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Yamaha MT-07: o que mais você poderia querer?

Recém-lançada, naked é acessível no preço e incrivelmente divertida de pilotar. Mas isso faz dela a moto perfeita?

25/05/2015 - Arthur Caldeira (Agência Infomoto) / Fotos: Renato Durães (Agência Infomoto) / Fonte: iCarros

Todo motociclista procura uma moto divertida de pilotar por um preço acessível. Por esse prisma, a nova Yamaha MT-07 fecha com os sonhos de todos nós. Além de seu design moderno, o bicilíndrico de 700cc da MT-07 tem respeitáveis 74,8 cv de potência máxima embalado em um chassi de baixo peso que se traduz em agilidade na cidade e boa maneabilidade em estradas sinuosas. Mas isso faz dela a moto perfeita? Não é bem assim.  

Há menos de três meses no mercado, a Yamaha MT-07 está dando o que falar. Estampa capas de revistas especializadas, campanhas de marketing e, praticamente todo motociclista quer saber como se comporta a naked japonesa. Nós também! Depois de sua apresentação em fevereiro em uma pista fechada, era chegada a hora de experimentar a bicilíndrica da família MT na vida real. Para isso, rodamos mais de 500 km por ruas e estradas com a versão equipada com freios ABS e cotada a R$ 28.490.

Design

Há uma simplicidade brilhante na Yamaha MT-07, que atrai tanto ao olhar quanto ao tato. A ausência de carenagens deixa à mostra um desenho que destaca a dianteira da moto e faz do motor bicilíndrico o item central do design. A rabeta minimalista, com lanternas de LED embutidas, ressalta ainda mais a sensação de massa concentrada na parte dianteira.

Assim como sua irmã maior, a MT-07 aparenta ser mais cara do que é. Punhos renovados, farol poligonal, freios a disco no formato margarida e pinças de quatro pistões ajudam a “valorizar” a moto. Até mesmo seu quadro, feito em aço, passa despercebido. Muito em função das placas, que imitam alumínio, parafusadas no ponto de fixação da balança traseira.

Mas a ousadia no design cobra o preço na prática. A ausência de carenagem sobre o farol deixa o piloto bastante desprotegido na estrada. Uma característica comum às motos do segmento naked, porém mais evidente na MT-07. É um ponto negativo na tentativa de enxergá-la como uma moto perfeita. Mas o problema pode ser corrigido: basta reservar alguns reais a mais para adquirir a carenagem do farol, vendida como acessório, e que deve minimizar o problema.

Outra questão é a falta de pontos de fixação de bagagem, caso você decida viajar. Há somente ganchos de tecido sob o banco da garupa. Para levar uma pequena mala, foi preciso amarrá-la ao suporte de placa. Pensando nisso, a Yamaha também disponibiliza diversos acessórios para tornar a MT-07 uma boa companheira de viagem: há desde uma mala de tanque até um estiloso bagageiro traseiro.

Motor animado

O bicilíndrico de 689 cm³, com duplo comando de válvulas no cabeçote e refrigeração líquida, é o que mais chama atenção na MT-07. A adoção do virabrequim crossplane com intervalos de ignição de 270° garante bastante torque desde os baixos giros. Embora o máximo de 6,9 kgf.m chegue a 6.500 rpm, grande parte disso já pode ser utilizada a partir dos 2.500 giros. Em resumo, basta engatar a primeira marcha e “torcer o cabo” para que a roda dianteira da MT-07 saia do chão. O difícil é não empinar.

E mesmo em altos giros, a 9.000 rpm, onde se encontra a potência máxima, o bicilíndrico se mostra animado e gira suave. Como todo bicilíndrico paralelo, vibra um pouco mais que o normal, porém nada que chegue a incomodar. E se os 74,8 cv de potência máxima parecem pouco, saiba que são suficientes para rodar acima do limite legal das rodovias e fica apenas três cavalinhos atrás do que a XJ6N e seu motor de quatro cilindros.

A única crítica vai para o consumo. Em um ritmo mais animado e esportivo na estrada, rodei 17,7 km com um litro de gasolina – elevado para um motor dessa capacidade. Mas ao pilotar de forma mais racional, aproveitando o bom torque do motor na cidade e na estrada, a MT-07 fez 21,2 km/litro.  De qualquer forma, os números prejudicam a autonomia do modelo devido ao tanque com capacidade para apenas 14 litros. De uma forma otimista, pode-se rodar no máximo 295 km – mas aos 190 km a luz de reserva acendeu e o ‘Fuel Trip’ do painel entrou em funcionamento.

Ergonomia

A posição de pilotagem é mais confortável do que parece. Ao montar na MT-07, as pernas abraçam o tanque com facilidade e ela parece “magrinha”, pequena, quase uma street de 250cc. O banco é espaçoso e permite se deslocar mais à frente para atacar curvas, ou sentar-se recuado com mais espuma. A apenas 805 mm do solo facilita a vida dos mais baixinhos. A espuma, entretanto, é um pouco dura: após uma hora e meia na estrada, as partes baixas começaram a reclamar.

