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Calmon | Mobilidade e coronavírus

Será que existe a possibilidade de equilibrar os deslocamentos urbanos e torná-los mais racionais?

30/03/2020 - Fernando Calmon / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

O que se poderá aprender desse tempo de isolamento horizontal compulsório em razão do combate à Covid-19? Em primeiro lugar, que é possível equilibrar os deslocamentos urbanos e torná-los mais racionais. Se essa crise de saúde pública ocorresse um quarto de século atrás, quando não havia internet rápida e disseminada como hoje, seria bastante complicado achar soluções alternativas viáveis.

Faz algum tempo que o teletrabalho passou a ser mais bem explorado como solução particularmente interessante para grandes e até médias cidades. Em meio à crise econômica provocada pela redução de atividades e interrupção em grande escala do transporte público em razão do coronavírus, trabalhar a distância nunca ficou tão em evidência.

Claro que em algumas modalidades talvez ocorra perda de produtividade. No geral, porém, empresas e funcionários certamente estão descobrindo que é possível mudar a fórmula de horários rígidos e iguais para todos. Há anos que o poder público tenta reescalonar o fluxo de pessoas e veículos, sem sucesso.

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Com um pouco mais de planejamento e ajuda do trabalho remoto, é possível voltar a se pensar seriamente em aproveitar melhor o tempo das pessoas e as vias de circulação. Se for incluído também o ensino a distância com os recursos atuais de streaming soluções criativas devem aparecer. As vantagens não são apenas na racionalidade das viagens casa-trabalho-casa. Além da convivência familiar, haverá economia de gastos com estacionamento, vestimenta e alimentação, por exemplo.

Thiago Cordeiro, presidente de uma empresa especializada em armazenamento de boxes na cidade de São Paulo, aborda outros ângulos dessa questão.

“A busca por mais mobilidade nos grandes centros urbanos é tema importante para pessoas e negócios, incluindo a procura por moradias próximas ao trabalho, principalmente nas regiões centrais. Imóveis, em contrapartida, estão cada vez menores e funcionais. O que não cabe em casa pode ser doado ou guardado em diversas soluções de armazenamento espalhadas pela cidade, que acabam virando extensão das residências.

De acordo com relatório publicado pela consultoria inglesa Euromonitor, uma das principais tendências de consumo para 2020 e os próximos anos é o aumento da procura por transporte flexível e deslocamentos mais livres nas grandes cidades”, ele ressalta.

Cordeiro conclui: “Como reflexo de uma competição bastante acirrada no mercado de mobilidade, vencerá quem se mostrar diferente, inovador e perceptivo, entregando ao consumidor o que ele deseja comprar. Após um coronavírus que personifica o conceito de disrupção, novas necessidades vão se criar e soluções sustentáveis – para vida pessoal, negócios e meio ambiente – serão muito requisitadas por essa população que passou semanas em casa, rearrumando rotinas e reorganizando seus valores.”

Crises geram oportunidades e no caso da Covid-19 parece que não será diferente.

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