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Kia mira mercado de luxo com o Optima

Nomeando como rivais nada menos que BMW e Mercedes-Benz, marca traz novo sedã para substituir o Magentis

03/04/2012 - Thiago Moreno, de Campinas (SP) / Fonte: iCarros

Parece fórmula de carro chinês: rechear o carro com muitos equipamentos de série a um preço competitivo para disputar espaço em um segmento onde apenas marcas consagradas atuam. A receita oriental, dessa vez, no entanto, foi usada pela sul-coreana Kia com o lançamento do Optima. E em vez de querer brigar entre os populares, o fabricante mirou o seleto gripo dos sedãs de luxo.
A Kia iniciou as vendas do substituto do Magentis, que tem como missão “roubar” a clientela do BMW Série 3 e do Mercedes-Benz Classe C no mercado de sedãs de luxo. Os preços partem de R$ 96.900 e vão até R$ 105.900, pagos pela versão topo de linha. Ambas saem de fábrica com um motor 2.4 16V de quatro cilindros, com 180 cv de potência e transmissão automática de seis velocidades com trocas manuais por meio de borboletas atrás do volante.
Os atributos do Optima começam pelas linhas, ousadas, que lembram um cupê e dão ar de esportividade. As medidas justificam seu porte e espaço interno: são 4,8 m de comprimento, 1,8 m de largura e 1,45 m de altura. O conforto é garantido por uma vasta lista de itens de série, como ar-condicionado de duas zonas, bancos em couro, câmera de ré, piloto automático, regulagem de altura e profundidade para o volante e rádio com controle no volante e conectividade via USB e iPod.
A segurança acompanha o recheio: o carro oferece controles de tração e estabilidade, freios ABS com EBD e BAS (auxílio em frenagens de emergência), airbags frontais laterais e de cortina e sistema de controle de arrancada em rampa. A versão topo de linha inclui teto-solar panorâmico, faróis de xenônio e sistema de partida sem chave.
O Optima justifica a sonoridade do nome? 
A resposta é sim, mas mirar no acabamento de um Mercedes-Benz ou no desempenho esportivo de um BMW, no entanto, passa ideia de exagero na ambição. Considerando-se a faixa de preço em que está inserido e sua lista de equipamentos, o Optima, porém, agrada pelas linhas harmoniosas e espaço interno; a qualidade do acabamento não surpreende, mas está dentro da média para veículos na casa dos R$ 100 mil. Há materiais macios ao toque no painel e nas portas e a montagem passa uma sensação de solidez.
Rodando, o silêncio é absoluto dentro da cabine, mas o isolamento acústico é muito sensível ao tipo de superfície: em asfalto liso, mal se ouve o motor; por outro lado, com pavimentação mais áspera, desgastada, o barulho dos pneus incomoda. O espaço interno é irrepreensível, com espaço de sobra tanto à frente como atrás, e o motorista ainda conta com bancos de ajuste elétrico com memória. O passageiro, porém, tem controles manuais. As malas têm 437 litros de espaço para se acomodarem. Precisando-se de mais espaço, o banco traseiro bipartido rebate.
Dinamicamente, a suspensão tem um bom compromisso entre conforto e dirigibilidade, ainda mais considerando que o carro é calçado por rodas de 18 polegadas e pneus de medida 225/45. Ponto para o conjunto de suspensão, bem calibrado e moderno, que conta com conjuntos do tipo McPherson na dianteira e Multi-Link na traseira. O desempenho não surpreende, pois, com 1.551 kg, o bloco 2.4 trabalha muito para poder acelerar.
Futuro realista, não otimista
José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil, preferiu o pragmatismo ao otimismo para falar do futuro dos negócios da marca no País: “o carro estava pronto no final do ano passado, mas esperamos um pouco para lançar o Optima para sentir o mercado após o novo regime de IPI”. A Kia trará 3.200 unidades do modelo em 2012 e acredita que 60% dessas vendas serão do mais simples, pensando que muitos serão blindados (a versão de entrada é a mais indicada para fazer a transformação, já que o teto-solar atrapalha o processo). Em relação aos próximos lançamentos, falou-se na importação de uma versão híbrida do Optima, para o segundo semestre deste ano.
A montadora tem oito novos concessionários já nomeados para este ano, mas não terá mais novidades no crescimento da rede de lojas. A Kia trabalha com uma expectativa de crescimento do mercado de automóveis novos na casa dos 2,5% em 2012 e tenta reverter a queda na participação de mercado desde o novo IPI.  “Nós subimos o preço e pagamos por isso”, explica Gandini. Além desse fator, a marca não conseguiu atender a demanda pelos modelos Picanto e Sportage Flex, devido a problemas na logística de importação dos veículos desde a Coreia do Sul, o que agravou a queda.
Questionado sobre o futuro da Kia, Gandini foi realista: “dependemos muito do que sair desse novo Regime Automotivo, que vai ditar as regras para importados. Nós nos preparamos para vender cerca de 100 mil carros em 2011 e manter a marca em 2012, mas, hoje, se eu precisasse assinar um documento, diria que esse número será em torno de 60 mil unidades”.
Viagem a convite da Kia Motors do Brasil

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