Com 3 milhões de carros vendidos, mercado tem retração em outubro

Motivo de comemoração para a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a marca de 3 milhões de unidades comercializadas em 2011, atingida na sexta (4), veio acompanhada de uma leva desaceleração no número de licenciamentos de zero quilômetro no último mês. Os números foram divulgados na manhã de hoje (7) pela associação.

"A média diária de unidades vendidas baixou cerca de 5% em comparação a setembro. Foram 14.028 unidades contra 14.840. Um dos motivos para a queda no licenciamento foi o ponto facultativo de alguns municípios no dia 28, em função do dia do funcionário público", explicou o presidente da entidade Cledorvino Belini. Ainda segundo o executivo, a redução do índice de confiança do consumidor pela situação dos Estados Unidos e da Grécia também afetam o comportamento do comprador. 

No total, outubro registou licenciamento de 280.600 unidades contra 311.600 em setembro. No acumulado do ano, houve uma expansão de 5,6% em vendas em relação ao mesmo período de 2010. A produção chegou a 265.600 modelos no mês passado, enquanto no anterior saíram 261.200 unidades das linhas de montagem. A expansão entre os meses foi de 1,7%. A previsão para o fechamento do ano foi mantida em 3,69 milhões de unidades vendidas e de 3,42 milhões de modelos produzidos.

Apesar de ter sido suspensa até o dia 15 de dezembro, a medida que influenciará o IPI (Imposto sobre Produto Industrilizado) de importados, cujo fabricante não esteja instalado no País ou não tenham 65% dos componentes produzidos aqui, diminuiu a procura de modelos vindos de fora. A queda foi de 10,2% entre os meses de setembro e outubro (78.669 contra 70.648). Apesar disso, Belini não mostra preocupação, já que "o desempenho foi pouco afetado em função dos estoques".

Argentina recupera exportações - com uma melhoria de 17% em comparação a setembro, o volume de exportações chegou a 438.200 unidades no acumulado do ano. A melhoria se deve, principalmente, à recepção dos produtos nacionais no mercado argentino e nos da América Latina. "Esta recuperação, no entanto, tem sido muito lenta em função da pouca competitividade do Brasil em comparação a outros mercados", disse. As exportações em 2011 devem somar 540 mil veículos, com crescimento de 7,6%.