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Conversíveis dos anos 60 – AC Cobra

"Frankenstein que deu certo", o carro construído por Carroll Shelby com partes de vários fabricantes brilha até hoje

06/02/2022 - Alexandre Kacelnik / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Há quem defenda a tese – e não são poucos – que o carro que teve mais réplicas até hoje foi o AC Cobra. As miniaturas também são inúmeras.

Isso mostra que embora não tenha sido um campeão de vendas comparado aos modelos de grandes fabricantes norte-americanos e europeus, o primeiro sucesso de Carroll Shelby como construtor de carros é um eterno objeto de desejo de quem ama automóveis. 

Shelby ficou conhecido do grande público ao ser vivido nos cinemas por Matt Damnon em Ford Vs Ferrari (2019). No filme (e na vida real), ele tinha obsessão em derrotar a Ferrari nas 24 Horas de Le Mans, o que aconteceu pela primeira vez em 1966.

Antes, em 1961, o ex-piloto de competições texano também teve obsessão em derrotar o Chevrolet Corvette nas pistas, aparentemente porque a GM não quis fornecer um V8 a ele. 

Para fazer seu monstrinho das pistas, que estreou em 1962, aproveitou um modelo da nanicainglesa AC Cars, o roadster Ace, montado em cima de um chassi tubular de aço, e substituiu seu motor Bristol de seis cilindros em linha por um Ford V8 de bloco pequeno e 4.2 litros. 

Não é tão simples quanto parece, porque a AC Cars mandava seus carros de Surrey para Los Angeles, onde Shelby fazia uma série de modificações, como instalar um diferencial traseiro do Jaguar E-Type, mais forte, botar discos de freio internos nos modelos de competição emover a caixa de direção para trás para dar espaço ao o V8. 

Foram produzidos AC Cobra também com um V8 maior, de 4.7 litros, braços de direção do MGB e coluna de direção do Fusca.

Em 1965, o Cobra (nome que nos EUA se refere e uma espécie de naja, e não a todas as snakes) entrava em produção com colaboração direta de Detroit (leia-se Ford), com novos chassis e suspensões. 

E empurrados pelo motor Ford 427 de 7.0 litros e 425 cavalos modelo de rua, e 485 cavalos no modelo de competição, podiam chegar a incríveis 290 km/h. Embora tenha desempenhado muito bem nas pistas, o AC Cobra não era um sucesso de vendas e teve vida curta, de 1962 a 1969. 

Voltando ao tema das réplicas do Cobra, a fabricada pela brasileira Gasplac teve 120 unidades produzidas entre o Salão do Automóvel de 1981, quando foi apresentada, e 1987, quando saiu de linha.

A Gasplac, fundada em 1962, era especializada em produtos de plástico reforçado e fibra de vidro, produziu carrocerias de buggies e até forneceu peças para a equipe Coperçúcar Fittipaldi na Fórmula 1.

A versão brasileira do Cobra também usava um motor V8 da Ford, no caso o 5 litros do Galaxie até a limosine sair de linha. A partir de 1983 foram usados os motores 4.1 de seis cilindros em linha do Opala. 

Além de seu bom acabamento e mecânica de fácil manutenção, um dos segredos para Cobra tupiniquim ser tão valorizado até hoje pode ser sua cabine.

Ela é bem menos apertada que a original, porque foi redimensionada para comportar os donos da Gasplac, os paulistanos descendentes de ingleses Donald Pacey e Gerry Cunningham, que tinham cerca de 1,90m. 

E para não dizer que não falamos de celebridades que pilotam nosso conversível da semana, o ator americano Aaron Paul, o Jesse Pinkman de Breaking Bad, e o nosso DJ Alok circulam pelas ruas dos EUA e do Brasil com seus espetaculares AC Cobra. 

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