O nome por trás da marca: Soichiro Honda

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Soichiro Honda

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Honda S500

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Honda T360

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Primeira geração do CIVC tinha duas portas em 1972

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Honda Civic EXL Sedan - geração atual

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Soichiro Honda dizia que nunca poderia esquecer o cheiro de óleo que exalava do primeiro carro que viu, criança, na aldeia onde nasceu, próxima a Hamamatsu, em 1906. Seu pai, Gihei Honda, consertava bicicletas, e Soichiro o ajudava desde a infância.  

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Fascinado pelos motores, foi para Tóquio aos 15 anos e conseguiu emprego numa oficina, trabalhando como mecânico de automóveis.

Voltou para Hamamatsu em 1928 para abrir sua própria oficina, e, apaixonado por velocidade, participou de algumas competições nos anos 1930 até se acidentar gravemente em 1936 numa corrida. Desistiu da carreira de piloto, mas não da velocidade.  

Fundou uma fábrica que produzia anéis de pistão em 1937. Ia bem vendendo sua produção para a Toyota até que um bombardeio americano durante a Segunda Guerra Mundial destruiu a fábrica em 1944, e um terremoto acabou de arrasá-la em 1945.  

Soichiro vendeu o que sobrou e fundou o Honda Technical Research Institute no fim de 1946, já no pós-Guerra. Em 1948 já circulava pelas ruas do Japão a primeira motocicleta – na verdade uma bicicleta motorizada – da Honda Motor Co. 

Sua obsessão por motores com uma relação de peso/potência melhores do que a concorrência, aliados ao sonho de se expandir pelo planeta – abriu sua primeira concessionária nos EUA em 1959 - fizeram a Honda se tornar líder mundial do mercado de motocicletas já na década de 1960.  

Daí para a produção do primeiro carro foi um passo. Seguindo sua filosofia de menos é mais, a Honda fez chegar ao mercado em 1963 o esportivo S500 e a picapinha T360. 

O S é de Sport e o T de Truck, e os números correspondem às cilindradas, inacreditáveis 531 no esportivo e 354 na picape, em seus motores derivados das motocicletas.  

O salto para a Honda se tornar um gigante também entre os carros foi o lançamento do Civic, em 1972.

Enquanto vendia carros e motos econômicos, confiáveis e de bom custo-benefício nas concessionárias do mundo, Soichiro Honda sabia que além de sua paixão pela velocidade, as competições mexiam com a emoção do público e criavam desejo pela sua marca.  

A Honda é a única marca campeã de Moto GP – tendo entre seus campeões os pilotos mais icônicos das últimas décadas, Mick Doohan, Valentino Rossi e Marc Márquez - e de Fórmula 1. 

A Fórmula 1 é uma história à parte para nós brasileiros, porque dos cinco títulos da Honda, três foram conquistados por Ayrton Senna (McLaren-Honda em 1988, 1990 e 1991) e um por Nelson Piquet (Williams-Honda, em 1987). O outro é de Alain Prost, com uma McLaren-Honda, em 1989.  

Soichiro Honda e Ayrton Senna tinham uma relação de admiração mútua. O empresário japonês considerava o piloto brasileiro, além de um embaixador global da marca, o representante do espírito guerreiro de um samurai e realizador de sonhos que caracteriza a marca Honda e a cultura japonesa. 

Embota tenha deixado a presidência da Honda em 1973, Soichiro Honda era ‘conselheiro supremo’ e acompanhava atentamente as competições. Ele morreu em agosto de 1991, dias antes do GP da Hungria de Fórmula 1. Ayrton Senna venceu e dedicou a vitória a Honda.

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