Murilo Leite (ao volante) e os amigos surfistas
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Falta rack no teto para a pracha mais longa
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Estepe atrapalha e pranchas ficam para fora
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Marcelo Facioni acomoda bem a família
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Caçamba vira um bom porta-malas
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Espaço no banco traseiro é acanhado
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Quando tive o
primeiro contato com a Fiat Strada Adventure Cabine Dupla, durante o seu lançamento, escrevi que a picape não se classificava como carro de passeio nem como veículo de carga, já que possui um apertado banco traseiro e uma caçamba pouco abundante para objetos maiores. Ninguém melhor que o público-alvo desenhado pela Fiat, porém, para testar o carro. Depois de uma rápida avaliação, repeti a pergunta a eles: “você compraria?”.
Ao ver a picape, todos disseram que sim. O visual carregado de plásticos que a Fiat gosta de chamar de ‘size impression’, algo como impressão de grandeza, deu certo. Todos tiveram a sensação de estar diante de um carro de maiores dimensões. Será que elas mudaram de opinião depois de uma volta?
O surfistaO primeiro a andar no carro foi o estudante de direito Murilo Leite Ferreira. O futuro advogado viaja quase todos os finais de semana para o Guarujá, litoral paulista, para surfar. Apesar de possuir uma Palio Weekend, quem o leva é a sua Chevrolet Montana, e vai acompanhado do irmão, o advogado Bruno Leite Ferreira. É ele quem carrega as pranchas, mas seus amigos precisam usar um segundo carro, no caso, o Fiat Uno da publicitária Natália Esteves, que sempre vai com seu namorado, o administrador Henrique Vieira.
A Fiat Strada Cabine Dupla viria para resolver o problema dos quatro, que poderiam viajar em um único veículo levando suas pranchas e skates, o que animou as nossas ‘cobaias’. O primeiro obstáculo, porém, já surgiu na hora de colocar os equipamentos. A menor prancha de todas não coube na caçamba. “O estepe, localizado dentro da caçamba, rouba muito espaço. Seria melhor se ele ficasse embaixo dela, como na nova Saveiro”, disse Maurício. A prancha mais longa precisaria ir sobre o rack, o qual não possui barras transversais. A peça é vendida separadamente em concessionárias, mas não resolve o problema da antena, que fica acima do para-brisa e não é removível.
Caso dê um jeito de acomodar a carga sem ferir a lei, hora de entrar no carro. Vieira, que tem 1,84 m, ficou apertado no banco traseiro, obrigando o passageiro da frente a ficar muito próximo do painel, prejudicando a área para os joelhos. Maurício e Bruno também têm mais de 1,80 m. “Quem fica no banco traseiro não recebe ventilação, já que os vidros não são basculantes”, reclamou Bruno.
Após a experiência, a resposta para a compra foi negativa. ‘A picape ficou muito bonita e bem acabada, mas o espaço na caçamba e a cabine não me ajudam. Prefiro ficar com a minha Palio Weekend, que suporta bem as pranchas sobre o rack e não espremem os passageiros’, disse o estudante.