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Chevrolet Onix Plus subiu o sarrafo (de novo) | Avaliação

Segunda geração do Prisma já havia sido responsável por mudanças no mercado, agora Onix Plus terá essa missão

14/11/2019 - João Brigato / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Não é sempre que um carro é capaz de mudar todo o mercado em que se insere. A Chevrolet fez isso duas vezes na história: em 1994 quando lançou o Corsa e em 2012 quando o Onix chegou. Tamanho sucesso no Brasil, o nome Onix agora é global em sua segunda geração e atingiu até o Prisma, que mudou de nome para Chevrolet Onix Plus.

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Para tomar o mercado do antigo Prisma e também ser uma ameaça real ao Volkswagen Virtus, a Chevrolet deixou o novo Onix Plus mais sofisticado e lotado de versões. Ele começa em R$ 54.990 e vai até R$ 76.190. Dentro da versão Premier há três variantes, sendo que a Premier 2 e 3 tem o mesmo preço: R$ 76.190. A diferença entre elas é apenas o acabamento interno.

Testamos a versão topo de linha Premier 2 que, com a cor exclusiva Azul Seeker, bate os R$ 77.890. É nessa variante que o novo Onix Plus entrega o melhor e supera o Prisma em todos os sentidos. Mas será o suficiente para manter a liderança entre os sedãs compactos?

“É o Cobalt?”

Durante os testes com o novo Chevrolet Onix Premier, não foram poucas as abordagens curiosas sobre o carro. O design chamativo, a bela cor azul e o fato de ser bem diferente e maior que seu antecessor, fez com que muita gente pensar que esse não era o substituto do Prisma. Houve quem perguntasse se era o novo Cobalt.

De fato, faz sentido, visto que com 4,47 m de comprimento, 1,73 m de largura, 1,47 m de altura e 2,60 m de entre-eixos ele tem o mesmo porte de seu irmão mais velho, superando o Prisma em 20 cm no comprimento. Apesar de espichado, ele manteve o peso baixo, totalizando 1.112 kg na versão Premier – isso teve reflexo direto na dirigibilidade do Onix Plus.

O visual é elegante e mais sofisticado que antes. As fotos não representam tão bem o quão interessante o Onix sedã ficou ao vivo. Faróis com bloco elíptico e o LED diurnos no para-choque são apenas para a versão Premier, mas a grade frontal gigantesca com bordas cromadas vem para toda linha.

Em relação ao Prisma, ele manteve a linha de cintura alta, mas agora menos demarcada. A tampa do porta-malas cresceu para dar a ele um visual tradicional de sedã. Lanternas de LED invadindo a tampa do porta-malas revelam que o Onix Plus subiu um degrau em relação ao Prisma para brigar com VW Virtus e Fiat Cronos.

Sem alma de minivan

Um dos pontos sempre criticados no Onix e no Prisma era a posição de dirigir. O banco era excessivamente alto e o painel inclinado passavam a impressão de estar ao volante de uma minivan. A nova geração mudou completamente essa impressão: agora o banco tem ajuste por alavanca, permite dirigir bem baixo e o painel ganhou volume.

Ao investir bastante em equipamentos e motorização, a Chevrolet precisou economizar em alguns pontos e o interior foi justamente esse lugar. Os plásticos não passam a sensação de qualidade como os usados no Fiat Cronos e no Hyundai HB20S, ficando um pouco abaixo do Volkswagen Virtus. Ainda assim, o interior é sólido e bem montado, mas não transmite sofisticação.

Para contornar essa sensação, a Chevrolet deu atenção às texturas e cores. Na versão Premier 2, inserções plásticas em tom bege (cinza na Premier 3) apresentam uma interessante textura em relevo. O tom é replicado nos bancos e nas laterais da porta, que trazem couro na dianteira e o mesmo plástico do painel na traseira.

O volante tem ajuste de altura e profundidade, mas uma alavanca que aparenta fragilidade. Ao menos o toque do couro e a boa espessura do volante ajudam a dar uma boa sensação. Vale destaque para os comandos de som fáceis de usar e a base achatada que ajudam a dar um diferencial ao Onix Plus.

