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Voyage 2017 segura as pontas antes da nova geração

Com menos alterações que a Saveiro e o Gol na linha 2017, o sedã da Volkswagen já dá sinais claros de idade

25/03/2016 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Quando o Gol 2017 foi apresentado, o novo Voyage ficou meio de canto, longe da atenção. Assim como o hatch em que se baseia, o sedã ganhou nova frente, novo painel e a motorização 1.0 de três cilindros herdada do up!. Mas nas laterais e na traseira, nada de novo. O iCarros avaliou a versão Comfortline 1.0, intermediária, na qual Volkswagen aposta suas fichas como a versão que será mais vendida. Básico, o carro custa R$ 46.490. Adicione pintura metálica (R$ 1.310), kit multimídia e de conveniência com rodas de liga aro 15 (Urban Completo R$ 3.360) e suporte de celular (R$ 290) e o carro das fotos chega a R$ 51.450. Mais do que é cobrado pelo Voyage Comfortline 1.6 básico (R$ 49.790).

Na faixa de preço da versão avaliada, concorrentes não faltam para atrapalhar a vida do sedã da VW. Um Chevrolet Prisma LT 1.0 sai por R$ (R$ 45.690), mas tem menos potência. O Ford Ka+ SEL 1.0 sai mais equipado de fábrica, mas é mais caro (R$ 50.590). Por último, o Hyundai HB20 S Comfort Plus 1.0 custa R$ 47.775.

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Novidades e atrasos

Assim como o Gol, o Voyage recebeu uma cara nova e isso resume todas as alterações externas do carro. O painel e o volante similares ao do Golf, que a Volkswagen destacou tanto na apresentação dos carros são mais sensíveis por estarem dentro da cabine, assim como o fato de não haver mais nenhuma versão do sedã que não tenha vidros e travas elétricas.

O que a marca não destacou tanto é que o acabamento interno não mudou em nada. Mesmo sem necessidade de manivelas para abrir os vidros, os painéis de porta ainda têm uma pequena tampa. O mesmo vale para os pinos de porta das travas manuais. Estão lá os acessos tampados, mesmo que não sejam usados. Outro item que a marca não deu tanto destaque é que a versão básica Trendline é uma das poucas no segmento dos sedãs compactos que não oferece ar-condicionado de série. E também é uma das poucas que ainda usa direção hidráulica, não elétrica.

Os itens de série da versão Comfortline 1.0 incluem ainda banco do motorista com ajuste de altura, tomada 12V no console, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos, ar-condicionado, chave-canivete, computador de bordo, faróis de neblina, iluminação do porta-malas, rodas de aço aro 15 com pneus 195/55 R15 e calotas, tampa do porta-malas com abertura elétrica e rádio com conectividade via Bluetooth. A tela multimídia de toque e as rodas de liga fazem parte do pacote opcional Urban Completo.

Outro fator que deixa claro a idade do projeto é a pequena distância entre-eixos, de 2.467 mm, a menor entre os principais concorrentes. Isso afeta o espaço disponível para as pernas no banco traseiro. Não é apertado, mas ocupantes mais altos vão ficar com os joelhos contra o banco da frente e três adultos no banco traseiro é quase impraticável.

Nas demais medidas, o Voyage tem 4,2 m de comprimento, 1,6 m de largura e 1,5 m de altura. O porta-malas de 480 litros perde apenas para o do Prisma, que tem 500 litros.

Acerto mecânico ainda é referência

Apesar dos atrasos, o novo motor 1.0 de três cilindros é um sopro de vida bem-vindo ao Voyage. Desenvolvendo 82 cv com etanol e 75 cv com gasolina, perde em potência apenas para o Ka+, que desenvolve 85 cv ou 80 cv, respectivamente. O torque do motor da VW é de 10,4 kgfm com etanol. O propulsor não só deu mais fôlego para as versões mais baratas do Voyage, como também o deixou econômico. Rodando com gasolina, não foi difícil ver o computador de bordo do carro ultrapassar a marca dos 20 km/l de consumo médio em uso urbano por vias expressas.

Apesar de estar utilizando o combustível que entrega a menor potência, o Voyage não negou fogo, mas é preciso se acostumar com o ponto ideal de trocas de marcha a 3.000 rpm, quando o tricilíndrico está mais disposto. Abaixo disso, uma reduzida de marcha resolve o problema e a tarefa é simplificada pela caixa de câmbio de cinco marchas, com engates leves e precisos.

 O sedã sempre teve um bom acerto de suspensão, equilibrado entre conforto e estabilidade, dando segurança ao motorista nas mudanças de direção sem ser incômodo na buraqueira e casou bem com a disposição do novo propulsor.

Em resumo, o novo motor do Voyage e o acerto mecânico contrabalanceiam os itens que entregam a idade do carro, como o acabamento simples e o espaço interno inferior a média. O tricilíndrico foi um suspiro de novidade bem-vindo, mas a atual geração está no limite de sua vida útil. Segundo a Volkswagen, uma nova plataforma de veículos compactos será fabricada no Brasil a partir de 2018 e dela deverá sair um Voyage realmente novo.
 

 

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