Diferentemente de Kombi, Fusca ou Gran Torino, que mereceram filmes só para eles, ou mesmo de Mustang ou Charger RT, estrelas de perseguições em diversas produções de Hollywood, o Aston Martin talvez seja o carro com mais identificação com um personagem.
Sem margem de erro, se nossos institutos de pesquisa perguntarem por aí: ‘Qual o carro do James Bond?’, a resposta eleita com maioria absoluta será Aston Martin, embora o agente 007 já tenha dirigido – sempre perigosamente e quase sempre com muita grana envolvida na produção – outros possantes, com destaque para as BMW.
Antes de aparecer nas telas, o Aston Martin já estava nas páginas do romance Goldfinger, de Ian Fleming, de 1959. No caso, um modelo DB3. Em 1964, quando a obra foi adaptada para o cinema, o agente 007 vivido por Sean Connery dirigia um DB5 muito, mas muito equipado de traquitanas como metralhadoras, escudos blindados, serras para cortar pneus, radar, lança-pregos, bombas de gás e telefone.
Vale lembrar que mesmo sem os equipamentos, o DB5 era um canhão: se hoje um 6 cilindros com 300 cavalos de potência e quase 40 kgfm de torque já impressiona, imagine em 1964.
O sucesso foi tanto que o icônico DB5 participou de seis produções de James Bond, a última delas já em 2012, uma figuração no fim de 007 – Operação Skyfall, só para dar uma flechada no coração dos fãs mais antigos.
A história da Aston Martin começou em 1913, e seu nome junta os de um dos fundadores, Lionel Martin, e da montanha de Aston Hill, nas proximidades da primeira fábrica.
Ao longo dos anos a Aston Martin já teve vários donos – ou principais acionistas – a Ford foi o mais famoso deles, nos anos 1980. A Daimler veio depois, e hoje várias figuras da Fórmula 1 envolvidas no negócio. A principal delas é Lawrence Stroll, pai do piloto Lance Stroll, que corre na equipe… Aston Martin.
Mas voltando ao cinema, o principal Aston Martin pilotado por James Bond depois do DB5 foi o DBS de 007 - Cassino Royale (2006) e 007 - Quantum of Solace. Um carro espetacular, mas não tinha o charme do DB5. Assim como Daniel Craig honrou demais o terno de James Bond, mas não era o Sean Connery...