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Fernando Calmon | Carro próprio ainda se impõe a aplicativos

55% das classes A, B e C utilizam apps ao menos 1 vez na semana. No entanto, 58% deste grupo afirma usar carro próprio

29/11/2019 - Fernando Calmon / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

Os brasileiros em busca de locomoção estão cada vez mais ligados nos aplicativos de transporte. Além da percepção natural de que se trata de uma solução economicamente viável, há outros aspectos como a segurança diferenciada em relação aos transportes públicos. Mulheres especificamente se sentem desconfortáveis nos horários de maior demanda em razão da superlotação e assédio.

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Pesquisa recente da consultoria BCG (não confundir com o conglomerado BTG) aponta que 55% das pessoas das classes socioeconômicas A, B e C apelam para aplicativos pelo menos uma vez por semana. No entanto, 58% do mesmo estrato social afirma que utilizam carro próprio. Como a somatória passa de 100%, significa que os dois meios de deslocamentos são usados.

O resultado também apontou as mulheres como usuárias de Uber, 99, Cabify e outros com mais constância (60% delas, uma vez por semana) que os homens (50% deles, na mesma frequência). A principal razão é mesmo o espaço apertado em ônibus, trem e metrô. Em cidades grandes, pela maior oferta do serviço e de poder aquisitivo dos usuários, a utilização semanal mínima alcança 62% contra apenas 37% em cidades pequenas.

Embora não tenha sido citado de forma específica nesta pesquisa, acredita-se que estacionamentos caros também estimulem o uso. É fácil fazer a conta e constatar que para deslocamentos menores, no próprio bairro ou ao seu redor, fica mais barato chamar um carro de aplicativo. Os trechos de ida e volta podem no total custar menos do que estacionar em determinados horários. Isso tem levado até a uma diminuição, por enquanto discreta, das tarifas para guardar o carro em áreas como shoppings, aeroportos, restaurantes e outras.

A opção ao automóvel próprio aparece na cabeça do usuário mais frequente. Não dá para afirmar, porém, que as pessoas vão desistir facilmente da comodidade de um veículo na garagem. Apenas 10% dos respondentes afirmaram que não tinham e nem pretendiam adquirir um carro. Há razões de ordem econômica para isso. Segundos os cálculos da BCG, somente quem roda menos de 5.000 km/ano obteria vantagem em escolher se deslocar apenas por meio de aplicativos. Em média, o brasileiro percorre 10.000 km/ano e a taxa de motorização (habitantes/veículo) ainda está longe daquela dos países de maior renda.

No entanto, existem certos fatores que a pesquisa não captou. Em dias de chuva ou em saídas de grandes eventos há uma procura bem maior por aplicativos e táxis. Muitas vezes a espera incomoda bastante e se as pessoas precisam, por outro lado, cumprir um horário fica mais difícil. No caso de congestionamentos imprevistos o preço do percurso sobe muito com a tarifa dinâmica.

Outra pesquisa, desta vez internacional da nova-iorquina Deloitte, com 25.000 consumidores de 20 países, sendo 1.200 do Brasil, mostrou resultados um pouco diferentes pela realidade própria das cidades em relação à chamada mobilidade multimodal.

“A maioria ainda prefere os meios tradicionais, como veículo próprio e transporte público. Soluções recentes como modelos de caronas e viagens compartilhadas enfrentam alguns desafios na percepção de custo, segurança e confiabilidade”, afirma Reynaldo Saad, sócio-líder no Brasil da consultoria para o ramo de Bens de Consumo e Produtos Industriais.

De acordo com o levantamento, metade dos entrevistados confirmou interesse em um aplicativo de mobilidade de integração plena com a possibilidade de planejar, programar, monitorar e pagar por uma viagem. Enfim, estes programas ainda precisam continuar a se aperfeiçoar, embora tenham um papel a cumprir. Mesmo em cidades que impõem restrições ao seu uso por razões econômicas e/ou políticas.

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