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Para trilhas urbanas: Honda Bros x Yamaha Crosser

Honda Bros 160 e a Yamaha Crosser 150 mostram suas armas para o segmento de populares com inspiração off-road

06/03/2015 - Cícero Lima (Agência Infomoto) / Foto: Doni Castilho (Agência Infomoto) / Fonte: iCarros

Há buracos na sua rua? Você pega estrada de terra? Curte a natureza? Se você respondeu sim a uma das três perguntas já é um sério candidato a ter ou uma Honda NXR 160 Bros ou a Yamaha XTZ 150 Crosser. Para ajudar na decisão de qual vai para a sua garagem, confrontamos os dois modelos na cidade, na estrada e na concessionária, com os custos de aquisição e manutenção de cada uma. 

Apesar de indicadas para o mesmo tipo de consumidor, cada modelo tem um DNA próprio. No caso da Bros, a vocação para o fora de estrada é marcante, como prova seu para-lama dianteiro elevado e as linhas da carenagem, típicas de modelos que encaram a terra. Já o modelo da Yamaha segue uma proposta mais urbana, denunciada pelo para-lama rente a roda. O design moderno, com linhas agressivas e até um pequeno “bico de pato”, está mais para uma funbike descolada.

Os painéis também refletem um pouco da personalidade de cada uma das motos. Quem pilota de forma esportiva e curte acompanhar o trabalho do motor nas trocas de marcha será feliz com a Crosser, por conta do enorme conta-giros. Já a Bros mostrou ser mais ligada às obrigações da vida e traz um prático relógio de horas. 

Motores de um cilindro

A semelhança de motorização é grande já que ambas usam propulsores flex, de um cilindro, duas válvulas e arrefecidos a ar. Equipada com motor maior, de 162,7 cm³, a Honda oferece mais potência. São 14,7 cv (a 8.500 giros) contra os 12,7 cv (a 7.500 giros) da Yamaha. Na prática, a Yamaha exige mais aceleração para manter a velocidade. 

Outro fator que conta a favor da Honda é o torque máximo de 1,6 kgfm a 5.500 giros contra 1,26 kgfm a 6.000 rpm da Yamaha. Esses números justificam a diferença de desempenho na estrada, principalmente em aclives, ao transportar garupa ou enfrentar vento contrário. Na cidade o melhor torque da Honda é percebido pelo menor número de troca de marchas (câmbio de cinco marchas, assim como a Yamaha), o que é um conforto a mais para o piloto.

As duas também apresentam baixo consumo. Conduzidas em um ritmo moderado (90 km/h) e abastecidas apenas com gasolina, a Bros cravou 46 km/litro enquanto a Crosser ficou nos 40 km/litro. Isso, na estrada. Já na cidade o consumo aumentou para 35 km/litro na Bros e 32 km/litro na Crosser. 

No tanque da Bros, cabem 12 litros o que permite uma autonomia superior aos 400 quilômetros. O tanque da Crosser, embora um pouco maior, com 12,5 litros, tem autonomia semelhante. Ao abastecer, surge outra diferença que o piloto sentirá no dia-a-dia: a trail da Honda conta com uma bela tampa no padrão aeronáutico, mais segura e também mais prática para abrir usando luvas. Na Crosser a tampa é convencional.

Diferenças de ciclística

Na Yamaha a pegada é mais agressiva graças ao banco em dois níveis com generosa camada de espuma. A postura, com o corpo jogado a frente, também é mais radical, o que instiga o piloto a atacar as curvas de forma mais inclinada. Isso faz da Crosser também mais ágil do que sua rival em mudanças de direção, como as exigidas no trânsito. 

A Bros, por sua vez, é mais comportada ao pilotar, graças ao guidão mais largo e à posição relaxada dos braços. A suspensão macia também ajuda na sensação de conforto, enquanto absorve as irregularidades do solo de forma satisfatória.

No quesito freios, a Honda leve grande vantagem por contar com discos nas duas rodas, sendo 240 mm de diâmetro na dianteira e 220 na traseira. A Yamaha usa apenas um de 230 mm de diâmetro na roda dianteira, enquanto a frenagem da roda traseira é feita por um tambor de 190 mm. Essa diferença é sensível na pilotagem das duas, principalmente no espaço de frenagem. 

Manutenção e garantia

Todo piloto sabe a importância do ajuste da corrente, na Bros ele é mais moderno e de fácil regulagem, já na Crosser é um velho conhecido, pois é idêntico aos usados na DT 180 (aquela dos anos de 1980). Por outro lado, a Yamaha mostrou ser mais cuidadosa na proteção do amortecedor traseiro. O fabricante instalou uma capa protetora para evitar que os detritos do pneu atinjam o amortecedor. 

Na concessionária, o comprador da Honda conta com três anos de garantia e um programa que inclui sete trocas de óleo grátis – condicionado a fidelização da revisão. Quem optar pela Crosser terá direito a garantia de um ano, mas pode contar com o plano de revisões programadas, com preços fechados até os 30 mil quilômetros.

