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Novo Renault Logan 1.6 muda sem deixar as raízes

Sedã se moderniza com uma nova família de motores e mais tecnologias, mantendo o atrativo preço mais barato que rivais

09/02/2017 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Depois de estrear com motores 1.0 de três cilindros, os novos propulsores 1.6 da família SCe da Renault já começam a circular. O iCarros avaliou a versão Dynamique 1.6 do Logan 2017 para mostrar que, apesar do banho de tecnologia nos motores, o carro manteve suas raízes humildes de carro acessível. O modelo testado tem preço sugerido de R$ 56.400, cerca de R$ 3 mil mais em conta que os principais rivais igualmente equipados.

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O que mudou no motor?

Em relação à versão 2016, tanto Logan quanto Sandero voltaram a oferecer motores 1.6 com 16 válvulas. Nesse caso, mais moderno que os antecessores. Ele traz comando variável de válvulas na admissão e também houve a introdução do sistema Start/Stop, que desliga e religa o motor automaticamente em paradas mais prolongadas.

Assim, a potência fica em 118 cv com etanol e 115 cv com gasolina. O torque é sempre de 15,9 kgfm. Com o motor 1.6 pode-se equipar uma transmissão manual de cinco velocidades ou o câmbio automatizado Easy’R também de cinco marchas. No carro testado (Dynamique 1.6 manual), o consumo declarado é de 8,8 km/l em ciclo urbano e 13 km/l em ciclo rodoviário com etanol. Para a gasolina, os números são respectivamente 9,5 km/l e 13,8 km/l.

Confira a ficha técnica completa do Renault Logan

Nas medidas, o sedã tem 4,33 m de comprimento, 1,73 m de largura, 1,53 m de altura, e 2,63 m de entre-eixos. O porta-malas é capaz de acomodar até 510 litros de bagagens e o carro pesa nessa configuração 1.062 kg.

O que traz de série?

Na versão Dynamique, o Logan 1.6 traz de série rodas de liga leve aro 15", direção com assistência eletro-hidráulica, ar-condicionado, acionamento elétrico para vidros, travas e espelhos, piloto automático, faróis de neblina, regulagem de altura no volante e no banco do motorista e rádio com conectividade via Bluetooth e USB e comandos remotos na coluna de direção.

Quem optar pelo câmbio automatizado também recebe de série controles de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa. Opcionalmente, o Techno Pack Plus acrescenta sensor de estacionamento traseiro, central multimídia com tela sensível ao toque e ar-condicionado automático por R$ 1.700 extras.

Veja as demais versões do Renault Logan

Como anda?

A boa notícia é que o propulsor mais moderno deu uma nova vida ao Logan. Nada das altas vibrações e ruídos do antigo 1.6 8V, de desempenho mediano. O 1.6 SCe aceita retomadas desde giros mais baixos e ganha fôlego conforme a rotação aumenta. Avaliado em trânsito urbano, com ar-condicionado sempre ligado e abastecido com etanol, o carro marcou média de 8 km/l, bem próximo ao declarado pela Renault. Vale ressaltar que a operação do Start/Stop é suave, transmitindo poucas vibrações para dentro da cabine.

Outra mudança bem-vinda que chegou junto com o motor novo foi a adoção de cabos para o acionamento do câmbio, antes feito por varões que ligavam a alavanca até a caixa. Isso gerava vibrações e engates duros e imprecisos. Com a alteração, os engates ainda não são um primor de suavidade, mas estão mais fáceis de operar.

Dito isso é válido afirmar que o Logan melhorou muito sob o capô e manteve qualidades dinâmicas na suspensão, pois ela filtra os buracos bem sem deixar a carroceria inclinar demais nas mudanças de direção. Porém, a palavra aqui é eficiência, não diversão. Até porque a direção ainda é mais pesada que em rivais, apesar da assistência eletro-hidráulica.

O que os donos de Renault Logan acham do carro?

Mas há alguns elementos conflitantes. Os principais estão novamente sob o capô. Para abri-lo, existe a comodidade de um amortecedor, algo encontrado em modelos de segmentos superiores, mas, ao mesmo tempo, o carro recorre ao antigo tanquinho de gasolina auxiliar de partida.

A máxima "função sobre a forma" também resume o acabamento, composto por plásticos bem montados e de aparência robusta. Faltou apenas um design mais bacana e uma aparência mais agradável, pois a cabine lembra a de modelos de entrada, principalmente na parte interna das portas e as porções inferiores do painel.

Como sempre ocorreu no Logan e em seus derivados, o espaço interno é rivalizado por poucos, tanto nos bancos dianteiros quanto nos traseiros. Três adultos conseguem se acomodar sem dificuldade por lá e com sobras de espaço na cabeça, nos joelhos e nos ombros.

No entanto, o isolamento acústico permance o mesmo. Isso significa que, enquanto filtra bem ruídos do motor e os gerados pelo vento, as caixas de rodas não estão tão bem resguardadas. Com chuva ou passando sobre poças, o barulho da água se chocando conta a parte interna dos para-lamas é bem audível.

Profusão (e confusão) de botões – O acionamento de diversas funções do carro é feito por uma série de botões. Até aí, normal. Os problemas começam no posicionamento deles. O acionamento do Start/Stop fica à esquerda, próximo aos controles do espelho elétrico. Vidros? Os frontais ficam no descanso lateral de braço, mas se os passageiros da frente quiserem operar as janelas traseiras precisam adivinhar que essa é a função de dois botões na porção inferior do painel, abaixo do ar-condicionado.

Compare o Logan com seus concorrentes

Para quem quiser usufruir do piloto automático, há comandos no volante, o que é até esperado, mas para ligar ou desligar tanto essa função quanto o limitador de velocidade é preciso encontrar mais um botão lá embaixo, junto aos dos vidros traseiros. Tarefa especialmente difícil à noite. E a confusão continua na parte de cima. Enquanto o piloto automático ocupa os espaços no volante, os comandos do rádio, que são mais usados no dia-a-dia, ficam em uma alavanca na coluna de direção.

Mas tudo isso conta pontos contra o Logan? Absolutamente não. Sua proposta sempre foi a de entregar mais espaço e conforto em um pacote acessível. Por isso, nunca houve muita prioridade para o luxo. Agora com um motor mais eficiente, o Logan renovou sua fórmula para atender um público preocupado com a relação custo/benefício.

Editado às 10:26 incluindo respostas às perguntas geradas por leitores do Facebook do iCarros.

 

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