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Câmbio automático eleva status de Logan e Cobalt

Novato e com caixa mais moderna, o modelo da Chevrolet encara o Renault na briga por quem quer conforto abaixo dos R$ 50 mil

01/10/2012 - Texto e fotos: Rafael Mandelli / Fonte: iCarros

Apesar de serem classificados como sedãs pequenos, Renault Logan e Chevrolet Cobalt têm porte de carros médios. Para se descolarem dos modelos populares e dos rivais com câmbio automatizado, ambos oferecem a caixa automática convencional com conversor de torque, que oferece uma condução mais confortável e geralmente só encontrada em carros de segmentos superiores.


Os modelos concorrem pelo mesmo público e, mesmo sendo o novato no segmento, o Chevrolet acumulou 48.450 unidades emplacadas até setembro deste ano. Já o Logan totalizou 26.230 carros vendidos em 2012. A oferta de configurações do Logan cresceu em agosto de 2011 com a chegada do câmbio automático de quatro velocidades. Em setembro de 2012, foi a vez da apresentação do equipamento, dessa vez com seis marchas, para o sedã da Chevrolet. 


O Logan na versão Expression automática é equipado com motor 1.6 16V de 112 cv de potência  abastecido com etanol e 107 cv com gasolina. O preço inicial é de R$ 39.230. Do outro lado, por R$ 46.690, o Chevrolet Cobalt na configuração LT leva motor 1.8 8V de 108 cv de potência  com etanol e 106 cv com gasolina no tanque. 


Lado a lado


O Logan leva de série acabamento cromado, luzes de leitura e no porta-malas, computador de bordo, faróis de neblina, travamento das portas automático, ar condicionado, vidros elétricos e direção hidráulica. Já o Cobalt, apesar de ser mais caro, tem uma lista bem parecida com o rival. Na configuração LT, o modelo leva protetor de cárter, computador de bordo, travamento elétrico das portas, direção hidráulica, ar-condicionado e vidros elétricos. A unidade das fotos é a topo de linha LTZ.


Se a ideia é comprar um carro com bastante espaço para levar a família com conforto e sem machucar o bolso, os dois modelos preenchem essa necessidade com mínima diferença nas medidas. O sedã da Renault tem 4,2 m de comprimento, 1,7 m de largura e 2,6 m de entreeixos, contra 4,4 m, 1,7 m e 2,6 m do concorrente da Chevrolet, respectivamente. Por outro lado, na hora de acomodar as bagagens o Cobalt sai na frente: são 563 litros de capacidade no porta-malas, que podem ser ampliados com o rebatimento dos bancos, detalhe que o Logan não oferece. No modelo da Renault a capacidade de carga total é de 510 litros. 


No quesito acabamento, os dois modelos apresentam configuração sóbria e arremates corretos quando se trata da finalização e do encaixe das peças de plástico. Falando em design, o Logan já é bastante conhecido do público brasileiro, já que o modelo está no mercado há cinco anos e, até agora, recebeu apenas uma reestilização simples no visual. O Cobalt inova com uma silhueta mais moderna e imponente, alinhada com a linguagem visual da Chevrolet. 


Confortável, câmbio automático exige do bolso


Com a ampliação das opções de câmbio, os dois modelos ganharam no quesito conforto, mas, em contrapartida, o consumo de combustível é mais alto. Se comparados com as respectivas versões com câmbio convencional, o Logan Expression é R$ 3.750 mais caro com a caixa automática. No caso do Cobalt LT, adicionar o equipamento sai R$ 3 mil a mais em relação ao LT de câmbio manual.

Nos dois modelos, encontrar a posição ideal para condução é simples. Há ajuste de altura do volante, controles eletrônicos da posição dos retrovisores e ajuste de altura dos bancos do motorista para ambos. 


O Cobalt ganha em desempenho com o motor de maior capacidade cúbica e o câmbio, que tem trocas de marchas mais suaves e concepção mais moderna. Porém, para amenizar a falta de marchas, o Logan conta com o sistema "kick down", que consiste em um botão abaixo do pedal do acelerador que, quando o motorista o pressiona até o final do curso, reduz uma marcha no câmbio, detalhe que ajuda em ultrapassagens e em subidas mais íngremes. Como esse item não é encontrado no concorrente da Chevrolet, o Cobalt exige que o motorista recorra à opção de trocas manuais do câmbio para obter respostas mais rápidas. Simplesmente pisando no acelerador, o sistema pode levar alguns segundos para trocar de marcha. 


Voltados para o conforto dos passageiros, a dirigibilidade não é o ponto alto. Por serem carros altos, em velocidades acima de 100 km/h e em curvas os dois carros transmitem um pouco de instabilidade, mas não ao ponto de passar insegurança para o motorista. O comportamento similar pode ser explicado pelo sistema de suspensão, que usa a mesma fórmula nas duas unidades avaliadas: McPherson com barra estabilizadora na frente, e eixo de torção com molas helicoidais na traseira. 


Na hora de medir o consumo, estando ambos abastecidos com etanol, o Logan marcou 7,5 km/l no computador de bordo em circuito misto entre cidade e estrada. Já o Cobalt obteve 9,5 km/l na mesma situação, provando a eficiência do câmbio mais moderno.


Veredicto Rafael Mandelli - A diferença entre o preço entre os modelos é de R$ 7.460. Porém, apesar de similar em tamanho e em acabamento, o Logan perde em desempenho e consumo, e não compensa o preço mais baixo quando comparado ao Cobalt LT, que é mais moderno e eficiente que o rival.

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