Conclusão

A Honda Bros mostrou ser uma moto mais racional. Mais potente, permite viagens com mais conforto e segurança para ultrapassagens. É a indicada para quem mora em uma cidade e trabalha (ou estuda) em outra, por exemplo, principalmente se for usá-la em auto-estradas com trânsito mais rápido. 

Por outro lado, a Crosser é uma moto que se sente mais à vontade na cidade. Mais baixa que a Bros e com visual mais ousado, o modelo é ótimo para quem gosta de trocar de marcha, além de serpentear entre os carros no trânsito conturbado com maior desenvoltura.

Custos para ter e manter

Pesquisamos os preços em São Paulo (SP) e encontramos a Honda por R$ 10.500 (versão EDD) e a Yamaha por R$ 9.600 (versão ED), as mesmas versões deste comparativo. Mas vale uma dica: negocie, telefone e bata perna nas concessionárias, os preços variam bastante nas grandes cidades.

Peças e Serviços:

Pastilha dianteira:
Honda Bros - R$115,00
Yamaha Crosser - R$ 100,00
Pastilha Traseira:
Honda Bros - R$75,00
Yamaha Crosser - R$ 90,00 (lona)
Pisca (esq.):
Honda Bros - R$32,00
Yamaha Crosser - R$ 48,90
Manete (esq.):
Honda Bros - R$23,00
Yamaha Crosser - R$ 19,00
Retrovisor (esq.):
Honda Bros - R$48,00
Yamaha Crosser - R$ 23,00
Guidão:
Honda Bros - R$86,00
Yamaha Crosser - R$ 100,00
Troca de óleo (2 litros, filtro e mão de obra):
Honda Bros - R$23,80
Yamaha Crosser - R$ 47,30
Garantia:
Honda Bros - 3 anos
Yamaha Crosser - 1 ano

Pneus

As duas motos usam rodas raiadas com as mesmas medidas de pneu, 110/90 – 17 na traseira e 90/90 – 19 na dianteira. A Yamaha optou pelo pneu Metzeler Tourance enquanto a Honda usa o Pirelli MT 60. Os preços também são diferentes. Enquanto o Pirelli custa R$ 243,00 (traseiro) e 195,00 (dianteiro), o dono da Crosser vai gastar menos na hora da troca: R$ 209,00 o traseiro e R$ 162,00 o dianteiro.

Ficha técnica 

Honda NXR 160 Bros ESDD

Motor: Monocilíndrico, OHC, 4 tempos, arrefecido a ar
Cilindrada: 162,7 cm³
Potência máxima: 14,5 cv a 8.500 rpm (gasolina) ou 14,7 cv a 8.500 rpm (álcool)
Torque máximo: 1,46 kgfm a 5.500 rpm (gasolina) ou 1,6 kgf.m a 5.500 rpm (álcool)
Alimentação: Injeção Eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection)
Capacidade do tanque: 12 litros
Câmbio: Cinco velocidades
Transmissão final: Corrente
Suspensão dianteira: Garfo telescópico com 180 mm de curso
Suspensão traseira: Monochoque com 125 mm de curso
Freio dianteiro: Disco de 240 mm de diâmetro
Freio traseiro: Disco de 220 mm de diâmetro
Chassi: Berço semiduplo
Dimensões (C x L x A): 2,06 m X 81 cm X 1,158 m
Altura do assento: 84,2 cm
Altura mínima do solo: Não Disponível
Entre-eixos: 1,356 m
Peso seco: 121 kg (versão ESDD)
Cores: preto, vermelho e branco
Preço sugerido: R$ 9.650,00 (ESDD)

Yamaha XTZ 150 Crosser

Motor: Arrefecimento a ar, SOHC, monocilíndrico, quatro tempos, 2 válvulas
Capacidade cúbica: 149,3 cm³
Potência máxima (declarada): 12,2 cv a 7.500 rpm (gasolina) e 12,4 cv a 7.500 rpm (etanol)
Torque máximo (declarado): 1,28 kgfm a 6.000 rpm (gasolina) e 1,29 kgf.m a 6.000 rpm (etanol)
Câmbio: Cinco marchas
Transmissão final: corrente
Alimentação: Injeção eletrônica
Partida: Elétrica
Quadro: Berço semi-duplo em aço
Suspensão dianteira: Garfos telescópicos com 180 mm de curso
Suspensão traseira: Monoamortecida com link e 56,5 mm de curso
Freio dianteiro: Disco simples de 230 mm de diâmetro (versão ED) 
Freio traseiro Tambor mecânico de 130 mm de curso
Pneus: 90/90-19 (diant.) / 110/90-17 (tras.) 
Dimensões (C x L x A): 2,05 m x 83 cm x 1,140 m
Distância entre-eixos: 1,350 m
Distância do solo: 23,5 cm
Altura do assento: 83,6 m
Peso a seco: 120 kg
Tanque: 12 litros
Cores: Branco, Cinza fosco e Laranja
Preço sugerido: R$ 9.350,00 (versão ED)

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