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C3 e Sandero têm origem francesa, mas sem coincidências

Renovados em agosto do ano passado, modelos mostram seus prós e contras para quem está em busca de um compacto premium

16/01/2013 - Texto: Anelisa Lopes / Fotos: Thiago Moreno e Aline França / Fonte: iCarros

O segmento de compactos passou por uma grande transformação em 2012. VW Gol mudou, Chevrolet, Hyundai e Toyota fizeram grandes estreias na área, enquanto o Citroën C3 renasceu e o Renault Sandero ganhou novo motor. Se a ideia é comprar um veículo pequeno, mas com uma motorização um pouco mais potente e com uma lista de equipamentos mais farta, C3 e Sandero podem ser boas opções para quem é fã dos carros de origem francesa.

Os dois modelos passaram por mudanças em agosto do ano passado. O C3 recebeu a mesma identidade do modelo vendido na Europa, com algumas adaptações para o mercado brasileiro, enquanto o Sandero incorporou um motor mais forte, além de incluir a série especial GT Line à linha como versão oficial. E para brigar com o apelo emocional do novo C3, o iCarros elegeu esta versão diferenciada do Renault para este comparativo.

Detalhes que fazem a diferença

É inegável que o C3 estava devendo sua nova geração há algum tempo. E o principal atrativo dela está logo aos olhos. Com design futurista, mas sem exageros, o modelo manteve sua principal característica, a linha do teto curva, mas alguns detalhes como o conjunto de luzes da dianteira com leds o deixaram bem mais atraente. Na versão Tendance com motor 1.5 e câmbio manual, custa R$ 45.090. Se o cliente preferir cor metálica, encarece R$ 1.090 ao preço final.

A cabine também ficou mais moderna e, a partir desta versão, ganha para-brisa panorâmico, batizado de Zenith. A área envidraçada pode aumentar ou diminuir, basta o motorista recolher ou puxar uma cobertura retrátil manualmente. Em dias de muito sol, dificilmente o motorista vai fazer uso da novidade, mas o visual vale a pena.

O motor 1.5 flex de 89 cv/93 cv substituiu o 1.4 do antecessor. Apesar do ganho de potência e torque, ainda não se mostrou suficiente para carregar os 1.110 quilos do compacto. Explica-se:  anda com desenvoltura quando embalado, ou seja, acima de 3.000 rotações, mas pede mais força nas retomadas de velocidade. Dessa forma, o motorista vai exigir constantes reduções do câmbio manual de cinco velocidades. A condução, no entanto, tem dois pontos positivos que merecem destaque: a posição para dirigir e a direção elétrica. Graças a ela, é fácil se virar em meio ao trânsito.

De série, o C3 Tendance agrega airbag duplo, freios ABS, faróis de neblina, trio elétrico, CD player, regulagem de altura do volante e rodas de liga-leve. O comprador pode adquirir o GPS opcionalmente por R$ 2.400.

Na versão GT Line, o Sandero também se diferencia pelos adornos da carroceria e da cabine. Farois com máscara negra, adesivos laterais, rodas de liga leve na cor preta, mostradores diferenciados e cinto de segurança na cor vermelha são os diferenciais da configuração, que custa R$ 39.070. Se vier na cor metálica, é preciso adicionar R$ 870.

Na última atualização, o modelo não sofreu quaisquer mudanças estéticas, mas a Renault tratou de equipá-lo com um novo 1.6 8V, chamado HiPower, que entrega 98 cv/106 cv de potência. O torque, que subiu para 14,5 mkgf/15,5 mkgf, já está disponível em uma faixa de rotação baixa (cerca de 1500 rpm). Na prática, o Sandero não mostra dificuldade para sair, retomar ou ganhar velocidade. O câmbio manual de cinco marchas tem engates mais precisos que os do rival. Com o carro parado, no entanto, percebe-se que a alavanca vibra exageradamente.

No Sandero, o motorista se acomoda com menos conforto. A visibilidade externa também é menor que no C3. O maior pecado, porém, está na falta de acionamento elétrico dos retrovisores, que obrigam o condutor a parar o carro para regulá-los, e dos vidros traseiros. O acabamento é simples para uma versão incrementada. Apesar dos itens que têm como missão retratar esportividade, ainda se tem a impressão de estar em um Sandero convencional.

Apesar do interior mais modesto, o Sandero oferece mais espaço, tanto para pessoas como para bagagem. São 13 cm a mais no entre-eixos (total de 2,59 metros), o que resulta em mais espaço para pernas, e 20 litros a mais no porta-malas que o C3 (320 litros). O modelo sai de fábrica com airbag duplo, freios ABS, faróis de neblina, ar-condicionado, vidros dianteiros e travas elétricas, direção hidráulica, volante com regulagem de altura, CD player com entrada auxiliar e rodas de liga-leve de 15 polegadas.

Escolha de Anelisa Lopes – é fácil distinguir C3 do Sandero. Enquanto o primeiro capricha no visual e no conforto oferecidos, o segundo destaca o conjunto mecânico como ponto forte. O modelo da Citroën, entretanto, se mostra mais completo. Tem um design atraente, uma boa lista de equipamentos e uma mecânica satisfatória para rodar na cidade. O Sandero, por ser uma versão diferenciada, deve em itens de conforto e um interior mais elaborado. Se o comprador quiser um motor mais potente, pode optar pelo C3 1.6, mas o preço passa da faixa dos R$ 50 mil (R$ 51.240).
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