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Porsche Macan GTS: equilibrando potência e praticidade

Menor SUV da marca entrega desempenho de sobra, mas continua tratando (muito) bem os passageiros

20/07/2018 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Poucas marcas sofrem tanta pressão ao lançar um novo modelo quanto a Porsche. Tudo que não for um novo 911 ou um ultra-esportivo focado em dinâmica receberá olhares tortos dos fãs. Foi assim com o Cayenne e o mesmo aconteceu com o Macan. Mas fica o recado para os ditos “puristas”: são us SUVs que estão pagando as contas. A real é que, no dia-a-dia, o utilitário é mais prático. No entanto, para mostrar que praticidade não precisa eliminar desempenho, o iCarros testou o Porsche Macan GTS, de R$ 458.000.

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Sob o capô

Começando pelo que faz essa versão do Macan acelerar de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos. Embaixo do capô está um motor 3.0 V6 a gasolina sobrealimentado por dois turbos. Ele é capaz de entregar 360 cv de potência e 51 kgfm de torque. A tração é integral e o câmbio é sempre automatizado de dupla embreagem com sete velocidades, chamado de PDK pela Porsche.

Tal aceleração é atingida apesar de o Macan GTS pesar nada modestos 1.895 kg. A velocidade máxima declarada pela fabricante é de 256 km/h. Nas medidas, o SUV tem 4,69 m de comprimento, 1,92 m de largura, 1,61 m de altura e 2,80 m de entre-eixos. O porta-malas é capaz de acomodar 500 litros de bagagens.

O que ele traz?

No chamado “pacote Brasil” do Porsche Macan GTS estão inclusos teto solar panorâmico com abertura elétrica, chave presencial, central multimídia com navegação por GPS, sistema de som BOSE, espelhos eletrocrômicos, pacote Sport Chrono, faróis bi-xenônio, luz diurna de LED, bancos esportivos GTS com ajustes elétricos e memória de posições, rodas de 20 polegadas, sistema de escape esportivo e suspensões reguláveis, entre muitos outros. O único opcional visto no carro das fotos são as rodas de 21 polegadas.

Como anda?

Quando se fala de Porsche, a primeira coisa em que se pensa é em esportivos puro sangue. Categoria que um SUV não é exatamente bem-vindo. Só que são os SUVs como o Cayenne e o próprio Macan que pagam as contas e permitem que a marca ainda oferece esportivos de ponta como o 911 e a dupla 718 Boxster e Cayman.

No caso do GTS, que não nem o Macan mais potente, nem o mais completo, mas também não é o mais barato nem o mais fraco, você precisa dar uma chance. E posso dizer desde já que a Porsche sabe o que está fazendo.

Beleza, é um SUV? Mas nem por isso não terá o DNA Porsche. Logo ao bater os olhos no carro você reconhece o estilo dos faróis e das lanternas similares às usadas no Panamera. Por dentro, o maior desafio é achar defeito. Os que encontrei, são meramente questão de opinião. É o caso da tela da central multimídia, que não é gigante. Mas se o papo é esportivo, no que uma tela gigante de tablet iria ajudar não é mesmo?

O console central é repleto por 29 botões (sim, eu contei), que controlam tudo. Desde o pisca-alerta até os modos de condução para suspensão e escape. Pode parecer botão demais, mas é bem mais fácil operar um carro com botões dedicados do que entrar em 17 submenus da central multimídia para regular a temperatura.

Outro item de se tirar o chapéu para a Porsche em todos os seus carros é que o volante não é dominado por botões. No Macan, apenas o mínimo necessário. Até mesmo a operação do piloto automático é feita por uma alavanca atrás do volante. Em carro esportivo de verdade, o volante esterça o carro, e só.

Os bancos dianteiros, esportivos, possuem apoios laterais bem justos. Mesmo não sendo muito grande, me senti encaixado. O banco traseiro, apesar do entre-eixos generoso, acomoda bem apenas dois adultos. O terceiro fica espremido e tem que lidar com o alto túnel de transmissão da tração integral. Mesmo assim, que carro que faz de 0 a 100 em 5,2 segundos consegue levar quatro pessoas com conforto e um porta-malas generoso?

Dirigir o Macan GTS é um exercício de desconstrução: se você entra esperando um SUV rápido, não vai acreditar. Tirando a posição de dirigir elevada, o SUV da Porsche se comporta bem mais como um esportivo do que como um utilitário, não só por fazer muita curva, mas também por trazer outro item bem característico da marca: o painel baixo, que melhora a visibilidade.

O ronco é levemente ríspido e o mais nervoso que os alemães conseguiram deixar passar sem entrar em choque. Fechando os olhos, até parece um velho 911 aspirado de seis cilindros contrapostos, de longe, com ruído na sala.

A versão GTS é a medida certa do carro. Tem o desempenho e o “feeling” esportivo, mas ainda consegue entregar grandes doses de praticidade. Mais difícil é encarar o preço de quase meio milhão de reais. No entanto, pensando bem, ainda é mais barato do que qualquer 911 novo vendido no Brasil.
 

 

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