O guidão encontra-se na medida certa para os meus 1,71 m e as pedaleiras deixam as pernas pouco flexionadas. Os comandos do punho são de fácil acesso, exceto pela buzina, que é difícil de acionar. O painel, totalmente digital, traz todas as informações ao piloto e é de fácil visualização: velocímetro, conta-giros, relógio, hodômetros, assim como um útil indicador de marchas e um pequeno computador de bordo estão ali. Destaque para a luz “Eco”, que acende ao se pilotar na faixa de rotação mais econômica.

Maneabilidade e pilotagem

Com apenas 1.400 mm de distância entre-eixos e 182 kg em ordem de marcha nessa versão ABS, a MT-07 é divertida demais de pilotar. Mesmo com um chassi feito em aço, porém seis quilos mais leve que o da XJ6, essa naked média é ágil nas mudanças de direção e estável nas curvas. Em alguns momentos parecia que bastava uma leve pressão nas pedaleiras ou uma pequena força nos quadris para contornar aquelas curvas longas e mais velozes, com bastante aderência em função do largo pneu traseiro de 180 mm.

A suspensão dianteira sem nenhum ajuste é bastante espartana e isola o piloto das imperfeições do asfalto ao mesmo tempo em que transmite segurança para deitar nas curvas. Já o monoamortecedor traseiro, que tem nove ajustes na pré-carga da mola traseira, mas mesmo na posição mais firme fica um pouco saltitante em altas velocidades. Um preço a se pagar pela proposta urbana do modelo.

Já os freios da versão com ABS são excelentes. Os dois discos na dianteira com pinça de dois pistões opostos cada e o disco simples na traseira param com eficácia a leve MT-07 e o sistema antitravamento não incomoda. Pelo contrário, funcionou apenas quando necessário.

Veredito

A Yamaha MT-07 é a prova de que não é preciso muita potência, diversos modos de pilotagem ou suspensões caríssimas para ter altas doses de diversão. Seu bom desempenho, o preço competitivo, o acabamento de qualidade e sua versatilidade colocam a MT-07 com a cabeça, ombros e tronco acima das concorrentes no segmento de nakeds médias.

Mas seria a MT-07 a moto perfeita, então? A resposta a essa pergunta vai depender das suas expectativas. Se você procura uma naked média com um design moderno, e que seja fácil de pilotar e divertida de acelerar, para usar no dia-a-dia e fazer algumas viagens esporádicas nos finais de semana, a MT-07 chega bem perto da moto ideal para você.

Mas caso queira mais conforto para longas viagens com bagagem e garupa, você pode sim querer mais. A ampla lista de acessórios de fábrica pode até ampliar a vocação estradeira da nova naked da Yamaha, mas será preciso gastar mais. Mas então a MT-07 subirá na escala de preço e poderá encontrar concorrentes mais completas.

Quanto custa equipar a MT-07?

Veja o preço de alguns acessórios que aumentam a versatilidade da naked média e proporcionam mais conforto ao piloto.

Bagageiro traseiro: R$ 749,00

Parabrisa Fly: R$ 749,00

Assento Conforto: R$ 1.299,00

Fixador das bolsas laterais: R$ 549,00

Kit adaptador para suporte da bolsa sobre o tanque: R$ 249

FICHA TÉCNICA

Yamaha MT-07 ABS

Motor Dois cilindros paralelos, DOHC, quatro válvulas por cilindro e refrigeração líquida

Capacidade cúbica 689 cm³

Diâmetro x curso 80 x 68,6 mm

Taxa de compressão 11,5:1

Potência máxima 74,8 cv a 9.000 rpm

Torque máximo 6,9 kgf.m a 6.500 rpm

Câmbio Seis marchas

Transmissão final Corrente

Alimentação Injeção eletrônica

Partida Elétrica

Quadro Tubular em aço do tipo Diamante

Suspensão dianteira Garfo telescópico convencional com 130 mm de curso

Suspensão traseira Balança monoamortecida com 130 mm de curso e ajuste na pré-carga da mola

Freio dianteiro Disco duplo de 282 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo (ABS)

Freio traseiro Disco simples de 245 mm de diâmetro com pinça simples (ABS)

Pneus 120/70-ZR17 (diant.)/ 180/55-ZR17 (tras.)

Comprimento 2.085 mm

Largura 745 mm

Altura 1.090 mm

Distância entre-eixos 1.400 mm

Distância do solo 140 mm

Altura do assento 805 mm

Peso em ordem de marcha 182 kg

Tanque de combustível 14 litros

Cores Branca, Cinza fosca e Vermelha

Preço sugerido R$ 28.490 

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