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Prisma x Cobalt: sedãs, 1.4, mas bem diferentes

A Chevrolet oferece duas opções bem distintas de sedãs com motor 1.4. Quem leva a melhor: Prisma ou Cobalt?

27/08/2013 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Carroceria, motorização e preço são características tão comuns a Chevrolet Cobalt e Prisma quanto o seu fabricante. Estes sedãs, no entanto, são dois produtos muito similares em segmentos diferentes. Como avaliar, então, qual destas propostas será mais bem-vinda em sua garagem?

É preciso fazer uma boa análise de cada caso para eleger um vencedor, uma vez que ambos compartilham a plataforma GSV, que a GM usa também para o Cruze, Onix, Spin e Sonic. O Cobalt estreou no mercado em 2011, quando o mercado de sedãs com preço de compacto e espaço de médio estava em alta, e já era representado por Fiat Grand Siena e Nissan Versa. O Prisma chegou em fevereiro de 2013, derivado do Onix, para substituir o modelo de mesmo nome e brigar de igual para igual com o Volkswagen Voyage e o Hyundai HB20S, lançado no mesmo período.

A lista de itens de série na versão 1.4 LTZ é praticamente a mesma. Ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos nas quatro portas, airbags frontais e ABS são de série nos dois modelos. O Cobalt LTZ custa R$ 46.690 - com pintura metálica sai por R$ 48.090 - e seu trunfo é trazer de fábrica sistema multimídia My Link, com tela central sensível ao toque. O Prisma LTZ 1.4 sai por R$ 47.490, mais R$ 1.100 pela pintura metálica e R$ 3.000 pelo kit com o My Link, totalizando R$ 51.590.

E as coincidências terminam por aqui

A principal diferença visual está no desenho da carroceria. Enquanto o Cobalt foi pensado para um público racional, que preza pelo custo-benefício, o Prisma já tem atitude para brigar com modelos do segmento premium. O Prisma é mais moderno por fora, com cintura ascendente e caimento acentuado do teto, enquanto o Cobalt é bem conservador, com muitas linhas retas. Sem pretensão para ser médio, o Prisma é menor que o Cobalt em quase todas as dimensões, sendo 4,3 m de comprimento, 2,5 m de entre-eixos e 500 litros de capacidade no bagageiro. O rival tem 4,5 m, 2,6 m e 563 litros, respectivamente. Largura, de 1,7 m e altura de 1,5 m são equivalentes.

O que parece difícil de explicar, entretanto, é como os dois modelos, com motor 1.4 flex, entregam potências diferentes. No Cobalt, são 102 cv com etanol e 97 cv com gasolina, enquanto o Prisma tem 106 cv e 98 cv, respectivamente. A resposta, está na ascendência do bloco. O primeiro carrega o 1.4 Econo Flex do Agile com poucas atualizações, enquanto o segundo já traz o propulsor SPE/4, que estreou no Onix e é uma versão melhorada do 1.4 do Cobalt, com comando de válvulas retrabalhado e bobinas individuais, que distribuem a centelhas para as velas de cada cilindro individualmente.

Como a diferença de peso é pouca - são 1.096 kg no Cobalt e 1.079 kg no Prisma -, o desempenho entre ambos se diferencia, em grande parte, na diferença de torque entre ambos, já que usam o mesmo câmbio manual de cinco marchas.O priemiro tem 13 kgfm de torque a 3.200 rpm com etanol, enquanto o segundo já entrega 13,9 kgfm com o derivado da cana, que mesmo tendo pico a 4.800 rpm, entrega força de sobra nos regimes mais baixos de rotação. Assim, o Prisma mostra fôlego no trânsito urbano e dá a impressão de ser um propulsor de maior cilindrada. O Cobalt exige mais trocas de marcha e um giro mais alto do motor para manter o ritmo.

O Cobalt transmite mais os solavancos do asfalto à cabine, mesmo com um entre-eixos mais longo que, em tese, o deixaria mais confortável que o Prisma. Além disso, não tem a mesma preocupação em oferecer refinamento na cabine como no “rival”, com rebarbas no acabamento e vibração no pedal quando o motor atinge rotações mais altas, o que evidencia sua proposta mais simples. Tanto que o Cobalt é figurinha carimbada entre taxistas e frotistas. Além de um acabamento melhor para clientes mais exigentes, o Prisma consegue ter um acerto firme de suspensão sem incomodar ao rodar, mesmo sendo mais curto que o Cobalt.

A única vantagem indiscutível do Cobalt é que sobra espaço para os ocupantes. No banco traseiro, três adultos se acomodam bem e, mesmo com os assentos dianteiros bem para trás, ainda há espaço para as pernas. No Prisma, os joelhos do passageiro encostam no banco do motorista se ele tiver mais de 1,85 m. Além disso, a curvatura do teto dificulta um pouco o acesso e limita o espaço para a cabeça, o que não acontece no Cobalt devido às suas linhas quadradas.

Escolha de Thiago Moreno - Se você precisa somente de mais espaço na cabine e de um porta-malas maior, a escolha fica com o Cobalt 1.4. O Prisma, no entanto, oferece um melhor desempenho do motor 1.4, tem um pacote de equipamentos parelho e ganha pontos por seu acabamento superior. O Prisma leva o comparativo, mesmo sendo mais caro.

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