Trocando o painel de instrumentos parcialmente digital por um analógico, a Chevrolet abriu espaço para um computador de bordo mais completo. A tela é pequena e os mostradores também diminutos, mas tem leitura fácil e visual agradável. Outra tela pequena é a central multimídia, especialmente quando comparada ao Ford Ka e ao Fiat Cronos.

A definição é boa, além de ser bastante veloz e ter uso muito facilitado. Os comandos físicos da central MyLink ajudam na operação e tornam o dia-a-dia mais agradável. Da até para controlar o ar-condicionado digital, acessar o Android Auto ou o Apple CarPlay e configurar a rede wi-fi por ela.

Gente grande

Com a pretensão de abocanhar uma fatia maior de mercado, o Onix Plus precisou crescer em diversos pontos. O espaço traseiro foi generosamente ampliado, sendo mais confortável sentar na segunda fileira do sucessor do Prisma do que em um Cruze. O porta-malas de 469 litros também é maior que o do seu irmão mais caro.

Outro ponto herdado do Cruze e de modelos mais caros é a tecnologia. Desde a versão LT, o Onix Plus traz itens como wi-fi à bordo, carregamento de celular sem fio, faróis com acendimento automático, chave presencial, controle de tração e estabilidade.

Pela primeira vez nessa categoria de carros de entrada, há itens como alerta de ponto cego e estacionamento autônomo. Esses itens, até então, figuravam apenas em carros mais caros que extrapola os R$ 100 mil.

O Cruze Premier de R$ 124.990 tem apenas frenagem autônoma de emergência, bancos elétricos e assistente de manutenção em faixa como itens a mais quando comparado ao Onix Plus Premier 2 de R$ 76.190.

Menos é mais

Junto da aposentadoria do nome Prisma, veio o fim da vida do motor 1.4 quatro cilindros. Para o Onix Plus foi escalado o motor 1.0 três cilindros turbo de 116 cv e 16,8 kgfm de torque. Apesar disso, não é tão contemporâneo quanto VW Virtus e Hyundai HB20S, já que o motor do Onix Plus tem injeção indireta, contra a injeção direta dos rivais.

A desvantagem seria no consumo de combustível e no desempenho, só que na prática o Onix Plus revelou justamente o contrário. Em nossos testes usando gasolina, ele chegou a bater 20,7 km/l na estrada, enquanto na cidade com trânsito chegou a 12,8 km/l.

Com acelerador sensível, o Onix Plus tem um interessante senso de urgência quando colocado em movimento. Ele ganha velocidade fácil enquanto o giro sobe, não deixando o torque faltar mesmo em baixa rotação. Não tem o mesmo som interessante dos Volkswagen TSI, já que a sinfonia foi abafada por um bom isolamento acústico, mas tem força comparável.

Assim como a geração anterior e o Cruze, o Chevrolet Onix Plus traz transmissão automática de seis marchas. Ela parece ter sido feita para carros com motor aspirado, pois não trabalha tão bem com a força em baixa dos motores turbo, elevando bastante a rotação antes de trocar de marcha.

As trocas, aliás, são demoradas e não estão à salvo de trancos. Ela trabalha com suavidade boa parte do tempo, mas em alguns momentos parece se perder jogando o corpo do motorista para a frente. Outra falta está no modo manual que só funciona com o câmbio em L. Não há aletas no volante, apenas dois incômodos botões ao lado da alavanca.

Voltado ao conforto, o Onix Plus tem suspensão macia que absorve bem os buracos. O conjunto traseiro tende a fazer mais barulho do que deveria quando passa em buracos, ao menos os absorve bem. Destaque para o volante com peso correto na cidade e que fica evidentemente mais firme acima dos 80 km/h, diferentemente do Cruze.

Conclusão

O Chevrolet Prisma era líder do seu segmento não por um acaso. Era um carro bom, com preço competitivo e design agradável. Não era o mais espaçoso ou melhor que seus concorrentes, mas era uma compra que garantia satisfação na maioria dos itens. Substituí-lo era uma tarefa árdua.

Com o Chevrolet Onix Plus, a General Motors conseguiu fazer um sedã compacto que não somente supera o Prisma em absolutamente todos os aspectos como o coloca no mesmo jogo que rivais mais sofisticados como o VW Virtus. Preço bem acertado, conjunto mecânico bom e econômico e visual elegante são as armas que certamente colocarão o Onix Plus na liderança, mesmo que com outro nome.

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