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JAC T8: Tem vaga pra sete?

Andamos no grandalhão JAC T8 e topamos o desafio: fazer farofa na praia no final de semana com sete a bordo mais bagagem

30/12/2014 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

“R$ 90 mil num carro chinês?!”. Essa foi a frase mais ouvida pelo iCarros durante a avaliação do JAC T8. Lançado com a mira voltada para o transporte executivo e translados de hotéis, o utilitário da JAC custa R$ 89.990 e o preço foi uma grande barreira para os que viram o carro. O preconceito, porém, impediu que diversas pessoas vissem o que está por trás desta nada modesta van de passageiros. Para levá-la ao limite fizemos o que as famílias paulistanas fazem há décadas nas vésperas de feriados: enchemos o carro e o bagageiro para uma rápida passada no litoral sul de São Paulo.

Motivos para custar caro o carro têm: todos os bancos têm revestimento de couro, enquanto os da frente possuem regulagem elétrica e aquecimento. O sistema multimídia tem tela sensível ao toque de sete polegadas e conectividade via Blutooth e USB. Além disso, há um teto solar elétrico no meio do carro, que serve mais aos passageiros que ao motorista. Já o ar-condicionado, automático, possui comando independente para a traseira.

Lobo em pele de baleia

Analisando-se apenas os dados de performance, o JAC T8 bem que poderia ser um esportivo: o motor, em posição longitudinal, é 2.0 16V a gasolina com comando variável de válvulas e sobrealimentado por turbina, enquanto o câmbio é manual de seis marchas e a tração é apenas traseira. Só faltou um pequeno detalhe. A van pesa nada esportivos 2.100 kg, tem 5,1 m de comprimento, 2 m de altura, 1,8 m de largura e 3 m de distância entre-eixos.

Mesmo assim, o que se viu foi um desempenho que sugere mais força que os 175 cv de potência e 26,5 kgfm de torque, uma vez que o T8 foi rápido nas acelerações quando vazio e não perdeu força quando carregado. Mesmo na estrada, com sete a bordo mais bagagens, foi possível manter 120 km/h com folgas e o conta-giros marcando 2.500 rotações.

Mesmo na rodovia e cheio, o utilitário da JAC não passou insegurança. Nas curvas, ele aderna um pouco, mas não há milagre com uma carroceria tão alta e pesada. O importante é que, apesar da velocidade elevada, o carro não passou oscilações mesmo quando provocado por ventos laterais. E cheio, contou com uma suspensão mais macia. Tanto que os passageiros não reclamaram nem do sacolejo da traseira, que possui um eixo rígido - eles nem perceberam a que velocidade o carro estava trafegando.

Farofinha básica

Agora com os dados e números esclarecidos é hora de fazer algo para o qual o T8 foi projetado: juntar mais seis amigos, bagagem, papagaio, cachorro e bola de praia e fazer uma breve visita às concorridas praias de Praia Grande (SP) partindo da capital paulista.

Quanto ao conforto a bordo não houve nenhuma reclamação. Todos se acomodaram bem e os assentos individuais da fileira do meio foram elogiados. Eles também giram 360º, mas como os cintos de segurança ficam ancorados nas colunas só é possível se aproveitar desse sistema com o T8 parado. Quem foi na terceira fileira também não teve grandes problemas. O único inconveniente é que o assento é baixo e as pernas ficam ligeiramente dobradas. Além disso, o cinto de segurança do passageiro do meio é abdominal quando poderia ser de três pontos como os demais. O motorista e o passageiro da frente contaram ainda com encostos de braço e diversos porta-copos que serviram à função de guardar água (uma garrafa de 1,5 L na porta, inclusive) e comida para a viagem, pois no central foi possível armazenar um saco com dez pãezinhos franceses.

O grande entrave à viagem ficou por conta do porta-malas. O volume com as três fileiras de bancos em uso é pouco maior que num hatch compacto. Duas malas, algumas mochilas e sacolas e um cobertor abarrotaram o compartimento e a bagagem que sobrou teve que se acomodar junto aos ocupantes no interior da van, o que não é ideal. Pensando pelo lado positivo, outros veículos de sete lugares, como o Fiat Doblò e a Chevrolet Spin, custam menos, mas não acomodam tão bem os passageiros e as malas. A diferença é tão grande quanto o T8.

Na chegada à Praia Grande, uma pausa foi obrigatória na chegada: todos queria tirar uma foto com a cabeça para fora do carro, em pé, através do grande teto solar. Com sete a bordo, o clima de descontração se manteve mesmo na volta, com trânsito, provando que o JAC T8 cumpre bem sua função.

Veredicto de Thiago Moreno - Pagar R$ 89.990 no T8 não é tão difícil de engolir, considerando que o modelo entrega mais que rivais diretos. Se você tem uma família numerosa ou costuma viajar com frequência com vários amigos, a van da JAC é uma boa opção para poder fazer essa missão com um carro só, que se demonstrou confiável e até divertido.

 

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