Rodas de liga leve de 17 polegadas
6/12
Interior do Cruze Sport6
7/12
Peça plástica na cor prata no acabamento interno
8/12
Mostradores do Cruze Sport6
9/12
Entre-eixos é o mesmo do Cruze: 2,68 metros
10/12
Teto solar vem de série na versão LTZ
11/12
Porta-malas tem capacidade para 402 litros
12/12
A Chevrolet retoma presença no mercado de hatches médios com o lançamento do Cruze Sport6, cerca de dez meses após a aposentadoria do Vectra GT. A versão dois volumes do Cruze, disponível em duas versões de acabamento (LT e LTZ), com câmbio manual e automático em ambas configurações, já está à venda nas concessionárias com
preços que partem de R$ 64.900 e chegam a R$ 79.400.
A novidade, que traz o motor Ecotec6 1.8 flex sob o capô, não chega com a pretensão de bater o líder do segmento, o Hyundai i30, que registrou média mensal de 1.700 unidades nos três primeiros meses deste ano. A Chevrolet espera comercializar entre 1.100 e 1.300 modelos ao mês, sendo 70% da versão com câmbio automático.
Posicionado em uma faixa de preço superior a dos concorrentes para não brigar com a versão mais cara do Sonic, hatch premium que será lançado daqui a dois meses, o Sport6 vai buscar metade do seu volume de vendas em proprietários de modelos da Chevrolet. Os 50% restantes virão de outros fabricantes, que não possuem fidelidade com nenhuma marca, acredita o diretor de marketing Gustavo Colossi.
Apesar de ser um modelo completamente novo e bem distante do Vectra GT, que amargou 2011 com uma média de pouco mais de 500 unidades por mês, o Sport6 vai trilhar um caminho diferente do atual líder do segmento de sedãs médios. Quando há uma versão hatch e outra sedã de um mesmo modelo, dificilmente as duas vão se sobressair no mercado, disse, referindo-se ao bom resultado da configuração três volumes do Cruze.
Desde a configuração básica, LT com câmbio manual de seis velocidades, o Cruze Sport6 sai de fábrica com ar-condicionado automático, direção elétrica progressiva, retrovisor interno eletrocrômico, piloto automático, Bluetooth, CD player com MP3 e entrada USB, rodas de liga leve de 17 polegadas e trio elétrico. O destaque fica por conta dos equipamentos de segurança ofertados na versão mais barata: airbag duplo e lateral, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, controle de estabilidade e de tração.
Conjunto é equilibrado, mas preço não convence
A parte superior da dianteira do Sport6 é igual a do Cruze, com destaque para a grande grade dianteira, separada por uma barra e pelos faróis retangulares puxados para cima. A diferença entre um modelo e outro está na parte de baixo, onde ficam os faróis de neblina emoldurados por um círculo cromado e uma grade inferior com formato de colmeia. Sob as janelas, um vinco acompanha toda a lateral do carro; o detalhe dá um ar de dinamismo ao carro. A área traseira não traz novidades em relação ao que já é oferecido no segmento. No porta-malas, há espaço para 402 litros de bagagem.
A monocromia preta da cabine do Sport6 é quebrada por algumas peças na cor prata fosca; o objetivo de dar um ar de esportividade teria sido atingido se não fosse pelo fato de o detalhe ser de plástico. O acabamento da versão mais cara não se destaca nem pela escolha dos materiais nem pela sofisticação. De um modo geral, no entanto, é funcional, graças aos comandos localizados ao alcance das mãos do motorista e do passageiro.
Durante a avaliação em trecho urbano e rodoviário, o conjunto formado pelo câmbio automático de seis velocidades e pelo motor de 1,8 litro 16V de 144 cv de potência e 18,9 mkgf de torque (com álcool) mostrou sintonia para sair e ganhar velocidade. A suspensão tem um acerto mais rígido, mas não compromete o conforto dos passageiros quando passa por irregularidades da via. A posição para dirigir agrada - com a ressalva de que a direção, mesmo quando regulada, fica baixa -, assim como a leveza da direção elétrica progressiva, que a torna leve nas manobras e mais firme conforme o carro ganha velocidade.
Construído sob a plataforma mais moderna da General Motors no Brasil, o Cruze Sport6 ganhou denominação específica para ser vendido no mercado brasileiro (não há planos de exportação do modelo), em razão do planejamento do fabricante em ofertar só versões mais equipadas e, consequentemente, posicionar os preços do modelo acima dos concorrentes. Aparência, desempenho e oferta de equipamentos contam a favor do lançamento. A estratégia de vendê-lo com valores correspondentes aos da versão sedã, no entanto, é um forte candidato a deixar o saldo negativo.
Teste drive a convite da Chevrolet