Novo RAV4 quer multiplicar vendas do modelo

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Visual da quarta geração do RAV4 tem padrão mundial da Toyota

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Na traseira, a maior alteração foi a retirada do estepe que ficava na tampa do porta-malas

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Na frente, as linhas levam o olhar para o logo da Toyota

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Toyota RAV4

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Motorização pode ser 2.0 de 145 cv ou 2.5 de 179 cv, mas só rodam com gasolina

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Porta-malas leva 476 litros, mesmo abrigando um estepe de tamanho integral

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Painel também foi reformulado

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Toyota RAV4

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Espaço traseiro é garantido pelo entreeixos de 2,7 m

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Toyota RAV4

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A quarta geração do Toyota RAV4 chega em junho às lojas e sua missão não é simples: a marca quer que o carro venda dez vezes mais que o modelo que o precede. Isso significa vendas médias de 800 unidades por mês. Seus principais argumentos para conquistar o consumidor são as novas opções de motorização, que incluem um motor 2.0 e um 2.5, e o visual moderno, que acompanha a linguagem visual que a Toyota já utiliza fora do Brasil e antecipa o desenho do próximo Corolla.

A frente ficou mais arredondada e as linhas levam o olhar para o logo da marca, que é o centro do design dianteiro. Na traseira, o RAV4 perdeu o estepe pendurado na tampa do porta-malas em favor de mais praticidade em manobras e um visual mais harmonioso, com grandes lanternas. O bagageiro, porém, ainda leva 476 litros, apesar de acomodar agora um estepe de tamanho integral. Nas medidas, a quarta geração do modelo tem 2,7m de entre-eixos, 4,6m de comprimento, 1,8m de largura e 1,7m de altura.

As versões disponíveis são a 2.0 4x2 (R$ 96.900), 2.0 4x4 (R$ 109.900) e 2.5 4x4 (R$ 119.900). Entre os equipamentos de série, estão rádio com conectividade via Bluetooth, volante em couro multifuncional, sensor de estacionamento traseiro, duplo airbag frontal e faróis de neblina. A configuração intermediária acrescenta tela multimídia central, câmera de ré, bancos em couro, ar-condicionado digital de duas zonas, airbags laterais e de cortina e ajuste elétrico para o banco do motorista. A mais completa tem ainda o teto-solar elétrico.

Mas não é flex?

Não, não é. Mesmo a Toyota tendo trabalhado para trazer o novo RAV4 para o Brasil desde 2009, os propulsores que chegam rodam apenas com gasolina. “Porém, fizemos todo um retrabalho nos componentes ligados ao combustível para evitar a corrosão causada pela adição de etanol em nossa gasolina”, lembra Alberto Hackerott, chefe do departamento de picapes e SUVs da marca. O motor oferecido anteriormente era 2.4 e também só rodava com gasolina.

O bloco 2.0 é da mesma família do usado no Corolla brasileiro, que é flex. “Mas o RAV4 2.0 tem câmbio CVT enquanto o sedã tem transmissão automática de quatro velocidades. Precisaríamos trabalhar toda a calibragem do motor e do câmbio para rodar com o combustível vegetal”, justifica Daniel Suzuki, engenheiro da Toyota.

Nas versões 2.0, sempre rodando com gasolina, o motor entrega 145 cv de potência e 19,1 kgfm de torque. O câmbio CVT (relações continuamente variáveis) que o acompanha simula sete marchas. A tração é dianteira, mas a versão 4x4 envia torque ao eixo traseiro por meio de um diferencial quando detecta perda de tração nas rodas dianteiras ou em arrancadas. O propulsor 2.5 gera 179 cv e 23,8 kgfm de torque com gasolina e traz um câmbio automático de seis velocidades.

Enfrentando a concorrência

O novo RAV4 quer bater de frente com modelos como Honda CR-V, Mitsubishi ASX e Volkswagen Tiguan e, para isso, usa as mesmas fichas dos modelos da Toyota: acabamento bem feito, bom desempenho e conforto.

O iCarros avaliou a versão 2.5 4x4 e é perceptível o esmero no trato da montagem da cabine, sem folgas ou rebarbas. O entre-eixos de 2,7m garante bom espaço para até três adultos no banco traseiro, que ainda contam com uma saída de ar central que sai do painel. Andando, o propulsor maior se mostrou disposto, mas não é arisco. No mundo real, sobra no tráfego urbano e rodoviário, rodando a apenas 2.000 rpm a 120 km/h, mas não era de se esperar um esportivo.

Apesar de permitir uma velocidade de cruzeiro confortável, o câmbio leva tempo para fazer reduções, pois as faz marcha por marcha. Numa situação em que são necessárias duas trocas, como de sexta para quarta, a transmissão passa antes pela quinta marcha e pode frustrar uma ultrapassagem que demande uma resposta mais ágil. Porém, há o modo manual, feito pelo seletor da alavanca, que responde rápido à vontade do motorista.

Mesmo em estradas esburacadas, o silêncio reina na cabine do RAV4. A suspensão, McPherson na dianteira e independente na traseira, tem acerto um tanto firme, mas como o carro pesa entre 1.525 kg e 1.630 kg, dependendo da versão, ele se mostra bem assentado e não permite que o carro role em mudanças de direção.

Vai vender? Com a reputação da marca por trás do carro e boas doses de conforto e desenho, o novo RAV4 tem tudo para fazer frente à concorrência, mesmo não sendo flex. Afinal, em tempos de etanol caro, rodar com dois combustíveis não se mostra mais um fator decisivo na hora da compra.

Teste-drive a convite da Toyota