27/04/2012 - Thiago Moreno / Fonte: iCarros
O mercado de carros usados do Honda Civic é amplo e pode-se conseguir um modelo LX 1.5 1992 por menos de R$ 10 mil. Cabe ao comprador escolher se quer o câmbio manual ou automático. Um modelo mais recente, modelo 2000, já começa a beirar a barreira dos R$ 20 mil. Um 2007, primeira geração do "New" Civic, o preço quase dobra e chega perto dos R$ 40 mil, segudo dados da Tabela Fipe.
Todas a gerações costumam trazer um pacote completo de opcionais, incluido direção assistida e ar-condicionado. Diferenciando as versões estão itens, como airbags, ABS, teto solar, bancos de couro e câmbio automático. A presença ou não desses equipamentos pode aumentar ou diminuir o valor de tabela. Com a fama de confiabilidade e um pacote farto de itens de série desde as versões básica, além da fama de "carro importado", o Civic é figurinha comum em agências de carros usados e não costuma ficar parado por muito tempo no pátio.
Em relação à desvalorização, tomando por exemplo a versão LXS automática 2013 0KM, o preço de um modelo 2012 é de R$ 64.105, queda de 11,8%. Com dois anos de uso, o 2010 sai por R$ 55 mil, segundo dados da Fipe, mais uma queda de 14,2%, nada grave, considerando-se que o Civic 2011 é de uma geração anterior. A partir daí, um modelo 2010 cai mais 3,5% no segundo ano de uso e sai por R$ 53.071. O 2009 sai por R$ 50.246, acrecentando 5,3% de desvalorização no terceiro ano de uso. Os modelos 2007 e 2008, os primeiros do "New" Civic custam R$ 44.245 e R$ 42.620, respectivamente. O modelo mais velho é 41,3% mais barato que um 0KM.
Questões mecânicas
Não só o Civic, mas a marca Honda também construiu sua fama ao redor da confiabilidade mecânica de seus carros. O sedã começou a ser importado em 1992 e já trazia duplo comando variável de válvulas. O elemento garantia economia em baixas rotações e potência em regimes mais altos. Porém, exigia cuidados de manutenção, já que, na época, a nova tecnologia exigia conhecimentos específicos.
Fique atento a um ruído do motor vindo das válvulas, se há falta de potência em altas rotações ou consumo elevado: são indicadores de que o famoso i-Vtec não foi bem cuidado. Uma reclamação comum aos modelos das primeiras gerações é de a suspensão ser dura e o carro baixo. A manutenção do sistema de suspensão é uma constante, pois componentes como as buchas da suspensão (pricipalmente no eixo traseiro) se desgastam com facilidade em asfalto brasileiro e geram muitos ruídos. A baixa altura em relação ao solo pode causar danos aos componentes que ficam na altura do assoalho. Cuidado com modelos com para-choques ralados, pois podem indicar que o cárter já chegou perto demais do chão, assim como o conjunto de escape.
Outro cuidado que precisa se ter a partir da segunda geração vendida no Brasil é a caixa de direção, como explica o mecânico Edson Carrara: "as buchas de fixação da caixa se desgastam com certa facilidade e o carro começa a fazer barulho. É bom ficar de olho".
A partir de 2000, quando o carro passou ser construído também no Brasil, tome cuidado com as buchas de fixação da caixa de direção que, pelo desgaste, podem se desgastar com facilidade e gerar ruídos, além de uma sensação de imprecisão no volante.
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