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Panigale 1199 quebra paradigmas da Ducati

Nova representante da fábrica italiana abandona quadro em treliça e chega repleta de novas soluções eletrônicas

29/11/2011 - Texto e Fotos: Arthur Caldeira/Agência INFOMOTO / Fonte: iCarros

O diretor geral da Ducati, Claudio Domenicali, não exagerou ao afirmar, durante a apresentação da nova superesportiva italiana, que a 1199 Panigale chegou para quebrar paradigmas. Pois diversas soluções de engenharia vistas no novo modelo rompem com o que a fábrica de Borgo Panigale vinha fazendo até então em suas esportivas. O quadro não é treliça, o escapamento não fica sob o banco, a embreagem é banhada a óleo e, além disso, muitas novidades eletrônicas.
 
“Sem dúvida, este foi o mais ambicioso projeto na história da Ducati e reforça nossa excelência técnica e nossa paixão pelos nossos produtos. Essa nova motocicleta representa o puro estilo italiano, uma referência para o desempenho e uma nova experiência em termos de segurança e confiança para nossos consumidores na pista ou nas estradas”, resumiu o presidente da marca, Gabriele Del Torchio, na coletiva de imprensa de lançamento da nova 1199 Panigale.

O conhecido motor em L
 
Apesar de revolucionário, o novo motor, batizado de Superquadro, mantém a arquitetura tradicional de dois cilindros em “L” – um “V” a 90° - da fabricante italiana. Porém trata-se do mais potente propulsor já fabricado pela Ducati para um modelo de série. O Superquadro é capaz de gerar 195 cv a 10.750 rpm de potência máxima e 13,5 kgf.m a 9000 rpm de torque máximo.
 
Projetado para ser parte integrante do chassi, a arquitetura do novo motor foi totalmente recalculada para dar à moto a melhor distribuição de peso e potência. Para tanto, os cilindros foram girados para trás em 6 graus sobre o eixo do cárter, permitindo que o motor seja encaixado no quadro da moto em uma posição 32 mm à frente do modelo anterior. Essa mudança ajudou na distribuição de peso da 1199 Panigale.

Os engenheiros da Ducati, todos devidamente homenageados no palco do Teatro Dal Verme em Milão, foram mais longe para economizar peso no novo motor. No final de cada câmara de exaustão foi instalada uma centrífuga. Esta peça funciona como um descompressor, que permite que a moto seja ligada sem precisar de um motor de arranque mais complexo e, por consequência, de uma bateria maior. Com essa inovação, o peso do conjunto foi reduzido em pouco mais de 3 quilos, o que é muito quando os engenheiros trabalham com a missão de diminuir gramas e milímetros para melhorar o desempenho e a resistência.
 
Quadro totalmente novo
 
O novo chassi monocoque deixa para trás o tradicional quadro em treliça e mostra a coragem da Ducati em inovar. Desenvolvido nas pistas, a peça extremamente compacta traz a caixa de ar integrada e é um dos elementos chaves para que a Panigale 1199 pese 10 kg a menos que sua antecessora, a 1198. A seco, a nova superbike italiana pesa apenas 164 kg – o que revela a incrível relação de peso e potência de 0,84 kg para cada cavalo de potência!
 
Feito em liga de alumínio e tendo o motor como parte integrante da estrutura, o chassi monocoque foi responsável pela perda de 5 kg no peso total da moto. O tanque de combustível, feito em alumínio também, pesa apenas 2,6 kg e serve como “tampa” da caixa de ar dentro do chassi.
 
Com a utilização do chassi monocoque a Ducati pôde fixar a cabeça do cilindro “dianteiro” no quadro e o belo monobraço traseiro em alumínio diretamente no cilindro “traseiro”. Portanto, houve aumento na distância entre eixos e alteração na distribuição de peso – agora de 52% no eixo da frente e 48%, atrás.

Para melhorar a centralização de massas, a fábrica não hesitou em mudar o escapamento do novo modelo. Abandonou as saídas por baixo do banco, utilizadas desde a 916 da década de 90, e projetou uma saída dupla sob o motor. O que permitiu ainda que o subquadro traseiro fosse bastante leve, pois não teria de “suportar” o peso do escapamento.
 
Suspensões e freios inovadores
 
Apresentada em três versões – standard, “S” e Tricolore – a Ducati 1199 Panigale traz diferentes configurações de suspensão, todas com alguma novidade. A versão standard sai de fábrica com um garfo telescópico invertido na dianteira da marca Marzocchi de 50 mm de diâmetro e tubos de alumínio. Mais leves e já com sua resistência provada no off-road, a suspensão também contribuiu para o baixo peso do modelo. Na traseira, um monoamortecedor Sachs completamente ajustável.

Mas são nas versões top de linha – “S” e Tricolore – que aparece pela primeira vez a tecnologia Ducati Electronic Suspension (DES), desenvolvido pela fábrica italiana em parceria com a sueca Öhlins. O sistema permite ajustar eletronicamente a compressão e o retorno do conjunto de suspensões. Tanto o garfo telescópico invertido de 43mm na dianteira como o inovador monoamortecedor TTX36 com dois tubos, ambos da marca Öhlins, podem ser ajustados independentemente ou ainda por meio de acertos já predefinidos pela fábrica, em conjunto com o Ducati Riding Mode.

É como se no toque de um botão você tivesse a sua disposição um preparador de motos. Os três modos disponíveis – Race, Sport e Wet – atuam sobre a suspensão, motor e também no moderno sistema ABS de freios e ainda no controle de tração da nova superesportiva.

Por exemplo, se optar pelo modo “Race” o piloto vai ter a disposição os 195 cavalos de potência do motor com uma resposta imediata do acelerador eletrônico e também um acerto de suspensões voltado para corridas.
 
Para completar os freios com sistema ABS, um exclusivo conjunto Brembo Monobloco M50 com dois discos de 330mm na dianteira. Uma estreia em motos fabricadas em série.

Mais eletrônica
 
Porém a tecnologia embarcada na nova Ducati 1199 Panigale não para por aí. Além da suspensão eletrônica, controle de tração, acelerador ride-by-wire (sem cabos) e freios ABS, a moto conta com um controle eletrônico do freio motor (Engine Brake Control), que ajusta o torque transmitido à roda traseira em reduções de marchas muito bruscas, evitando assim o travamento da roda traseira e melhorando a estabilidade da motocicleta.

Sem falar no novo Ducati Quick Shift, o sistema que permite subir as marchas sem acionar a embreagem ou tirar a mão do acelerador. Agora o sistema permite que o câmbio seja invertido – uma prática comum para o uso em pistas – sem a necessidade da troca do sistema. Uma boa notícia para os consumidores que adquirem uma superbike dessas para rodar somente nas pistas. Também pudera. Onde mais seria possível experimentar todas essas novidades e chegar aos limites dessa revolucionária superesportiva italiana?
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