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ASX nacional não quer ser SUV

Mitsubishi dá início à produção nacional do ASX. Mais barato, carro teve poucas alterações

23/06/2013 - Thiago Moreno, de Catalão (GO) / Fotos: Thiago Moreno e Divulgação / Fonte: iCarros

Desde 1991, o Grupo Souza Ramos importa veículos Mitsubishi ao Brasil e, a partir de 1997, começou a fabricar picapes em Catalão (GO). De lá pra cá os utilitários Pajero Dakar e TR4 ganharam identidade nacional. Neste mês, o crossover ASX, que vinha do Japão, também ganhará cidadania brasileira. O programa de nacionalização da marca vai continuar até 2014, quando o sedã Lancer será feito na cidade goiana. 

O ASX nacional não incorporou mudanças significativas nem teve grande diminuição no preço. Disponível em três configurações - 4x2 manual (R$ 83.490), 4x2 automática (R$ 89.490) e 4x4 automática (R$ 99.990) -, teve redução de 1% a 2% nos valores, dependendo da versão. O motor flex ficou de lado, portanto, o modelo segue com o 2.0 16V a gasolina de 160 cv de potência a 6.000 rpm e 20,1 kgfm de torque a 4.200 rpm. “Para atender aos requisitos do novo regime automotivo brasileiro, tivemos de apressar a nacionalização do ASX. Por isso, ainda não estamos oferecendo motorização flex”, justificou o presidente da Mitsubishi Motors do Brasil, Ricardo Rittscher.

Tendo por concorrentes modelos como o Toyota RAV4 e o Honda CR-V, o Mitsubishi ASX tem como diferencial o visual mais agressivo, que permaneceu o mesmo após a nacionalização. A marca, porém, não gosta da comparação com esses dois SUVs. “O ASX é um crossover de proposta urbana. Nós temos SUVs de verdade, como o TR4 e o Dakar, com grande vão livre em relação ao solo e caixa de redução. Não temos porque falar que o ASX é algo que ele não é”, critica Rittscher.

A principal mudança do modelo brasileiro foi a adoção de rodas de 18 polegadas com pneus 225/55. O conjunto é maior que o usado na versão importada e exigiu uma recalibração da suspensão. De medidas, o ASX tem 4,3 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,6 m de altura e 2,7 m de entreeixos. A versão 4x4 automática, a mais pesada, tem 1.345 kg.

Traz de série direção elétrica, ar-condicionado automático, radio com conectividade via Bluetooth, freios com ABS, duplo airbag frontal e controles do rádio no volante. A 4x2 manual tem transmissão de cinco marchas. Já a 4x2 automática tem caixa CVT, de relações continuamente variáveis, e adiciona rack no teto e aletas atrás do volante para efetuar as trocas de marcha manualmente.

A topo de gama 4x4 tem o mesmo câmbio automático, mas conta com tração integral. Normalmente, a tração é dianteira, com a força sendo levada ao eixo traseiro conforme a demanda por aderência. Há um botão no painel para o sistema mandar continuamente torque para trás. Tem um total de nove airbags, acabamento em couro, tela multimídia no console central, controle de estabilidade e assistente de partida em rampa. É a única versão a ter opcionais: faróis de xenônio e teto de vidro panorâmico custam R$ 6.000.

Prós e contras foram mantidos após nacionalização

Avaliado na versão 4x4 automática, o ASX mostrou evolução no único ponto que foi alterado para ser feito no Brasil: com acerto mais firme, a suspensão não deixa a carroceria rolar em mudanças de direção. Se o asfalto for ruim, transmite pequenos solavancos, mas nada que incomode. É um pequeno preço a se pagar para ganhar estabilidade na estrada.

Falando nela, esse é o território onde o ASX se sente mais à vontade. Cruza a estrada a 120 km/h marcando pouco menos de 2.500 rpm. Transmite pouco ruído à cabine, tanto de vento como de rodagem. Na cidade, o câmbio CVT , por definição, não faz trocas de marchas e as acelerações são suaves. Porém, quando exigido, o câmbio demora a responder e o giro sobe com certa morosidade. A direção com assistência elétrica, por outro lado, encontra um acerto correto em ambas situações, sendo leve em manobras e mais firme na estrada.

Vai vender? - os pontos positivos e negativos do Mitsubishi permanecem os mesmos. Se o seu percurso é essencialmente rodoviário com algumas incursões de leve na terra, o ASX continua sendo uma boa opção. A transmissão manual, que poderia sanar as questões do câmbio CVT, porém, deve responder a apenas 5% do mix de vendas do modelo, segundo as expectativas da marca. Até o final do ano, a Mitsubishi espera vender em média 1.100 carros por mês, sendo que metade corresponderá à versão 4x4. Mas, para manter essa média, a marca vai precisar se esforçar, pois a concorrência é forte, seja de crossovers ou SUVs de verdade ou não.

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