torque. A versão topo de linha Ambition, que traz um 3.0 V6 turbo de 272 cv e 40,7 kgfm, sai por R$ 271.990. 

Volkswagen Touareg: recentemente re-estilizado, o Toureg de entrada traz motor 3.6 V6 de 280 cv e 37 kgfm, por R$ 248.800. A topo de linha com um 4.2 V8 de 360 cv e 45,4 kgfm sai por R$ 298.800.

Range Rover Evoque: sucesso de vendas no País, o Evoque possui cinco versões a gasolina, movidas por um 2.0 de 240 cv e 34,7 kgfm. Os preços variam entre R$ 197.500 e R$ 281.000. Há também duas opções a diesel, que possuem um 2.2 litros de 190 cv e 42,8 kgfm, custando de R$ 226.900 a R$ 278.900.

Substituto a caminho - A Mercedes-Benz apresentou no Salão de Xangai em abril deste ano o conceito GLC Coupé, que deve chegar em breve ao mercado para substituir o GLK. Sob o capô, o modelo trazia motor 3.0 V6 biturbo de 367 cv e 53 kgfm de torque e transmissão automática de nove velocidade, com tração integral permanente. O conceito mede 4,73 m de comprimento, 2,00 m de largura, 1,59 m de altura e 2,83 m de entre-eixos. Seu visual, bem mais harmonioso do que aquele visto no GLK, se destaca pelos para-choques robustos, pelos faróis e lanternas de LED, pelas rodas de 21 polegadas e pela saída dupla de escapamento.

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