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Grand Tour desce um degrau e encontra a Palio Weekend

Perua média da antiga geração do Mégane ficou mais barata e agora disputa mercado com as pequenas

07/07/2011 - Texto e fotos: Fernando Pedroso / Fonte: iCarros

O Renault Mégane saiu de linha para a chegada do Fluence, mas deixou a perua Grand Tour como uma das raras opções do segmento de peruas médias. Suas únicas concorrentes agora são Hyundai i30 CW e Volkswagen Jetta Variant. Só que, enquanto a Renault pede R$ 49.590 pela perua com motor 1.6 16V, a concorrente mais barata é a sul-coreana por R$ 59 mil e propulsor de 2,0 litros. A station média da Volkswagen custa R$ 85.990 e é equipada com um motor de 2,5 litros de 170 cv. Ou seja, a briga da Grand Tour agora está no degrau de baixo, contra as pequenas lideradas pela Fiat Palio Weekend.

O iCarros escolheu, então, a única versão da Fiat equipada com motor 1.6 16V, a Trekking. Básica, custa R$ 44.290, mas vem somente com direção hidráulica, computador de bordo e faróis de neblina, além dos adereços com apelo off-road característicos da versão. Como a Renault é vendida em um pacote único, é preciso acrescentar airbag duplo, freios ABS, rodas de liga-leve (14 polegadas na Palio enquanto a Grand Tour vem com 16 polegadas), vidros e travas elétricas, ar-condicionado (automático e digital na Grand Tour) e rádio com CD-player. Tudo isso eleva o custo da perua da Fiat para R$ 52.506.

Já mais cara, mas no mesmo nível de equipamento, a Palio Weekend também perde no espaço. A Grand Tour ficou mais barata, mas não menor. São 27 cm a mais no comprimento (4,50 m), 14 cm na largura (1,77 m) e 25 cm a mais na distância entre-eixos (2,68 m). O porta-malas da Palio é o maior entre as pequenas, com 460 litros (atrás da rival que tem 520 litros).

Mais potência e menos peso na Palio

As duas peruas usam um motor de 1,6 litro com cabeçote de 16V, mas o fato de ser média, joga contra a Renault Grand Tour neste quesito. O motor tem 115 cv com álcool e 110 cv com gasolina enquanto o e.TorQ da Fiat rende 117 cv (a) e 115 cv (g). A Grand Tour pesa 1.315 kg, o que deixa a relação kg/cv em 11,43. A da Palio é de 10,14. O torque máximo da Fiat também é maior com 16,8 kgfm a 4.500 rpm contra 16 kgfm que aparece antes a 3.750 giros. As duas são vendidas somente com câmbio manual de cinco marchas.

Enquanto a Renault perde em desempenho, ganha em dirigibilidade. Por ser maior, é um carro mais estável e gostoso de dirigir. As marchas são bem escalonadas e os engates mais precisos que na rival. A direção tem assistência elétrica, o que a deixa mais leve que na hidráulica da Weekend. O espaço entre os pedais na Grand Tour, no entanto, é pequeno, principalmente entre o freio e o acelerador.

Ainda dentro da cabine, a Renault oferece vantagens que a Palio não tem, como o ar-condicionado automático com comandos digitais e o controlador e limitador de velocidade programados em botões no volante. Na coluna da direção estão as teclas do rádio, mas que não possui entrada auxiliar, USB nem Bluetooth. Apesar de opcional, isso pode estar na Palio. Outros mimos da Grand Tour são a chave em forma de cartão e o freio de mão que imita um manche de avião.

O acabamento da francesa também é melhor, com boa escolha dos plásticos e tecidos, herança de quando custava mais caro. Na versão Trekking, que é intermediária na linha Palio Weekend, os arremates são apenas razoáveis.

O futuro de cada uma

A Fiat Palio Weekend é a perua mais vendida no Brasil, emplacando 10.678 unidades até a primeira quinzena de junho. A Renault Grand Tour nunca esteve em um momento tão bom, mas com apenas 3.046 emplacamentos. A próxima geração do Palio já está perto de ser lançada, mas por enquanto se tem notícias apenas do hatch e do sedã Siena. O Mégane sedã saiu de linha, então o fim da perua também é questão de tempo, apesar das vendas em alta para a história do modelo no Brasil que surpreende até a Renault, que pede até 60 dias de espera nas concessionárias.

Por falar nas autorizadas, a fama de manutenção cara de Renault se confirma, mas por causa da política mais espaçada entre as manutenções da Fiat. A fábrica de Betim exige revisões a cada 15 mil km, então são quatro visitas às oficinas até os 60 mil km, custando R$ 1.748 sem nenhum serviço adicional. As mesmas quatro revisões da Renault custam R$ 1.854, mas, como são feitas a cada 10 mil km, até os 60 mil km rodados o dono da Grand Tour vai gastar R$ 2.815. A revisão da Palio Weekend é de um ano. A Renault garante a Grand Tour por três.

Veredicto de Fernando Pedroso – A idade pesa para as duas peruas, mas quem mais denuncia isso é a Palio Weekend. Com pouco espaço interno, apesar do bom porta-malas, peca por ser derivada de um carro popular. O motor é a única parte moderna de um carro que deve ganhar uma nova geração em breve. A Grand Tour já não atrai como há cinco anos, mas ainda agrada pelo visual e pela dirigibilidade, é mais carro, mesmo com o motor mais fraco para o peso. O custo de manutenção é mais alto, o que é compensado no valor da compra.
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