Hyundai promove o Tucson a ix35

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Especulou-se muito sobre o início da comercialização do novo Hyundai Tucson, chamado de ix35, no mercado brasileiro. Qual seria o preço? Quais as versões? Quais motorizações equipariam o modelo? Ele substituiria o Tucson atual? Houve muita expectativa até a chegada de algumas unidades importadas pela Caoa, até o reconhecimento de alguns modelos pelas ruas e, finalmente, até a apresentação oficial do utilitário pela diretoria sul-coreana da Hyundai neste terça (2), em Florianópolis (SC).

Serão comercializadas cinco versões, com preços entre R$ 88 mil e R$ 115 mil, com motor a gasolina 2.0 (câmbio manual de cinco velocidades e automático de seis), com opção de tração 4x2 e 4x4. Há ainda uma versão com bloco de 2,4 litros (ainda não vendida por aqui) e outra a diesel, cuja comercialização é proibida em função da legislação brasileira para este tipo de motor. Podem ser apontados como rivais diretos o Honda CR-V e o Chevrolet Captiva. 

No segundo evento de lançamento da Hyundai no Brasil (o primeiro foi o i30, em julho do ano passado), discursou o dirigente da marca na América do Sul, o chefe de design da empresa, o vice-presidente da Hyundai Caoa do Brasil. Apontaram a chegada da nova geração e a inspiração do design do carro, mas pouco se falou sobre as características e posicionamento do ix35 no mercado nacional. 

Talvez a situação traduza um pouco daquilo que a marca está vivendo. Em 2012, a Hyundai montará uma fábrica em Piracicaba, no interior de São Paulo, para a produção de um carro compacto. Antes disso, no entanto, a direção dos projetos, com exceção do Tucson nacionalizado, deverá sair das mãos do empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade (Caoa, importador oficial da Hyundai e Subaru) e poderá ir para os sul-coreanos, encantados com o potencial de um País que viu as vendas crescerem quase 300% quando comparados o primeiro semestre do ano passado aos primeiros seis meses de 2010. Se de um lado faltou explorar o lançamento do carro, de outro, sobrou empolgação da diretoria sul-coreana em estar perto dos jornalistas brasileiros, chilenos e peruanos.

O ix35 não é considerado o novo Tucson pela Caoa. "Alguns mercados não vendem mais o modelo, por isso, não quisemos perder este nome, o que não é o caso do Brasil", explica Annuar Ali, vice-presidente da importadora. Por aqui, ele conviverá com o Tucson atual, montado agora somente no Brasil, em Anápolis (GO).

Transmissão automática é destaque no conjunto mecânico

O trecho de 240 quilômetros entre a costa litorânea e a serra catarinense garantiu que o contato com o carro, diferentemente do que aconteceu entre a imprensa especializada e os executivos, fosse suficiente para conhecê-lo. O ix35 é atraente e o ponto de partida para desenhá-lo se baseou, subjetivamente, na fluidez, e, concretamente, na grade hexagonal. A dianteira impressiona, mas a traseira caiu no lugar comum e lembra os outros utilitários vendidos pela montadora, tão na moda entre os compradores interessados neste segmento.

Na versão mais barata, este interesse tem tudo para ser mantido e fazer com que a marca atinja a expectativa de vendas de 40 mil unidades por ano. Já na configuração topo de linha, o ix35 terá de brigar com rivais que vão além do seu escopo imediato, como Land Rover Freelander, Toyota RAV-4 e Volkswagen Tiguan, modelos com bom nível de equipamentos e motorização mais potente.

A semelhança não para na cabine, simples, mas bem acabada; o desempenho entre o motor de 2,0 litros (166 cv a 6.200 rpm e 20 mkgf a 4.600 rpm) e o de 2,4 litros (177 cv a 6.000 rpm e 23 mkgf a 4.000 rpm) - ainda não vendido no País - não se diferencia muito no trânsito. Sente-se uma melhora na performance com o bloco mais potente na hora em que é necessária uma ultrapassagem.

As mudanças de velocidade, tanto no modo automático como no sequencial, são imperceptíveis; a perda de força entre uma velocidade e outra é quase nula e a sexta marcha cumpre papel fundamental na estrada. O conjunto da suspensão trata bem os passageiros, bem ajustado para não fazer com que batam as costas ou pulem do assento ao passar por obstáculos.

A carroceria é espaçosa; o porta-malas tem capacidade para 591 litros (1.436 Litros com bancos rebatidos). O carro ganhou medidas (menos em altura) em comparação ao Tucson e dispõe também de chave presencial, teto solar duplo, controle de assistência para início e descida de rampa, além de um sistema de visualização traseiro no retrovisor interno ao engatar a ré; alguns deles são opcionais, assim como as rodas de 18 polegadas.

Confira os valores da linha ix35 2.0:
- ix35 4x2 manual: R$ 88 mil
- ix35 4x2 automático: R$ 93 mil, R$ 103 mil e R$ 115 mil, de acordo com os equipamentos escolhidos
- ix35 4x4 automático: R$ 108 mil

Viagem feita a convite da Hyundai