Duster 1.3 turbo: teste de 1.000 km para avaliar desempenho

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A Renault passou a equipar os modelos Duster e Oroch com os motores TCe, que já faziam parte da família após a estreia no Captur. Para testar o comportamento do propulsor 1.3 turboflex de até 170 cv de potência e 27,5 kgfm de torque fizemos uma viagem de ida e volta ao Rio de Janeiro partindo de São Paulo com o novo Renault Duster.

Essa versão topo de linha é a Iconic 1.3 turbo CVT que simula oito marchas, sendo oferecida por R$ 135.590. O propulsor foi desenvolvido pela Daimler em conjunto com a Aliança Nissan-Renault-Mitsubishi. As demais três variantes utilizam o motor 1.6 aspirado CVT a partir de R$ 108.090.

Mas será que o novo motor do Duster vale a pena?

A resposta é: sim, mas depende. Se você estiver pensando em performance, o motor 1.3 responde muito bem, sem trancos e mesmo em trechos íngremes como na subida da Serra das Araras, como foi o nosso caso voltando do Rio de Janeiro para a capital paulista.

Com muito conforto a bordo, a entrega de torque é bem interessante e não à toa é o maior da categoria. O Duster turbinado faz de 0-100 km/h em 9,2 segundos, sendo que o 1.6 aspirado passa dos 12 segundos.

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Agora se você estiver pensando somente em economia, a opção de motorização mais em conta na concessionária, com 120 cv e 16,2 kgfm de torque, também é a que consome menos combustível.

No caso a versão 1.3 que testamos a média foi de 11,5 km/l na gasolina na estrada e 10,8 km/l na cidade, enquanto que com etanol os números caem para 8,4 km/l na estrada e 7,7 km/l na cidade.

Na ida fomos com tanque cheio de etanol e precisamos abastecer pelo caminho. Na volta estávamos com o tanque cheio de gasolina e ele chegou com o tanque de 50 litros entrando na reserva.

Viagem tranquila com bastante espaço e novidades no interior

Em nossa viagem sempre estivemos com duas pessoas no carro e duas malas no bagageiro, que comporta até 475 litros. Realmente é um bom espaço para o seu segmento.

E não é só o porta-malas do Duster que atende muito bem para a categoria. A Renault também vem com novidades nos equipamentos da cabine para a linha 2023.

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O Duster teve seu acabamento melhorado, com novos detalhes em tecido nas portas. A posição de ajuste do espelho retrovisor foi facilitada e agora está do lado esquerdo do volante. Antes ficava próximo do freio de mão.

Outra mudança que curti bastante foi a chegada dos novos comandos do ar-condicionado. A temperatura e força são fáceis de alterar, então a Renault acertou em trazer isso para o Duster. Os botões logo acima para acionar o modo Eco, o pisca alerta, entre outros, também são práticos.

O painel de instrumentos ainda é analógico e para mudar o volume o motorista precisa acionar uma pequena alavanca que fica do lado direto do volante ou usar o touch da central multimídia.

A tela da central multimídia é de 8 polegadas e tem como destaque o sistema de câmeras 360º. Ela é bem intuitiva e o espelhamento do celular somente pode ser efetuado com o carro parado para segurança do motorista. O touch é que poderia ser mais responsivo em alguns momentos.

A posição de dirigir é bem confortável e você poderá fazer uma longa viagem com esse carro sem problemas. O espaço nos bancos traseiros é bem razoável para quem for viajar atrás. Com relação a segurança, o Duster vem com sensor de ponto e apenas dois airbags.

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Visual externo sem grandes alterações

O Duster 2023 chega com um novo para-choque dianteiro e faróis auxiliares prolongados que exigem cuidado na hora de estacionar, principalmente em garagens. A grade possui detalhes cromados.

Na versão que avaliamos as rodas de liga leve são de 17 polegadas e diamantadas. O visual da traseira permanece praticamente o mesmo do modelo anterior. A novidade dessa versão é símbolo “TCe” para caracterizar essa versão turbinada.  

Será que agora essa versão topo de linha do Duster vai brigar forte com Hyundai Creta, Jeep Renegade, VW T-Cross e Chevrolet Tracker? Veremos nos próximos rankings de vendas. 

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