29/07/2021 - Redação / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
Diretamente de Rondonópolis (MT), Edimar Goulart usou o que tinha para poder realizar o sonho de ter um modelo esportivo italiano ao idealizar um protótipo totalmente artesanal, inspirado em um modelo da Lamborghini.
Mesmo com uma renda de aproximadamente dois salários mínimos, o jovem iniciou o projeto em sua cidade e, com o orçamento restrito e alguma ajuda de amigos, conseguiu dar vida ao tão sonhado modelo superesportivo. O protótipo é basicamente uma transformação da carroceria de um Uno Mille 1.0 em um Lamboghini Aventador.
Batizado de LamborgUno, recentemente o carro se tornou estrela de um comercial para uma rede de postos de combustíveis, que inclusive teve com Galvão Bueno na narração utilizando um de seus bordões mais famosos: “Olha o que ele fez, olha o que ele fez”.
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O comercial de 30 segundos de duração rendeu um cachê de R$20 mil e Edimar revelou que já utilizou parte do dinheiro para pagar algumas dívidas do veículo, realizar um tratamento dentário e adquirir algumas roupas. O restante deve ser utilizado para uma reforma em seu quarto e ainda para fazer algumas melhorias no interior do veículo.
Além disso, Edimar afirma que seu carro percorreu cerca de 2000 km de carreta até Porto Alegre (RS), onde o comercial foi gravado, e essa foi a primeira vez que o homem natural de Rondonópolis voou de avião.
O LamborgUno, segundo o proprietário, custou mais de R$ 30 mil reais e teve diversas modificações desde o início da construção, dentre elas estruturais, já que os materiais mais baratos foram substituídos conforme o projeto foi evoluindo.
O Projeto X, como é chamado carinhosamente o LamborUno, teve uma alteração em seu design após receber, em 2020, uma notificação extrajudicial de um escritório de advocacia de São Paulo, representando a Lamborghini. Isto gerou comoção nacional e fez com que Edimar recebesse convites de lojas revendedoras de veículos para conhecer o modelo que gerou inspiração, o Aventador, esportivo de mais de 700 cv de potência e avaliado acima dos R$ 3 milhões.
O homem de 31 anos ainda pretende regularizar o seu projeto, já que o modelo ainda conta com documentação de Fiat Mille e assim não pode rodar de forma legal pelo País – será preciso registrá-lo como veículo artesanal.
Ainda com o dinheiro recebido, Edimar pretende concluir o supletivo do Ensino Médio, interrompido por conta da pandemia do coronavírus, e quem sabe aproveitar mais oportunidades como essa que apareceu.
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