Agora automático, Chery Tiggo custa R$ 57.990

•  

Com seis anos de atraso, Chery lança Tiggo automático

1/11

Transmissão automática conta com quatro velocidades

2/11

Única diferenciação visual entre a versão manual e a inscrição AT na traseira

3/11

Piloto automático é exclusividade da configuração

4/11

5/11

6/11

7/11

8/11

9/11

10/11

Propulsor permanece o 2.0 a gasolina de 138 cv já usado na versão com câmbio manual

11/11

Foi em 2008, quando a Chery chegou ao Brasil com a primeira geração do Tiggo, que foi feita pela primeira vez a promessa de uma transmissão automática. Seis anos e uma geração depois, finalmente os interessados no SUV poderão dar um descanso ao pé direito pagando R$ 57.990.  A diferença em relação ao modelo de transmissão manual é de R$ 5 mil. Além disso, é o primeiro modelo de uma marca de origem chinesa a ser oferecido com a opção de câmbio automático no País e é consideravelmente mais em conta que seus dois principais rivais: o Ford EcoSport 2.0 SE Powershift (R$ 64.960) e o Renault Duster 2.0 Dynamique (R$ 63.690). Mas as boas notícias acabam por aí.

Quando menos não é mais

No papel, um SUV automático por menos R$ 60 mil parece uma barganha. Mas é preciso dosar a empolgação. A unidade usada no Tiggo tem quatro velocidades apenas, e as relações de marchas são longas. O resultado é que a caixa precisa sempre esticar as marchas para manter o desempenho do motor 2.0 16V a gasolina de 138 cv de potência . E o esforço não é pouco, pois, com essa transmissão, o carro pesa 1.400 kg. Assim, mesmo usando-se o acelerador com parcimônia, as trocas dificilmente ocorrem antes dos 2.500 rpm, o que gera barulho e vibração dentro da cabine.

Também, em algumas situações como em retomadas, é possível perceber alguns solavancos do câmbio nas trocas. Porém, em pisos plainos e com poucas alterações na elevação, a caixa vai bem. Em modo manual, operado apenas pela alavanca, as respostas são rápidas, mas nem sempre bem recebidas pelo motor, que pode vibrar com os giros muito baixos se a mudança for feita antes da hora. Há ainda um botão para segurar as marchas por mais tempo em situações de baixa aderência, o que coloca essa configuração num patamar superior em segurança na comparação com o modelo manual, que não tem controle nenhum de tração.

Mas, se levou tanto tempo para chegar, a Chery não poderia já ter trazido um câmbio mais moderno, com mais marchas? Quem responde é Maurício Buzetto, gerente de Pós-Vendas e Homologação da Chery do Brasil. “A caixa de quatro velocidades é mais acessível para o consumidor, o que permitiu o preço baixo. Além disso, já estava desenvolvida para o carro na China e é mais robusta e confiável”.

No de mais...

Para além da novidade do câmbio, a Chery segue apostando forte na relação custo benefício do Tiggo. Além de ser mais bondoso com o bolso na comparação com outros SUVs automáticos com motor 2.0 disponíveis no mercado, a configuração também adicionou ao jipinho, que é montado no Uruguai, o sistema de piloto automático.

Entre outros itens de série, o carro traz direção hidráulica, ar-condicionado, ajuste elétrico dos faróis e espelhos, alarme, bancos traseiros bipartidos rebatíveis, rodas de liga-leve de 16”, vidros e travas elétricas, sensor de ré e luz diurna em LED.

Nas medidas, o Chery Tiggo tem 4,4 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,7 m de altura e 2,5 m de entreeixos. O porta-malas leva 435 litros de bagagem, mas, como a porta se abre lateralmente, é preciso espaço para operar o tampão.

Vai vender? - A Chery espera comercializar em 2014 cerca de 6.000 unidades do Tiggo até dezembro. Dessas, duas mil corresponderão à versão automática. “Mas cremos que esse número irá subir e a proporção ficará quase meio a meio com o tempo”, diz Buzetto. Apesar de não ter o conjunto mecânico mais moderno, é preciso lembrar que o Renault Duster também conta com uma caixa automática de quatro velocidades e custa mais, assim como ocorre com o Ford EcoSport, que possui o conjunto mais evoluído dos três com a transmissão de dupla embreagem e seis marchas. Uma boa barganha para quem quer um SUV automático, o Tiggo deve atender às expectativas da Chery.