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Chevrolet Sonic encara JAC J5 na briga de sedãs até R$ 50 mil

Sedãs estão em segmentos diferentes mas batem de frente em preço e motorização

04/07/2012 - Rafael Mandelli (Fotos: Thiago Moreno e Aline França) / Fonte: iCarros

A briga deste comparativo foi baseada em preço e motorização. Com valores muito similares, os sedãs Chevrolet Sonic e JAC J5 se encaram para mostrar quem é quem no jogo entre os três-volumes que custam, em média, R$ 50 mil.
Novata no segmento de sedãs médios, a JAC lançou, em março deste ano, o J5, chinês que ainda não alcançou o volume de venda esperado, entre 700 e 1.000 unidades mensais. Entre março e junho de 2012, 593 unidades foram emplacadas, ou seja, uma média de 148 carros por mês. Do outro lado do ringue, o recém-chegado sedã Chevrolet Sonic, ao contrário do adversário, tem apresentado resultado significativo na tabela: só em junho, foram 807 unidades.
Números, no entanto, não são tudo... O J5 ganha o primeiro round por ser mais barato e oferecer os mesmos equipamentos de série do adversário. Por R$ 49.990, é vendido em configuração única com airbag duplo, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, ar-condicionado digital, sistema de som com entrada miniUSB (exige adaptador), faróis de neblina, rodas de liga leve de 16 polegadas, sensor de estacionamento traseiro, trio elétrico e luz de mudança de direção no retrovisor externo. Na versão LTZ, o Sonic soma controle do sistema de som no volante e mais R$ 1.600 no cheque. Custa R$ 51.500.
O segundo assalto desta luta parte para o desempenho. Por ser um carro médio, mas com proporções generosas (4,5 m de comprimento e 1,7 m de largura), o torque do motor VVT 1.5 de 16V de 15,5 mkgf é exigido com mais frequência em ultrapassagens e saídas em subidas. Com 125 cv de potência, a impressão que se tem é que o bloco a gasolina não dá conta de carregar o três-volumes de 1.300 quilos. O câmbio manual de cinco velocidades, por sua vez, não tem encaixe preciso.
A bordo do Sonic, a sensação é outra. Menor e mais leve (4,3 de comprimento, 1,7 m de largura e 1.200 quilos), o motor Ecotec de 1,6 cilindrada e 120 cv/16,3 mkgf (álcool), torna a condução mais leve e se esforça menos para trabalhar. A caixa de velocidade forma uma boa parceria com o motor e não decepciona no engate da alavanca.
Dirigir o modelo da Chevrolet é mais agradável. Além de contar com uma melhor posição para a condução (há ajuste de altura e profundidade da direção, enquanto o J5 oferece apenas de altura), o carro tem uma regulagem mais firme e se mostra mais estável nas curvas. O conjunto da suspensão do J5 é macio demais, o que interfere no comportamento do carro ao ultrapassar valetas ou fazer curvas.
J5 passa discrição, enquanto Sonic é polêmico
Além do comportamento mecânico, J5 e Sonic também se distinguem para valer no visual. O primeiro desenhado por estúdio italiano segue a receita dos sedãs de sucesso japoneses. Somado às rodas de 16 polegadas e detalhes cromados, o design agrada. O Sonic, por sua vez, chama a atenção pela frente proeminente e farois circulares.
A mesma disparidade se dá no interior. Por dentro, o chinês oferece um ambiente convencional e com acabamento de qualidade inferior; na unidade avaliada, algumas peças já estavam descascando. O Sonic desfila um painel que parece inspirado em motocicletas, com o conta-giros posicionado à esquerda e velocímetro digital. O desenho, apesar de inovador entre os automóveis, pode não agradar a todos.
Com entre-eixos de 2,71 m, o J5 oferece mais espaço interno. A mesma medida para o Sonic é de 2,52 metros. A desvantagem na cabine, no entanto, se transforma em ponto positivo no bagageiro. O chinês carrega 460 l, enquanto sedã da Chevrolet leva 477 litros no porta-malas.
Veredicto de Rafael Mandelli – Pelo custo-benefício, quem sai à frente é o sedã da JAC. O Sonic, porém, é mais moderno, oferece opção de câmbio automático na linha e tem desempenho superior ao modelo da marca chinesa. Outro ponto que conta a favor do Chevrolet também é cuidado maior com o encaixe das peças no painel. A marca, entretanto, poderia ter revisado a ideia de colocar um vidro traseiro que passe da cabeça dos passageiros. Em dias de muito sol, a luz bate na cabeça, já que o degradê não segura a intensidade.
 
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