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HR-V Touring: compacto turbo com preço de médio| Impressões

Por R$ 139.900, Honda coloca o HR-V Touring no território dos SUVs médios. Mas será que vale à pena?

30/05/2019 - João Brigato / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Se posicionando como o Honda mais caro fabricado no Brasil, o HR-V Touring quer ser a alternativa da marca japonesa aos SUVs médios. Apostando em uma lista de itens de série mais generosa e motor turbinado herdado do Civic Touring, a novidade da linha 2020 do SUV compacto chega por R$ 139.900, exatos R$ 20 mil a mais que o EXL. Mas tem cacife para tanto?

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O peso do nome Touring

A sigla Touring foi utilizada pela Honda no Brasil pela primeira vez em 2015 quando o Civic foi lançado com essa configuração. Desde então, passou a designar as versões topo de linha de seus carros. Até o HR-V já havia experimentado essa abordagem antes do facelift. Mas se diferenciava apenas por itens de série a mais, não sendo muito atrativo.

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O Civic fez a fama do nome ao usar motor 1.5 quatro cilindros turbo de 173 cv e 22,4 kgfm de torque. É basicamente o mesmo que está no esportivo Si, mas com acerto mais manso de potência e associado à transmissão CVT. Justamente nesse conjunto mecânico que está o maior destaque do HR-V Touring.

Pela primeira vez o SUV compacto da Honda traz motor turbo. Ele é mais econômico, tem mais potência e torque que o 1.8 FlexOne usado nas versões LX, EX e EXL. A grande desvantagem, no entanto, é que beber apenas gasolina. Os irmãos menos requintados consomem também etanol.

A entrega da potência e torque é linear, como na versão aspirada. Não tem a mesma pegada mais apimentada do 1.4 TSI da Volkswagen, usado no rival T-Cross. No HR-V Touring há disposição o tempo todo a acelerar. Ele responde rápido ao toque do acelerador e ganha velocidade mais fácil. Ainda assim, esperava mais esportividade e desempenho dos declarados 173 cv.

Turbo manso

Grande parte desse comportamento mais manso se da por conta da transmissão CVT. Ela trabalha o tempo todo com a faixa ideal de torque, mantendo o motor em giro alto assim que o pedal de acelerador é pressionado com mais força. A Honda usa uma caixa diferente no Touring quando comparado a outros HR-V, chamada de Large CVT.

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Nela, há aumento de rotação em descida para simular o efeito freio motor, além de função kick-down (aumento de rotação com pressão total no acelerador). Outro ponto ressaltado pela marca é a simulação real de sete marchas na versão Touring. No entanto, durante nosso teste, o HR-V turbo simulou apenas duas trocas, mesmo saindo da imobilidade rumo à velocidades altas.

Outra mudança promovida pela Honda no HR-V Touring está na suspensão. Ela foi enrijecida em relação aos modelos aspirados, além de ganhar barra estabilizadora reforçada na dianteira. Com as mudanças, o SUV ficou mais firme e durinho. Não compromete o conforto, um de seus grandes trunfos, além de privilegiar sua pegada esportiva.

Couro claro

Para ir além da motorização mais potente e criar um diferencial estético para o HR-V Touring, a Honda o equipou com saída dupla de escape (que fez com que o porta-malas precisasse ser reduzido de 437 litros para 393 litros), grade frontal em preto brilhante, antena tipo tubarão, faróis full-LED e revestimento de couro creme no interior. O couro diferenciado só é possível em três cores de carroceria.

Entre os equipamentos, a versão mais sofisticada do SUV compacto traz a mais partida sem chave, teto solar panorâmico, vetorização de torque, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, luzes de neblina de LED e câmera no retrovisor direito. Essa câmera projeta imagens na central multimídia e amplia o ângulo de visão do motorista.

A central multimídia de 7 polegadas continua a mesma das demais versões. Apesar de ter Android Auto e Apple CarPlay, a tela é pequena e tem definição ruim, além de ser lenta e produzir irritantes barulhos em sua operação. Merecia uma central melhor como das versões mais caras do Civic, já que o HR-V é mais caro que o sedã. Painel de instrumentos digital seria bem-vindo também.

Conclusão

Apesar de ter ficado um carro gostoso de dirigir e ter uma boa lista de itens de série, a Honda pesou a mão no preço do HR-V Touring. Por R$ 139.900, ela o colocou no território de SUVs médios como Peugeot 3008, Jeep Compass, Chery Tiggo 7, Volkswagen Tiguan, Hyunday Tucson e Kia Sportage. E é aí que a briga fica injusta.

Os médios têm mais equipamentos, espaço e status. Se compar o HR-V Touring aos compactos, ele é mais caro que as versões topo de linha diesel do Jeep Renegade e que o Volkswagen T-Cross Hihgline equipado com todos os opcionais existentes. Ele também custa mais que um Civic Touring, que tem o mesmo conjunto mecânico e equipamentos de série.

Em suma, a lista de série do HR-V Touring e seu motor turbo com boa performance justificariam um posicionamento na faixa dos R$ 120 mil. Ainda seria caro, mas dentro do que é esperado por um Honda. Jogando o SUV compacto para o patamar dos R$ 140 mil, fica difícil justificar a escolha pela versão Touring frente aos outros HR-V. É um bom carro, mas ficou caro demais. 

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